Monday, October 8

Segunda-feira da Semana XXVII do Tempo Comum

 
A razão de ser da Epístola aos Gálatas é a afirmação de que a fé em Jesus Cristo inaugura uma era nova e a de que os cristãos já não estão sujeitos aos preceitos da lei de Moisés. Esta afirmação tinha já causado reacção em certos cristãos vindos de entre os Judeus; é por isso que S. Paulo começa a sua carta por afirmar a sua autoridade de Apóstolo a fim de as suas palavras não deixarem dúvidas nos seus leitores. Defendia que o crente se salva pela fé em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado, e não pela observância da Lei. Mas os judaizantes queriam adaptar a vivência do Evangelho à religião judaica e a certas práticas, tais como a circuncisão e certas observâncias. Paulo reagiu com força e manifesta a sua indignação por verificar que estavam a afastar-se do Evangelho e a corrompê-lo. As suas palavras querem levar os gálatas a declarar-se por Cristo e a acolherem a única certeza que conta: o Evangelho, tal como lhes foi pregado, o Evangelho anunciado por mim não é de inspiração humana, porque não o recebi ou aprendi de nenhum homem, mas por uma revelação de Jesus Cristo.

Jesus vai a caminho de Jerusalém. Um judeu faz-lhe uma pergunta armadilhada: que devo fazer para alcançar a vida eterna? Jesus responde, contando a parábola do Bom Samaritano. Aí mostra-se como um estrangeiro entendeu melhor o preceito da caridade fraterna do que os membros do povo de Deus. O próximo está ao nosso lado e não é necessário fazer escolhas para o encontrar. A parábola é ainda um sinal da vocação dos pagãos ao Evangelho.
O bom samaritano da parábola é, em primeiro lugar o próprio Cristo, porque manifestou o seu amor por nós entregando a sua vida e parando junto de nós para nos curar as nossas feridas. De igual modo temos que ser também nós samaritanos. Encontramos no nosso caminho muitas pessoas com feridas na alma: longe de Deus, em circunstâncias dolorosas, com falta de carinho, de abandono, cheios de misérias, outras feridas na alma afastadas de Deus por razões pouco importantes, desconhecedoras das verdades da fé… Esperam que sejamos o bom samaritano que delas se ocupa, lhes dedica tempo e amizade.







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