Thursday, January 19

Quinta-feira da Semana II do Tempo Comum


A inveja leva Saul a procurar dar a morte a David. Salva-o a amizade de Jónatas. As limitações dos homens não impedem a realização dos desígnios de Deus, mas podem, muitas vezes, impedir que esses desígnios se cumpram da maneira mais conforme ao modo como Deus quereria que eles se cumprissem. A inveja é forma de egoísmo de consequências muito tristes. A acção salvífica de Deus realiza-se na história, tantas vezes marcada pelos limites, fragilidades e pecados dos homens. Adquire maior relevância e simpatia a amizade aberta, generosa e desinteressada que o filho de Saul mostra para com David. Se a inveja de Saul agride David, a amizade de Jónatas salva-o. Há grandes males e grandes bens que passam pelas nossas paixões. E Deus pode actuar por meio delas. Da nossa parte, se não devemos deixar-nos dominar por elas, também havemos de pô-las ao serviço do Senhor.

Jesus é procurado sobretudo pelos que mais precisam. É natural. E Ele mostra-Se-lhes como a fonte da vida; por isso, cura os doentes, como sinal de que tinham chegado finalmente os tempos preditos pelos profetas. Mas quer acima de tudo que as pessoas O encontrem na fé, e não vejam n’Ele apenas um simples benfeitor ou uma pessoa que arrasta multidões. A fé há-de nascer no coração e não na exaltação momentânea, fruto de emoção. A actividade de Jesus alarga-se e causa admiração nas multidões. Mas é ainda um entusiasmo superficial, que não leva à decisão da fé e Ele vai preparando uma nova família formada por pessoas que mostram verdadeira disponibilidade para com Ele e cria para elas a escola do discipulado. A Sua palavra e a Sua acção colocam-no no centro das atenções, buscando apenas os interesses de Deus. Ele é o enviado do Pai que narra o que Deus quer dar a conhecer de Si mesmo e o que pede aos mesmos homens, que estão mais interessados em procurar a si mesmos do que a Deus, inclusivamente nos seus actos religiosos.

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