Wednesday, January 9

Quarta-feira depois da Epifania


Deus é amor e ama-nos. É no amor que nós O conhecemos e o amor d’Ele há-de manifestar-se no amor que temos uns aos outros e mostramos que O conhecemos e os outros O poderão reconhecer em nós. Este amor está unido à fé pela qual reconhecemos que Jesus é o Filho de Deus, enviado para nos unir ao Pai, aquele amor que expulsa tudo o que é temor. Isso tem consequências na vida cristã. Para possuir a Deus, o amor recíproco é o caminho mais excelente. Este amor é o meio mais eficaz para que o amor de Deus permaneça nos crentes como presença experimental e seja perfeito à imitação do amor vivido por Cristo. A posse do Espírito é dom que nos guia no nosso caminho interior de vida espiritual. A fé em Jesus Salvador do mundo: Quem confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. Só quem acredita no Filho de Deus feito homem, conhece e ama a Deus.

Jesus multiplica os sinais para que os discípulos O reconheçam como o Filho de Deus, mas o espírito deles estava embotado e a multiplicação dos pães não tinha bastado para que O reconhecessem. Depois da multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus ordenou aos discípulos que passassem à outra margem, enquanto Ele ia rezar. Era frequente em Jesus esta oração a sós com o Pai, na solidão e no silêncio, mas que não deixava de ser solidária com os discípulos. Estes encontravam-se em dificuldades na travessia do mar da vida: surpreendera-os a noite e o vento contrário. Então Jesus vai ao encontro deles caminhando sobre o mar. E diante da perturbação deles, ao ouvir o grito que lançaram, acalma o vento e diz-lhes: Tranquilizai-vos, sou Eu: não temais!
O espanto dos discípulos, unido à falta de fé em Jesus, invadiu-lhes o coração, porque não tinham compreendido o sinal dos pães e a própria identidade do seu Mestre, como Messias e Filho de Deus. As perspectivas de Jesus e dos discípulos são diferentes: eles têm o coração endurecido. Para reconhecer o rosto do Mestre, a comunidade precisa de acolhê-lo na sua barca e confiar nele, invocando-o na oração, pois não faltarão momentos de provação, de tempestade.

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