Thursday, March 22

Quinta-feira da Semana IV da Quaresma


Apesar das obras que Deus realiza a favor do seu povo, tanto na saída do Egipto como depois na travessia do deserto, este mesmo povo, de dura cerviz, provoca o Senhor com os seus pecados, como hoje se lê na adoração do bezerro de ouro à imitação do que tinha visto fazer aos egípcios, que adoravam o boi Ápis. O povo caiu na idolatria, adorando o bezerro de ouro, obra das suas mãos, como se fosse o Deus que o tirara Egipto. Deus, acende-se em ira e informa Moisés do sucedido: a aliança fora quebrada. Deus quer repudiar Israel, apanhado em flagrante adultério e começar uma nova história cheia de esperanças com Moisés, que permanecera fiel. Mas Moisés, que recebera a missão de guiar Israel à terra prometida, não abandona o seu povo, não cede à tentação de pensar apenas em si mesmo e intercede pelo povo pecador. Procura acalmar a justa ira de Deus, fazendo uma certa chantagem e recordando-Lhe as promessas feitas aos antigos patriarcas.

Diante das obras de Jesus, só o orgulho e a má fé podem fechar o coração. Tudo e todos dão testemunho a seu favor: João Baptista, as Escrituras, Moisés... Só um povo de cabeça dura poderá não se abrir a Deus que Se revela na palavra e nas obras de Jesus. O Filho de Deus veio ao mundo como revelação do Pai; a sua missão é revelar o Pai aos homens e levar os homens ao Pai. Em Cristo, Deus deixou de ser distante para os homens, e que graça maior devia haver do que ter Deus junto de si e ser levado a Deus pelo próprio Filho de Deus feito homem! A Quaresma é tempo particularmente oportuno para nos encontrarmos em Cristo e por Ele sermos levados ao Pai!
Jesus apresenta-nos quatro testemunhos que deveriam levar os seus ouvintes a reconhecê-lo como Messias, enviado pelo Pai, como Filho de Deus: as palavras de João Baptista, homem enviado por Deus; as obras que ele mesmo realizou por mandado de Deus; a voz do Pai; e, finalmente, as Escrituras. Estes testemunhos têm duas características que os unem: remetem para o agir salvífico de Deus e não dizem nada de realmente novo.

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