Tuesday, May 31

Festa da Visitação da Virgem Santa Maria

Leitura da Profecia de Sofonias (Sof 3, 14-18)
Clama jubilosamente, filha de Sião
solta brados de alegria, Israel.
Exulta, rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém.
O Senhor revogou a sentença que te condenava,
afastou os teus inimigos.
O Senhor, Deus de Israel, está no meio de ti
e já não temerás nenhum mal.
Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém:
«Não temas, Sião,
não desfaleçam as tuas mãos.
O Senhor teu Deus está no meio de ti,
como poderoso salvador.
Por causa de ti, Ele enche-Se de júbilo,
renova-te com o seu amor,
exulta de alegria por tua causa,
como nos dias de festa».
Afastei para longe de ti a desventura,
a humilhação que te oprimia, Jerusalém.


Salmo: Is 12
Refrão:
Exultai de alegria,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.

Deus é o meu Salvador,
Tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.

Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome
anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 1, 39-56)
Naqueles dias,
Maria pôs-se a caminho
e dirigiu-se apressadamente para a montanha,
em direcção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
o menino exultou-lhe no seio.
Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz:
«Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado
que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos
a voz da tua saudação,
o menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou
no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito
da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas,
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência para sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses.
Depois regressou a sua casa.

Monday, May 30

Segunda-feira da Semana VI do Tempo Pascal

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Lucas indica as grandes etapas da formação de uma comunidade cristã que tem como ponto de referência uma simples mulher cristã de Filipos: fé, Baptismo e acolhimento. Paulo passa da Ásia à Grécia. Começam a ouvir-se os nomes clássicos, de nós conhecidos pelos livros da antiga cultura grega. Esses antigos impérios estão em declínio. A sabedoria humana não chega para levar os homens ao conhecimento de Deus. Aparece agora a loucura da Cruz. Paulo anuncia o Evangelho em Filipos onde o Senhor tocou o coração de Lídia, uma senhora pagã que aderiu ao que Paulo dizia e que deu hospedagem ao apóstolo Paulo. Será a primeira cristã da Europa. O Senhor lhe abriu o coração para aderir ao que Paulo dizia. É sempre o Senhor que acompanha os seus missionários e torna eficaz a sua palavra.
Jesus anuncia o testemunho que o Espírito Santo Lhe vai dar e o testemunho oral dos Apóstolos, pelo qual serão perseguidos. Jesus enviará o Paráclito que acompanhará os discípulos na sua vida concreta, marcada pelo conflito com o mundo. O Paráclito testemunhará junto do discípulo a validade do caminho indicado pelo Verbo de Deus.
O Espírito da verdade dará testemunho de Mim. Jesus conforta e confirma os discípulos: pede-lhes para terem fé porque o seu amor concretiza-se e torna-se visível no amor fraterno, porque o Paráclito estará com eles e confirmá-los-á na caminhada. Dará aos discípulos a compreensão profunda do mistério de Cristo, e a pregação deles a sua força e a sua verdade. Eles hão-de ser perseguidos, mas a Ressurreição há-de fazer-lhes compreender o sentido dos acontecimentos da vida terrestre de Jesus e também o das suas próprias vidas.
É preciso continuar a testemunhar o Senhor para que aumente o número dos que O amam e os discípulos são ajudados pelo testemunho do Espírito de verdade que Jesus enviará do Pai.

Saturday, May 28

Domingo VI da Páscoa

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A liturgia do 6º Domingo da Páscoa convida-nos a descobrir a presença – discreta, mas eficaz e tranquilizadora – de Deus na caminhada histórica da Igreja. A promessa de Jesus – “não vos deixarei órfãos” – pode ser uma boa síntese do tema.
O Evangelho apresenta-nos parte do “testamento” de Jesus, na ceia de despedida, em Quinta-feira Santa. Aos discípulos, inquietos e assustados, Jesus promete o “Paráclito”: Ele conduzirá a comunidade cristã em direcção à verdade; e levá-la-á a uma comunhão cada vez mais íntima com Jesus e com o Pai. Dessa forma, a comunidade será a “morada de Deus” no mundo e dará testemunho da salvação que Deus quer oferecer aos homens.
A primeira leitura mostra exactamente a comunidade cristã a dar testemunho da Boa Nova de Jesus e a ser uma presença libertadora e salvadora na vida dos homens. Avisa, no entanto, que o Espírito só se manifestará e só actuará quando a comunidade aceitar viver a sua fé integrada numa família universal de irmãos, reunidos à volta do Pai e de Jesus.
A segunda leitura exorta os crentes – confrontados com a hostilidade do mundo – a terem confiança, a darem um testemunho sereno da sua fé, a mostrarem o seu amor a todos os homens, mesmo aos perseguidores. Cristo, que fez da sua vida um dom de amor a todos, deve ser o modelo que os cristãos têm sempre diante dos olhos.

Friday, May 27

Sexta-feira da Semana V do Tempo Pascal

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

As conclusões do concílio”de Jerusalém são apresentadas como resoluções do Espírito Santo e dos Apóstolos. É esta uma das afirmações mais significativas da consciência que a Igreja primitiva tem de ser o lugar onde o Espírito de Deus está presente e actua, prolongando a presença e a actuação do Senhor. Aquelas conclusões foram depois comunicadas às diversas comunidades numa carta, que será uma verdadeira encíclica, isto é, uma carta destinada a circular entre todas.
A decisão de aceitar o princípio da liberdade do Evangelho diante da Lei foi tomada pelo Espírito Santo e pela comunidade cristã através dos seus representantes. A Igreja experimentou a presença do Espírito.
A insistência de Jesus para que os seus discípulos vivam no amor mútuo está na continuação lógica do amor que Ele próprio lhes tem, o qual, por sua vez, manifesta o amor que o Pai tem por eles, e que, deste modo, lhes manifesta que a força que comanda toda a história da salvação é o amor de Deus. De facto, essa história revela claramente que Deus é amor. E o amor que os homens possam manifestar, tanto para com Deus como de uns para com os outros, não é mais do que sinal de que reconhecem e compreendem aquele amor de Deus.
Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. A relação entre Jesus e os discípulos assume particular intensidade, quando o Senhor fala do mandamento do amor fraterno. Os mandamentos da comunidade messiânica resumem-se ao amor fraterno. A vivência do amor fraterno glorifica o Pai, revela os verdadeiros discípulos e produz muitos frutos. O amor fraterno tem o seu modelo no amor oblativo de Jesus por nós, que O leva a dar a vida pelos seus amigos. A resposta que Jesus pede aos seus é um amor oblativo e sem reservas, para com Ele e para com os irmãos, um amor total, de grande qualidade. Jesus partilha connosco os segredos do seu coração, ajudando-nos a crescer no amor e na intimidade com Ele. Esse amor e essa intimidade, que são dom, têm por objectivo a nossa salvação, e permitem-nos alcançar do Pai tudo quanto Lhe pedirmos, em nome de Jesus.

Tuesday, May 24

Terça-feira da Semana V do Tempo Pascal

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

De terra em terra, Paulo e os companheiros vão anunciando a Palavra de Deus, a qual aumenta, dia a dia, o número dos discípulos do Senhor. Estes estabelecem chefes em cada Igreja que vão fundando e, por fim, retornam ao lugar donde tinham partido e dão parte à comunidade local das maravilhas que Deus, por meio deles, tinha operado, a maior das quais tinha sido a vocação dos pagãos ao Evangelho. Paulo e Barnabé fazem uma verdadeira «visita pastoral», em que os apóstolos encorajam os fiéis e lançam as bases de uma organização eclesiástica, que permite a continuidade das igrejas, que lhes custaram muitas tribulações. Paulo torna-se realmente o Apóstolo dos gentios.
A paz é o dom sempre ligado à pessoa de Jesus, é um dom que Jesus derrama nos nossos corações. “Paz” significa união, aliança, comunhão. Jesus vive em nós e, com Ele, está o Pai e está o Espírito Santo. Jesus, que na Paixão desce às profundezas do homem, humilhando-Se até à morte, e morte de cruz, será glorificado pelo Pai, ao ser exaltado junto de Deus. Ele é a paz, Aquele que estabelece a comunhão do homem com Deus. Na hora da Ressurreição, os discípulos irão compreender o que por enquanto não entendem. O Tempo Pascal também a nós nos irá fazendo compreender mais profundamente as palavras de Jesus. A paz vem-nos de um olhar de fé sobre a realidade de um Deus presente, mas procurado com o ardor de um coração ferido pela sua ausência. A paz vem quando se aceita o mistério da ausência de Deus, o seu silêncio, o sofrimento e o mistério da cruz como o momento mais alto do amor de Deus e do testemunho do nosso amor por Ele.
Dou-vos a minha Paz: A paz como o conjunto dos bens messiânicos; A paz de Deus e a paz dos homens... que diferença?!; Glorificação do final de Jesus. Os Mensageiros da Paz: O exemplo de Cristo e dos Apóstolos; A Igreja é quem envia sob o impulso do Espírito Santo; Anunciar a paz é fazer a paz; O Testemunho até ao sangue é a bagagem de todo o verdadeiro apóstolo. Felizes os construtores da Paz: A paz de Deus nasce no coração e é fruto da comunhão com Ele; Da paz brota a unidade e a partilha com os irmãos; A paz é o dom mais precioso que Deus pode conceder aos homens! O mundo de hoje é todo ele um grito pela paz... Haja paz e nunca mais a guerra!

Thursday, May 19

Quinta-feira da Semana IV do Tempo Pascal

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Da ilha de Chipre, pátria de Barnabé, Paulo e os companheiros passam ao continente, à Turquia actual, e prosseguem a sua viagem missionária. Em cada povoação onde chegam vão à sinagoga ao sábado, tomam parte no culto e anunciam Jesus aos Judeus, antes de o fazerem a todos os demais. Paulo mostra que Jesus é o descendente de David, prometido e esperado, e que assim o Antigo Testamento vem a florir e a dar o seu fruto no Novo Testamento. A história de Israel é apresentada nas suas linhas gerais, centrando-se em David, a quem ficou ligada a promessa do Salvador. A alusão a João Baptista tem dois objectivos: situar no tempo a actividade de Jesus e apresentar João como precursor e testemunha. Paulo quer chegar rapidamente a Jesus, Aquele em quem se realizam as promessas. As comunidades da Diáspora estavam mais preparadas para acolherem a mensagem dos primeiros missionários cristãos, é a elas que se dirige em primeiro lugar. Só depois, quando se sente recusado, se dirige aos pagãos.
Jesus faz o comentário ao gesto que acabou de praticar, o de lavar os pés aos Apóstolos. Foi uma lição de serviço. Deste modo, Jesus manifesta que a missão do Mestre é servir e não ser servido, missão que os seus discípulos hão-de imitar. O maior de todos os seus serviços foi o de dar a vida pelos homens.
Quem receber um enviado de Jesus, não só recebe o próprio Jesus que envia, mas também o Pai que enviou Jesus. Assim se chega à raiz última da missão. Um dos melhores modos de lavar os pés aos outros, talvez o mais importante, é anunciar-lhes Cristo, tornando-O presente no meio deles.

Wednesday, May 18

Quarta-feira da Semana IV do Tempo Pascal

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Barnabé e Paulo vão ser companheiros na expansão missionária do Evangelho. Partem de Antioquia, onde se tinham encontrado e navegam para a ilha de Chipre, donde Barnabé é oriundo. A sua missão tem origem numa graça do Espírito Santo, e é um gesto da Igreja; esta ora por eles, impõe-lhes as mãos e envia-os. O Espírito actua na Igreja, e a Igreja é o lugar onde o Espírito está e Se manifesta. A comunidade de Antioquia, viva e cheia de dinamismo, estava empenhada na evangelização da enorme cidade. Distinguiam-se nessa tarefa, Saulo, Barnabé e João Marcos. Um dia, enquanto jejuavam e rezavam manifestou a sua vontade por meio de um profeta: Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que Eu os chamei.
Jesus continua a afirmar que é o Enviado do Pai, que nos diz as palavras do Pai, que vem cumprir os desígnios do Pai, que são de salvar o mundo, não de o condenar. Ele veio como luz; por isso, haverá trevas onde a sua luz não chegar, haverá condenação para quem não quiser ser salvo. Acreditar em Jesus, vê-lo, significa acreditar e ver Aquele que O enviou; é o tema da unidade: o Pai e Jesus são uma só coisa; Jesus é o resplendor do Pai, aproxima-O do homem, dá-lho a conhecer, comunica-O. Jesus é a luz; a missão de Jesus é portadora de salvação.
O destino do homem joga-se no dilema fé-incredulidade, o acolhimento ou recusa de Jesus, na escuta ou não escuta da sua palavra. A fé, o acolhimento, a escuta de Jesus salvam o homem; a incredulidade, a recusa, a não escuta de Jesus, condenam o homem. Jesus não veio para julgar, mas para salvar. Será a Lei, em que os judeus põem toda a confiança, que os há-de julgar no último dia. A vinda de Jesus, a sua acção e a sua palavra, tinham um único objectivo: comunicar a vida. Foi esse o mandamento recebido do Pai. Cristo é a Palavra pessoal do Pai, feita Homem: Escutá-Lo, é chegar à Luz e caminhar na Luz; Crer em Cristo é um movimento de adesão e entrega à Sua pessoa; Ele é para nós, princípio de vida e comunhão de amor com Ele.

Tuesday, May 17

Terça-feira da Semana IV do Tempo Pascal

Leituras e Reflexões no Portal dos Dehonianos

Assistimos hoje ao nascimento da Igreja de Antioquia, cidade capital da Síria, que a partir de agora se torna centro de irradiação missionária da maior importância. O Evangelho, que até aqui tem sido anunciado particularmente a Judeus, passa agora a ser anunciado também aos pagãos. Os discípulos dispersos tornaram-se missionários entre os pagãos. Pregaram na Samaria, na Fenícia, em Chipre e Antioquia, dirigindo-se, não só às comunidades judaicas, mas também aos gregos, que eram pagãos. Os habitantes de Antioquia dão-se conta da diferença entre a comunidade dos discípulos de Jesus e a comunidade dos judeus. Por isso, começam a chamar cristãos aos discípulos de Cristo. O seu grande missionário é Paulo, que Barnabé vai buscar à terra dele, Tarso, por onde ele se tem conservado desde longa data.
Jesus vai ao Templo, na festa da Dedicação, e passeia debaixo do pórtico de Salomão. Os judeus ansiosos rodeiam-no e disparam a pergunta que os atormentava: Até quando nos deixarás na incerteza? Se és o Messias, di-lo claramente. As palavras de Jesus deixavam entender que ele é o Messias.
A leitura do Evangelho esclarece a relação de Jesus com o Pai: Ele e o Pai são um só. Por isso, as palavras e os actos de Jesus revelam a atitude de Deus para com os homens. Aceitar Jesus e crer n’Ele é tornar-se um com Ele, é ser d’Ele, é, por isso, ser de Deus; é estar unido ao Pai. Os discípulos de Jesus terão de sofrer como Ele sofreu. Mas, tal como Ele venceu a morte, também os seus discípulos, que vivem unidos a Ele, a hão-de vencer.
Nós, que pertencemos ao rebanho, temos a responsabilidade de fazer ouvir a voz do Senhor, de modo perceptível, àqueles que ainda não a ouviram. Para isso, havemos de dar um testemunho coerente e puro.

Monday, May 16

Segunda-feira da Semana IV do Tempo Pascal

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Domingo do Bom Pastor e das vocações

Para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa enviou uma mensagem, com o tema Propor as vocações na Igreja Local. Ele diz-nos que é preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo, sobretudo os adolescentes e os jovens para maturarem uma amizade genuína e afectuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente com as Sagradas Escrituras; para descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos; para viverem a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações. «Propor as vocações na Igreja local» é ter a coragem de indicar este caminho exigente do seguimento de Cristo, que é capaz de envolver toda a vida. Que nos sintamos empenhados na promoção vocacional através da oração, da colaboração, do apoio aos candidatos ao sacerdócio, à vida religiosa e às missões e aos pastores, a todos que têm esse serviço pastoral.

Thursday, May 12

Quinta-feira da Semana III do tempo Pascal

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

O etíope ao regressar a casa encontra no caminho Filipe e é por ele evangelizado, é o símbolo das primeiras pessoas de origem estranha ao antigo povo de Deus a receber o baptismo de Jesus. O baptismo que está ligado à fé e esta tem como tema central Jesus Cristo, o Servo sofredor, que dá a vida para salvação dos homens. É esta a fé de todo o que é baptizado. É o Espírito santo que leva Filipe ao encontro do etíope e que o leva a anunciar o Evangelho.
O livro dos Actos dos Apóstolos é um olhar de fé sobre a caminhada da Igreja guiada pelo Espírito Santo; é o Evangelho do Espírito Santo.
Como é que eu posso entender sem ninguém me explicar? é um apelo a conhecermos e a aprofundarmos mais a Sagrada Escritura.
A fé é um dom de Deus, parte da livre iniciativa de Deus, do Seu chamamento. É um encontro pessoal com Cristo, com a Sua Palavra e no Pão que é o Seu Corpo fazendo disso o centro e o coração da nossa vida.
Os judeus têm diante dos olhos as provas da graça de Deus e não acreditam. Jesus ensina-lhes como ir até Ele, comendo o pão que Ele dá e que é a Sua carne para a vida do mundo. Jesus Se contrapõe ao maná que caiu do Céu no tempo de Moisés. O verdadeiro Pão do Céu é Ele próprio, que na Eucaristia Se torna o alimento do seu povo. Na Cruz, Ele deu a vida por nós; na Eucaristia, dá-nos o sacramento da sua passagem da morte à vida, e assim, pela Eucaristia, Ela faz chegar até nós essa mesma vida. Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.

Wednesday, May 11

Quarta-feira da Semana III do Tempo Pascal

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Depois do martírio de Estêvão, veio a perseguição da Igreja. Todos se dispersaram pelas terras da Judeia e da Samaria e assim difunde-se o Evangelho fora de Jerusalém. Começa assim uma nova fase na vida da comunidade cristã, porque a perseguição ajudou a Igreja a não adormecer e a reencontrar as suas raízes missionárias assentes no Evangelho de Jesus.
Saulo devasta a Igreja e faz muitos prisioneiros. Mas ela expande-se entre aqueles que estão fora do judaísmo: Os que tinham sido dispersos foram de aldeia em aldeia, anunciando a Palavra da Boa Nova.
Filipe, tal como Estêvão e os outros Apóstolos, prega a Boa Nova e faz milagres. A Igreja enche-se de alegria com a acção de Filipe e de outros discípulos que pregam o nome de Jesus em todo o mundo que se renova, graças ao contacto com a Palavra que se difunde.
«Eu sou o pão da vida». Jesus apresenta-se como o revelador da verdade, o mestre divino que veio para alimentar os homens. O pão e o maná são símbolo da Sua revelação e da Sua pessoa. Mas, a multidão não quer entender, não reconhece Jesus como Filho de Deus. Então Jesus denuncia a pouca fé das pessoas. Ele fez-se homem, não para fazer a sua vontade, mas a vontade d´Aquele que O enviou: que Eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas o ressuscite no último dia. Receber a Eucaristia é receber Aquele que se ofereceu por nós até à morte e receber a força para percorrer o mesmo caminho.

Tuesday, May 10

Terça-feira da Semana III do Tempo Pascal

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A morte de S. Estêvão é apresentada como a morte de Jesus. O Rei dos Mártires continuará, no Corpo místico da sua Igreja, o mistério da sua própria Paixão. E à imitação do Senhor na Cruz, a Igreja, a começar por Estêvão, vai-se entregando a Deus em gesto de confiança no Pai e em oração, feita de amor pelos homens, a começar pelos que a perseguem. O primeiro mártir da Igreja vai sereno ao encontro da morte, graças à morte de Jesus que, agora ressuscitado e constituído Senhor, anima as suas testemunhas mostrando-lhes o Céu aberto como meta gloriosa e já muito próxima. Jesus continua a morrer nos seus mártires. Como Jesus confiou ao Pai o seu espírito, Estêvão também confia a Jesus o seu.
Jesus continua a afirmar-Se como o verdadeiro alimento da fé. Ele é o Pão que veio do Céu, o Pão de Deus. Aos israelitas no deserto, tinha-lhes sido dado o maná, vindo do céu. Mas, muito mais do que o maná, é este Pão que Deus nos enviou, o seu próprio Filho, para que acreditemos n’Ele e O recebamos pela fé. Jesus dá-lhes o novo maná, superior àquele que os pais comeram no deserto: dá a todos a vida eterna. Mas só quem tem fé pode receber esse dom. O povo quer novas provas sobre Jesus e a sua missão. Mas Jesus exige uma fé sem condições. É Ele o pão da vida. Quem O acolher não mais terá fome e quem acreditar n´Ele jamais terá sede.

Thursday, May 5

Quinta-feira da Semana II do Tempo Pascal

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A pregação basilar dos Apóstolos é sempre o anúncio do Mistério Pascal: Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador, que morreu e ressuscitou. Este será também o pregão fundamental da pregação da Igreja. O testemunho que os Apóstolos dão deste acontecimento pascal e que a Igreja agora continua a dar é dado pelo próprio Espírito Santo. É testemunho do próprio Deus.
O Sumo-sacerdote acusava os apóstolos de dois crimes: desobediência às ordens que lhes foram dadas porque continuavam a ensinar em nome de Jesus, e difamação porque acusavam os chefes do povo de serem os responsáveis pela morte de Jesus.
Pedro reafirma o dever de obedecer antes a Deus que aos homens, porque só quem se submete a Deus recebe o Espírito Santo e centra-se no essencial do Kerygma cristão: a morte e a ressurreição de Jesus. Jesus é Príncipe porque é o novo Moisés que guia o povo para a libertação e salvação; é Salvador porque, pela sua morte, nos alcançou o arrependimento e a remissão dos pecados.
Esta passagem faz continuação à conversa de Jesus com Nicodemos, começada a ler-se ontem. São verdadeiras catequeses sobre o mistério da pessoa de Jesus, a sua origem, a sua relação com o Pai, a sua missão. A terra é o mundo dos homens com as suas limitações, as suas carências, até a sua cegueira que os impede de ver a luz de Deus; o Céu é o mundo de Deus, donde nos vem Jesus, o Filho, para tornar os homens participantes da sua vida divina e os conduzir ao Pai.
Todo o discípulo é chamado a verificar a sua relação com Jesus e o modo como escuta a sua palavra. Cristo vem do Alto, pertence ao mundo divino e é superior a qualquer homem. O homem vem da terra e permanece um ser terreno e limitado. Cristo é a própria Palavra, é espírito e vida, é Aquele que transmite tudo quanto possui, em especial o Seu Espírito Santo.

Wednesday, May 4

Quarta-feira da Semana II do Tempo Pascal

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A palavra de Deus ilumina e salva os que a acolhem com fé e lhe correspondem, como endurece e cega os que se obstinam em se lhe fecharem. Enquanto, aos primeiros, os encanta, aos segundos, irrita-os, e eles acabam por serem por ela preteridos. Mas a palavra de Deus não pode ser julgada, é ela que julga; não pode ser aprisionada. Os Apóstolos foram presos mas acabaram por ser libertados e vieram a ser encontrados a anunciar essa mesma palavra pela qual tinham estado prisioneiros.
Deus protege os anunciadores do Evangelho. Nada nem ninguém se pode opor ao projecto de Deus. Deus parece divertir-se fintando os seus adversários.
Cristo é o grande dom de Deus aos homens, é a fonte da salvação. É a luz que ilumina mais forte que todas as demais luzes. Ao lado d’Ele, todas as outras luzes não passam de trevas. Quem d’Ele se aproximar praticará obras de bem e não terá nenhum receio de ser visto pelos homens; o que d’Ele se afastar tem receio de que os homens o vejam.
A opção fundamental do homem consiste em aceitar ou rejeitar o amor de um Pai que se revelou em Cristo. Mas este amor não julga o mundo: ilumina-o. Quem acreditar em Jesus não será condenado; mas quem o rejeitar, e não acreditar no seu nome, já está condenado. A causa da condenação é uma só: a incredulidade, a recusa da palavra de Jesus. No fim deste colóquio de Jesus com Nicodemos, e com cada um de nós, nada mais resta do que acolher o convite à conversão e a uma mudança radical de vida. Quem aceita Jesus e dá espaço a um amor que nos transcende, encontra o que ninguém pode alcançar por si mesmo: a verdadeira vida.

Friday, April 29

Sexta-feira da Oitava da Páscoa

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A cura do coxo foi ocasião para uma longa catequese, uma mistagogia, uma catequese para iniciados sobre os mistérios da sua própria iniciação. De facto, esta semana foi sempre a semana das catequeses mistagógicas para os que receberam os Sacramentos da Iniciação Cristã na Noite Santa da Páscoa. Hoje esta catequese insiste sobre o Nome divino de Senhor, que é agora título do Homem-Deus, o Senhor Jesus, o Ressuscitado, Kyrie.
É notável a audácia com que Pedro, cheio de Espírito Santo, denuncia, no meio do Sinédrio, o crime perpetrado pelos chefes do povo e anuncia a Ressurreição de Jesus e foi em nome de Jesus que o coxo foi curado, porque, só nele, há salvação.
O Ressuscitado vai ao encontro dos discípulos usando os caminhos que eles mesmos conhecem. Hoje o evangelho fala-nos de uma pesca milagrosa, memória daquela em que, no início da sua vida pública, Jesus tinha prometido que os apóstolos seriam pescadores de homens.
Se estivermos atentos aos pequenos sinais, também nós reconheceremos o Senhor.
As aparições do Senhor ressuscitado vêm frequentemente em ambiente de refeição e esta é descrita com termos semelhantes aos que são usados para falar da celebração da Eucaristia. A celebração eucarística é o lugar privilegiado onde os cristãos reconheceram o Senhor no seu Mistério Pascal. A pesca abundante evoca a abundância de vida de que o mistério da Páscoa de Jesus é fonte e origem.
O texto descreve, de forma simbólica, a missão da Igreja primitiva e o retrato das comunidades que permanecem estéreis quando estão privadas de Cristo, mas que se tornam fecundas quando obedecem à sua palavra e vivem da sua presença. Há um convite à comunidade eclesial de todos os tempos a encontrar o sentido da sua vocação centrando-se em Jesus como Senhor da vida, porque é na dupla mesa da Palavra e da Eucaristia que a Igreja torna frutuosa a sua acção no meio dos homens.