Monday, April 16

Segunda-feira da Semana II da Páscoa


A proclamação da palavra de Deus e a aceitação que os homens lhe dão é fruto do Espírito Santo. Por isso, a pregação do Evangelho não é propaganda, mas anúncio; não é apenas demonstração, mas iluminação; não convence apenas, mas converte. Foi à luz do Espírito Santo que aos primeiros cristãos foi revelado que o sentido último das palavras do Antigo Testamento se referia ao mistério de Jesus Cristo. A comunidade sabe que tem de passar pela mesma sorte de Jesus. Por isso, pede a Deus, não o fim da perseguição, mas a liberdade e o poder anunciar com palavras e obras a Boa Nova de Cristo morto e ressuscitado. A narrativa de Lucas termina referindo um estremecer do lugar onde estavam reunidos a rezar. Era um sinal de que a oração fora benignamente escutada por Deus. De facto, todos foram cheios do Espírito Santo e começar a anunciar com audácia a Palavra de Deus.

O Tempo Pascal é o tempo da mistagogia, da catequese dos sacramentos da Igreja, particularmente dos sacramentos da iniciação cristã, que seria normal terem sido celebrados na Vigília pascal. Não era antes de termos sido iniciados por meio deles que os poderíamos ter entendido, mas agora que, por eles, estamos introduzidos na comunidade da Igreja (S. Ambrósio). A conversa de Jesus com Nicodemos é verdadeira catequese sobre o Baptismo. Sacramento celebrado com a água sob a acção do Espírito; o Baptismo é verdadeiro nascimento do cristão como filho de Deus em Cristo.
Jesus fala de um novo nascimento: pela água e pelo Espírito Santo. Com efeito, o baptizado recebe uma nova vida, sobrenatural, é filho adoptivo de Deus, participa da sua natureza divina pela graça, passa a ser templo do Espírito Santo. Este novo nascimento requer igualmente uma vida de oração: Depois de terem rezado…todos ficaram cheios do Espírito Santo. A oração dá-nos uma nova perspectiva da vida corrente, pois começamos a ver os acontecimentos e as pessoas como as vê Deus, quem nos comunica as luzes convenientes.

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