Tuesday, July 19

Terça-feira da Semana XVI do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A passagem do Mar Vermelho é hoje bastante conhecida porque ela é leitura obrigatória na Vigília Pascal. Nela se concentra todo a epopeia da libertação pascal do povo de Deus no Antigo Testamento e assim se prepara a compreensão do mistério da Páscoa de Jesus, passagem deste mundo para o Pai. A travessia do Mar Vermelho assinala um dos momentos culminantes da história e da teologia de Israel, uma experiência jamais esquecida pelo povo hebreu e tem como função principal realçar a acção de Deus. O acontecimento histórico terá sido bem mais simples, com a ajuda de elementos naturais como o vento mas os Hebreus souberam ver nessas circunstâncias a mão providencial de Deus, que os salvou de morte segura. O cântico de Moisés depois da passagem do Mar Vermelho, que serve de responsorial depois desta leitura, é o cântico da libertação pascal. Os egípcios, ao perseguirem os filhos de Israel, foram dizimados. Pelo contrário, os filhos de Israel receberam muitos benefícios da parte do Senhor, quando Moisés executou aquilo que Deus lhe mandara fazer. Para cumprirmos a vontade de Deus, escutemos a sua palavra e procuremos levá-la à prática.
Jesus constitui com os seus discípulos uma verdadeira família espiritual, que tem por origem o Pai celeste. Mais importantes do que os laços do sangue são os laços do espírito, aqueles que a palavra de Deus faz nascer. Jesus não nega, nem despreza, o amor da sua família; mas ensina que a maior união com Ele está na atenção que soubermos dar à sua palavra. Jesus, ao levantar a questão sobre quem são os seus parentes, declara que essa condição não é fruto da carne e do sangue, mas da escuta e actuação da sua palavra. Os discípulos, que escutam a sua palavra, abrem-se à comunhão com Jesus que é a Palavra. Quem a acolhe, torna-se, n´Ele, filho do Pai. O verdadeiro filho faz a vontade do Pai, tal como a fez Jesus, ao deixar-se enviar ao mundo. A sua Mãe, antes de O conceber no corpo, já O tinha acolhido no seu espírito, pelo acolhimento que dava à palavra de Deus. Todos temos a imensa alegria de podermos pertencer à família de Jesus, na medida em que cumprirmos a vontade divina.

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