Tuesday, June 5

Terça-feira da Semana IX do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos


A história do homem sobre a terra, vista à luz da síntese que a palavra de Deus dela nos faz, é como uma grande vigília a caminho do grande Dia, o Dia do Senhor, na glória de Deus. Serão então os novos céus e a nova terra, onde já entrámos pela fé e pela esperança e pelos sacramentos da fé, e onde já vivemos pela caridade. Enquanto não chega o Dia, é esta vida tempo de vigilância, porque estamos em vigília, mas que há-de ser vivida na paz. Mas, a manifestação do Senhor não se deve aguardar passivamente. Uma vida na piedade e na santidade pode apressar o dia do Senhor, pois torna já presente na história a justiça do esperado dia do Senhor. Há que viver imaculados e irrepreensíveis e em paz. Mais importante do que procurar saber quando será o dia do Senhor, é viver na justiça e na santidade, a magnanimidade do Senhor, que organiza os tempos e a história na amorosa perspectiva da salvação.


A ocupação romana obrigava os judeus a pagar um tributo a César. Os saduceus e herodianos eram partidários do imposto; os fariseus consideravam-no ilícito; os zelotes opunham-se, mesmo pelas armas. Alguns fariseus e partidários de Herodes, que se consideravam nacionalistas, mas colaboravam com os romanos, fingindo sinceridade, fazem a Jesus uma pergunta armadilhada. Queriam embaraçá-lo, tornando-O malvisto pelas autoridades romanas ou pela multidão. Jesus evita a armadilha, e aproveita a ocasião para oferecer um importante critério para a vida cristã: Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Deus e César não se opõem, nem se colocam ao mesmo nível. O primado de Deus não retira ao Estado os seus direitos. O cristão deve obedecer a Deus, mas também aos homens. Em qualquer caso, obedece por causa de Deus e não por causa dos homens, porque toda a autoridade humana tem as suas raízes no Eterno. Este princípio está na origem da liberdade de consciência, afasta da idolatria do poder, leva a acolher a soberania da Igreja, mas também a do Estado.


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