Tuesday, August 7

Terça-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


Começa a ler-se hoje a parte do livro de Jeremias, chamada o livro da consolação. As duas partes de que se compõe esta leitura são impressionantemente contrastantes: na primeira, o Senhor denuncia o pecado do povo; logo na segunda, promete-lhe o perdão e a restauração. Por aqui mais uma vez se nos revela que Deus não anda à espreita do homem para o apanhar em falta, mas, se lhe sai ao encontro, é para o salvar. E sai-nos ao encontro em cada momento, mesmo quando nos parece que é para nos acusar. Então apenas nos chama mais energicamente, porque então mais precisamos.
Jeremias mostra o valor educativo do sofrimento por que passa o seu povo, obrigado ao exílio, e sob o domínio de um povo estrangeiro que irá perceber que o remédio para os seus males vem de Deus que sempre cuida do seu povo.

Como novo Moisés, Jesus, depois da multiplicação do pão, sobe à montanha e aí fica em oração ao Pai, nesse diálogo íntimo e profundo, mais do que o de Moisés sobre o Horeb. Depois atravessa o lago sobre as águas e salva Pedro que nelas se afogava por falta de fé. A tempestade surge quando os discípulos avançam sozinhos pelo mar, enquanto Jesus tinha ficado a orar na solidão. A sua chegada milagrosa gera nos discípulos perturbação e medo e a sua palavra serena-os e dá-lhes coragem. Pedro até se atreve a imitar o Mestre, descendo ao mar e tentando caminhar sobre as ondas. Mas a sua fé hesita, e Jesus tem de lhe estender a mão, e mostrar-lhe que, só apoiado n´Ele, pode chegar à salvação. A mesma experiência de salvação é feita por todos aqueles que contactam com Jesus, que assim reconhecem a sua verdadeira identidade, e podem dizer, como Pedro: Tu és, realmente, o Filho de Deus!

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