David, depois de tantas graças recebidas de Deus, comete grave pecado. Seduzido pelo olhar indiscreto sobre a mulher de certo soldado seu, ausente em campanha, entregou este à morte para lhe tomar a mulher para esposa sua. Ninguém se pode julgar seguro enquanto vive neste mundo; e a vida anterior nunca é garantia absoluta de futuro sem mancha. As raízes do mal, inerentes à natureza humana, a cada momento podem dar rebentos e frutos de pecado e de morte. O pecado foi tomando conta do rei que agiu de modo cada vez mais pérfido e ele dá-nos a justa medida do homem.
Duas breves parábolas põem em realce duas características do reino de Deus: a primeira refere-se à força interior deste reino, que o faz nascer e crescer pela força de Deus e não do homem (A parábola da semente, que cresce sem a intervenção do agricultor, diz-nos que o Reino é uma iniciativa de Deus, que deve permanecer sempre acima de toda a tentativa humana para guiar o curso do seu crescimento e maturação e Deus conta com a colaboração humana.); a segunda põe em contraste os começos humildes deste Reino e a pujança final para onde se encaminha, e que bem manifesta a força interior que o animava desde o início (A segunda parábola apresenta o reino como um grão de mostarda, que dá origem a um grande arbusto. Também aqui encontramos uma importante mensagem de confiança para a comunidade primitiva e para nós. Não havemos de preocupar-nos por sermos poucos e pequenos: a Palavra de Deus dará frutos incomensuráveis, não por nosso mérito, mas pela graça.). É grande mistério este Reino de Deus, presente já na Igreja sobre a terra e um dia glorioso no Céu.
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