Tuesday, July 5

Terça-feira da Semana XIV do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Na estranha personagem com quem entra em luta, Jacob descobre a presença do próprio Deus, e não descansa enquanto d’Ele não obtém a bênção. Este acontecimento misterioso, pretende, em última análise, explicar o significado do nome de Israel, forte contra Deus, e indicar que a bênção que Jacob recebe de Deus se estenderá a todo o povo que levará o seu nome, o povo de Israel. O nome de Israel, que Jacob assume depois do combate nocturno, porque, como diz o Senhor, combateste contra Deus e contra os homens e conseguiste resistir, evoca um passado de lutas e de vitórias sobre forças inimigas. Deus defendeu Jacob de Esaú e de Labão. Jacob-Israel tem consigo a bênção divina, tal como Abraão. Entra no mistério de Deus por meio de uma luta na qual suplica, reza e se entrega nas mãos do antagonista, pois se vê obrigado a revelar o nome, enquanto o adversário esconde a sua identidade. Israel significa «Deus é forte e esse nome, dado a Jacob indica que Deus está com ele.
Para ser capaz de reconhecer a intervenção de Deus é necessário ter-se um coração simples, como o de uma criança. Foi assim já no tempo de Jesus: os simples tinham fé, os entendidos negavam-se até ao que era evidente. Jesus nem por isso desiste de anunciar o reino de Deus; só lamenta que poucos se entreguem ao trabalho que este reino exige. Mas esses serão sempre um dom de Deus; é necessário, pois, pedir que Ele os envie. Sem a luz da Palavra de Deus, os homens transviam-se e perdem-se. Fora anunciado que o Messias faria ouvir os surdos e falar os mudos. Se Jesus realiza tais maravilhas, libertadoras da escravidão e limitações humanas, quebra o poder de Satanás, e só pode ser o Messias. Os fariseus atribuem tais maravilhas ao poder satânico, que, segundo eles, actua por meio de Jesus. O coração de Cristo enche-se de compaixão pela multidão cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. O nosso sofrimento toca-o até ao ponto de o fazer com-padecer-se, com-sofrer connosco, de carregar sobre si as nossas dores, no seu mistério de morte e ressurreição. Jesus convida os discípulos a rezar ao Pai para que suscite pessoas dispostas a segui-Lo na tarefa da evangelização, semelhante ao trabalho da ceifa, pela sua urgência.

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