Tuesday, January 29

Terça-feira da Semana III do Tempo Comum


Continuando a comparação, entre o sacrifício de Cristo e os sacrifícios do Antigo Testamento, a leitura mostra como o que dá sentido e valor à oblação de Jesus e faz dessa oblação um sacrifício novo, e de uma ordem absolutamente superior, é a atitude profunda do coração do Senhor, o amor que Ele tem ao Pai e que se manifesta na obediência à vontade d’Ele. Assim, o autor põe na boca de Jesus, desde a sua entrada neste mundo, o versículo do salmo que testemunha essa sua disposição de vir fazer a vontade do Pai.
Jesus veio ao mundo para percorrer o caminho de regresso ao Pai, abrindo também aos homens esse caminho, que é o único que leva à salvação. Sendo Filho de Deus, abaixou-Se à condição humana e fez-se obediente até à morte de cruz. Fomos santificados graças à sua entrega sacrificial obediente.

Nem a família de Jesus parece ter, a princípio, compreendido, em toda a profundidade, a sua pessoa e a sua missão. Mas Jesus, sem negar em nada os laços do sangue, proclama a profundidade ainda maior do parentesco espiritual, fruto da comunhão com a vontade de Deus. Por esta comunhão espiritual todos são chamados a entrar na família do Senhor.
Não podemos ver neste texto qualquer atitude de menosprezo pela Mãe, nem pelos afectos humanos. Todos quantos rodeiam Jesus, ainda que simples curiosos, discípulos hesitantes ou apóstolos tardos em compreender, ou mesmo traidores, são mãe e irmãos. Ser irmão de Jesus, não é questão de sangue, de mérito, mas de graça: Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe, por que se torna filho de Deus.

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