Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos
Ao falar do matrimónio cristão, S. Paulo vê nele um reflexo da união de Cristo e da Igreja. Quase se poderia dizer que a união de Cristo e da Igreja é o tipo do matrimónio cristão. Como Cristo ama a Igreja, se entrega totalmente a ela, e a cobre de cuidados e atenções, assim o marido deve fazer com a sua mulher; como a Igreja responde ao amor de Cristo com a obediência e a submissão, assim a mulher deve fazer em relação ao seu marido. O amor de Cristo pela Igreja é o modelo do amor conjugal, é este o grande mistério que o Apóstolo anuncia: Ele entregou-se à morte por ela, a fim de a santificar. A exortação dirigida ao marido, para que ame a mulher, é valorizada pelo exemplo do corpo: a mulher é parte do corpo do marido, uma vez que o matrimónio fez deles uma só carne como a Igreja é parte do único corpo de Cristo. Para além de ser acontecimento humano, tem uma significação divina, é um sacramento. Cada dia há sempre oportunidades de os esposos se amarem mais e se entregarem mais na ajuda mútua, no carinho, na amabilidade.
Duas breves parábolas, a do grão de mostarda e a do fermento, sublinham a força interna, a sua grande expansão e o poder de transformação que animam o reino de Deus. Esta vitalidade íntima do reino nunca diminuirá, mesmo que a experiência nem sempre seja igual à que S. Lucas possuía. O reino de Deus só será realidade perfeita no fim dos tempos, que hão-de dar o verdadeiro sentido a toda a história; mas ele já está no meio de nós, embora em humildade cheio de vida, como o grão de semente em comparação com a árvore que ele há-de vir a ser um dia. Como um pouco de fermento escondido na massa inerte de farinha provoca o seu crescimento, assim o reino de Deus, pela evangelização animada pelo poder do Espírito Santo, transforma todo o mundo.
Todos somos enviados por Deus para a construção do seu Reino, para sermos o fermento que faz crescer o amor de Deus no ambiente que nos rodeia. Esta força do fermento provém da união com Cristo.
Todos somos enviados por Deus para a construção do seu Reino, para sermos o fermento que faz crescer o amor de Deus no ambiente que nos rodeia. Esta força do fermento provém da união com Cristo.