Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos
Aquilo que há-de determinar a nossa maneira de viver neste mundo é a consciência de que somos filhos adoptivos de Deus, à imitação e na continuidade de Jesus, o Filho de Deus por natureza, e a esperança de estarmos a caminhar para o dia da completa manifestação desta realidade, que, por enquanto, anda oculta a nossos olhos, mas já presente no coração. Jesus é modelo para todo o cristão, é o justo, Aquele que não tem pecado, o obediente por excelência ao Pai. O cristão, que vive na justiça, também é filho de Deus e não comete pecado, é um homem novo, chamado a uma vida nova, é filho de Deus, nasceu de Deus e é chamado a identificar-se cada vez mais com o Pai, a imitar Cristo e a viver em comunhão com Ele. A Primeira Carta de João diz-nos também que, tendo sido libertados do pecado, havemos de viver na pureza a realizar a justiça. Tendo sido purificados gratuitamente, havemos de viver como puros. A exigência é precedida pelo dom e porque Deus nos amou e nos transformou, não podemos pactuar com o pecado.
João Baptista apresenta Jesus aos homens, indicando-O como o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Deste modo, Jesus é manifestado desde já como o Salvador, que vem para dar a vida por nós e assim nos levar consigo para o Pai. João Baptista reconhece a identidade de Jesus, vê Jesus. Jesus é o Cordeiro-Servo obediente ao Pai. É Ele que, pela sua Paixão, Morte e Ressurreição tira o pecado do mundo e lhe dá a vida. O próprio Baptista vê o Espírito descer sobre o Messias. O Espírito que desce em forma de pomba anuncia o novo Israel de Deus, que começa com Jesus e é o fruto maduro da vinda do Espírito. O Espírito desce sobre Jesus, permanecendo n'Ele e transformando-O no novo templo, fonte perene do Espírito no meio dos homens. É na teofania do baptismo que João reconhece o Messias, podendo agora dar testemunho de Jesus como Filho de Deus, aquele que baptiza no Espírito e nos enche desse dom de salvação.
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