A vitória de David sobre Golias, o filisteu, manifesta o poder de Deus, sempre maior do que as fracas forças do homem, e que Deus revela esse seu poder sobretudo nas circunstâncias mais frágeis dos homens. A glória do homem é estar nas mãos de Deus, e poder servir de instrumento, para que Deus realize, por meio dele, a sua obra, que é sempre de salvação para os homens. Mais do que dois homens, David e Golias, enfrentam-se duas teses, duas políticas: a tese da política da fé contra a tese da política da força e da técnica humanas. Como David, deve-se confiar em Deus mais do que nos homens e nos meios humanos. O texto realça a fé de David que enfrenta uma situação adversa para o povo e para a fé em Deus; a impotência do rapaz, mas também a sua fé na Providência divina. Assim se conclui que a verdadeira fé pode enfrentar e desfazer as dificuldades.
Se a primeira leitura nos fala de vitória de um fraco, que Deus apoia, o evangelho também nos fala de vitória, a vitória de Jesus sobre a paralisia do homem e sobre a interpretação opressiva da Lei por parte do fariseus.
De novo, Jesus procura fazer compreender o sentido profundo das observâncias religiosas, particularmente do descanso do sábado. Mas, os que O observam e acusam não são bem intencionados, não os move o zelo sincero, mas o ódio. Por isso, eles nunca entenderão nem as palavras nem as acções do Senhor. São voluntariamente cegos. E é este o maior dos pecados. Jesus mostra indignação e amargura; os seus interlocutores revelam obstinação e astúcia e tramam a morte de Jesus. O Senhor continua fielmente o seu serviço profético, insistindo numa instituição sabática que sirva o homem. Fazer bem ao homem, exigirá a Deus o preço da eliminação do seu Filho.
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