Friday, March 2

Sexta-feira da Semana I da Quaresma


A conversão não é coisa fácil mas é o único caminho certo. Cada um de nós bem sente que é assim. Deus quer esta conversão e espera por ela, nunca Se satura de nós; espera sempre, porque a sua vontade é que o homem se converta e viva. Os exilados estavam convencidos de que sofriam pelos pecados dos pais. Ezequiel diz-lhes que é cada um que decide o seu destino, com o seu modo de agir, e acrescenta que, também o destino pessoal, não é imutável. Deus é Deus de vida e não encontra felicidade na morte do pecador, espera e suscita a conversão de cada um, para que viva. A vida nova é uma possibilidade ao alcance do pecador, que pode converter-se, mas também o justo deve continuar atento e perseverante no cumprimento da vontade de Deus.

A Quaresma é um tempo de conversão, tempo de arrependimento, que nos conduzirá de novo à vida e à reconciliação com Deus, através da reconciliação com o nosso irmão, é um tempo de preparar o coração para a passagem pascal, a passagem da morte à vida com Cristo.
A nossa conversão interior está igualmente ligada ao esforço por introduzir nas instituições e condições de vida as correcções convenientes, quando induzem ao pecado, para que estejam conformes com as normas de justiça e favorecerem o bem em vez de se lhe oporem.

Se a conversão a Deus é o fim de todo o caminho quaresmal, este caminho começa pela reconciliação com os irmãos, que são sempre a imagem de Deus mais próximo de nós, como Deus assim os apresenta; não se pode passar ao lado dos irmãos para chegar a Deus, pois que Deus para vir até nós Se fez nosso irmão. Jesus exige aos seus discípulos, para entrarem no reino dos céus, uma justiça superabundante, pede ainda mais porque dá aquilo que pede. É preciso partir do coração, donde brotam as motivações profundas do nosso agir. É necessária uma purificação exterior que exige um coração pacificado e construtor de paz.

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