Friday, February 25

Sexta-feira da Semana VII do Tempo Comum

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

A sabedoria orienta o homem em todos os momentos e em todas as circunstâncias da sua vida e a sua orientação contribui poderosamente para garantir a unidade da sua vida e dos valores da mesma. Um dos maiores valores é a amizade. Mas como ela é rara e difícil de encontrar! Ela não pode existir onde houver egoísmo e é sempre perigoso contraí-la de maneira imprudente e precipitada. O primeiro conselho do sábio é que falemos bem aos outros, se quisermos ter amigos. Também é preciso saber escolher os amigos. Os verdadeiros amigos, os amigos íntimos devem ser bem seleccionados: há amigos que o são enquanto recebem favores, almoços e jantares grátis. O verdadeiro amigo há-de ser provado na sua fidelidade, na sua capacidade de continuar próximo de nós quando surge a tribulação. É esse amigo fiel que constitui para nós um tesouro, a cujo valor nada se iguala.
Os fariseus, para Lhe armarem uma cilada, citam a Jesus a permissão de o homem poder repudiar a esposa. Mas Jesus, partindo daquela permissão, apela para a palavra que fundamenta o próprio matrimónio; e retoma-a para reconduzir a visão do matrimónio à sua ordem original. As desordens dos homens não podem invalidar a ordem que vem de Deus.
O divórcio hebraico tinha o propósito inicial de tutelar a mulher e garantir-lhe uma certa liberdade. Mas as escolas rabínicas discutiam os motivos de divórcio e era concedido pela legislação em vigor com muita facilidade. As prescrições mosaicas sobre o divórcio reflectem a mediocridade humana e não o projecto primordial de Deus sobre a união do homem e da mulher. A moral farisaica fundamentava-se na não confessada inferioridade da mulher, que era considerada propriedade do homem. Para Jesus, a união do homem e da mulher é a meta de uma plenitude humana, ao casarem ambos se enriquecem mutuamente. A união matrimonial procede de Deus e o homem e a mulher levam em si a imagem de Deus-Amor e são chamados a ser uma só coisa no matrimónio e a ninguém é permitido quebrar essa união.

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