Thursday, February 21

Quinta-feira da Semana I da Quaresma


À medida que experimentamos a nossa insuficiência, vamos sentindo, cada vez mais, a necessidade de recorrer ao Senhor, que é a nossa força. Em tais circunstâncias, só o orgulhoso não sabe dirigir-se a Deus e rezar. Em momento especialmente difícil da vida do seu povo, Ester, a israelita condenada à morte com todos os demais, presa de angústia mortal, procurou refúgio no Senhor. A rainha, na tentativa de salvar o povo a que pertencia, decide expor-se ao perigo, intercedendo por ele junto do marido. Mas, antes de se apresentar ao rei, apresenta-se ao Senhor, numa atitude de penitência e de oração. A rainha Ester é um belo exemplo de oração: Vinde socorrer-me, que eu estou só e só em vós tenho auxílio, pois sinto ao alcance da mão o perigo que me espreita .

No Evangelho é o próprio Jesus que insiste em que devemos pedir, procurar, bater à porta. Orar ao Senhor não é humilhante; é antes acto de confiança, afirmação de fé, caminho de paz. Jesus também pediu ao Pai nas horas difíceis. E a penitência é um caminho difícil, mas conduz à libertação pascal. Só o braço poderoso de Deus nos pode fazer passar da escravidão à libertação, da morte à vida. Jesus ensina a necessidade da oração de súplica e que a mesma é seguramente escutada. O Pai sabe, mas é preciso assumir a atitude do mendigo e reconhecer a própria condição de fraqueza e dependência de Deus. E Deus dá a quem pede e abre a quem bate. Se um pai dá pão ao filho que lhe pede pão, e não outra coisa parecida, também Deus dará coisas boas a quem Lhas pedir. O Pai escuta sempre os pedidos dos filhos e dá-lhes o que é melhor para eles.

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