Friday, February 1

Sexta-feira da Semana III do Tempo Comum


Receber a luz significa aqui o Baptismo, que os Antigos chamaram iluminação. Os destinatários desta epístola foram modelo de vida cristã, no que se refere ao testemunho que deram em dias de perseguição. A fé vive-se na perseverança, tendo sempre em vista o fim aonde ela nos leva. Aí está a salvação, que, em qualquer caso, não tardará em chegar. Embora denuncie o perigo, o nosso autor não condena abertamente nem repreende com dureza. Prefere usar a exortação. Lembra que o passado de uma fé inquebrantável deve servir de estímulo para o presente. Recordai os primeiros dias nos quais, depois de terdes sido iluminados, suportastes a grande luta dos sofrimentos.

Duas breves parábolas põem em realce duas características do reino de Deus: a primeira refere-se à força interior desde reino, que o faz nascer e crescer pela força de Deus e não do homem (O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra). Os discípulos devem aguardar, com paciência, que a Palavra actue pela força que tem em si mesma e dê fruto no tempo e no modo que Deus quiser. A segunda põe em contraste os começos humildes deste Reino e a pujança final para onde se encaminha, e que bem manifesta a força interior que o animava desde o início. Apresenta o reino como um grão de mostarda, que dá origem a um grande arbusto. Não havemos de preocupar-nos por sermos poucos e pequenos: a Palavra de Deus dará frutos incomensuráveis, não por nosso mérito, mas pela graça.

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