Thursday, January 5

Quinta-feira do Tempo do Natal


É na caridade fraterna que podemos encontrar o testemunho certo de que somos discípulos de Jesus e de que, com Ele, passámos da morte para a vida, como foi a Páscoa do Senhor. Ele amou até ao fim; assim começa no Evangelho de S. João a narração da Páscoa de Jesus. Só o amor aos irmãos salva e comunica a vida, depois de ter destruído a morte. O contrário do amor é o ódio, que levou Caim a matar Abel, é sinal da morte em que jaz o mundo. O amor fraterno insere o homem no reino da vida e permite gestos concretos de amor diante das necessidades do próximo. Como Cristo, o fiel há-de estar disponível para viver o amor até às últimas consequências, porque, sem amor, as obras estão mortas. Partilhar os próprios bens é sempre uma obrigação para os discípulos. O amor activo leva-nos a viver na paz e no amor do Pai.

Os discípulos de Jesus vão aumentando, pela Boa-Nova que corre de um para o outro, e pelo contacto com o Mestre que cada um deles vai experimentando. As vocações de Filipe e de Natanael são modelo de discipulado e de seguimento. Jesus chama Filipe a segui-Lo. Depois, Filipe chama Natanael: «Vem e verás!». Filipe não tenta esclarecer as dúvidas iniciais do companheiro, mas convida-o a uma experiência pessoal com o Mestre, uma experiência idêntica à dele. Natanael foi provocado por Jesus e aceitou acolher o mistério do Filho do homem, rende-se à evidência, reconhece Jesus como Messias e confessa: «Rabi, Tu és o Filho de Deus! Tu és o Rei de Israel!».
A última frase deste Evangelho, em que é clara a alusão à visão da escada de Jacob, deixa entrever em Jesus o Medianeiro entre Deus e os homens, bem como a sua intimidade com o Pai.

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