Wednesday, August 8

Quarta-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


O profeta Jeremias, quando tinha de falar duro e censurar o povo, não o fazia por mau humor ou por espírito de pessimismo. Assim agora que chegou o momento de ver a restauração de Israel, convida ao louvor e à acção de graças. Deus quer ser finalmente encontrado na alegria e na acção de graças, que é esta a atitude de quem sabe reconhecê-l’O como o Deus que ama e salva.
Deus forma a identidade do seu povo, dá-lhe uma cidade onde habitar, terra para cultivar e dela tirar o sustento. De todos estes dons, brota a alegria, manifestada ao som de instrumentos e de danças. Esta alegria de Israel vai contagiar as nações vizinhas, que hão-de convergir para Jerusalém e aí louvarão a Deus pela salvação maravilhosamente realizada por Deus.

No Evangelho, a mãe do jovem doente era pagã. No plano de Deus, a missão histórica de Jesus confinar-se-ia ao seu povo; os pagãos a quem frequentemente os judeus deram o tratamento de cães seriam objecto da evangelização feita no futuro pelos Apóstolos. Mas a presença de Jesus despertou a fé desta pagã, e a fé da pagã tocou o coração de Jesus, a fé que até é capaz de transpor montanhas!
A missão de Jesus, durante o seu ministério terreno, limitou-se ao povo judeu mas abriu uma excepção devido à grande fé da mulher. O encontro entre Jesus e a mulher cananeia anuncia, e já realiza, o encontro entre a salvação e o paganismo. Sem negar a escolha preferencial de Israel, a missão salvífica de Jesus é dirigida a todos os povos e será também a da acção da Igreja.

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