Wednesday, January 16

Quarta-feira da Semana I do Tempo Comum


Fazendo-Se homem, Jesus torna-Se participante da natureza e da condição humana, em tudo, menos no pecado. Sofre a morte, como todos os homens, mas sofre-a oferecendo a vida como acto de amor ao Pai e liberta assim os seus irmãos do pecado e da morte eterna. Ele é o sacerdote, o medianeiro, fiel para com Deus, misericordioso para com os homens.
Jesus assumiu plenamente a realidade humana, marcada pela fragilidade e pela morte, por causa do pecado. Embora não tenha conhecido pecado, Jesus tomou sobre si as consequências dele. O Filho tornou-se participante da nossa condição, para que pudéssemos participar da sua. Ele é o verdadeiro sumo sacerdote, misericordioso para com os homens e fiel nas coisas que se referem a Deus, porque foi enviado pelo Pai para nossa salvação.

O Evangelho relata um dia da vida de Jesus: vem da assembleia de oração para casa dum discípulo; cura a sogra de Pedro; recebe e cura os doentes que lhe são apresentados ao entardecer; dorme durante a noite; de manhãzinha procura a solidão para falar ao Pai na maior intimidade; parte para novas terras a anunciar o Reino. Jesus vai manifestando assim quem é por meio das obras que realiza. Ele é Senhor da morte e da vida, da doença e da saúde. Ele domina os espíritos do mal e tem a palavra da verdade. Mas procura evitar que o povo simples e sempre sensível ao espectacular faça uma ideia errada do Messias e da sua missão; por isso, pede sempre muita discrição em volta dos seus milagres. Jesus não se deixa levar pelo entusiasmo do povo, mas refugia-se no deserto para se encontrar a sós com o Pai e orar, beber no rio da graça do Pai, para a poder derramar sobre todos. A sua oração, solitária e prolongada, é o segredo que anima o seu ministério, porque O mantém em relação com o Pai e na fidelidade ao seu projecto. Continua a sua peregrinação no meio de nós, alargando os confins do Reino e vencendo as forças do mal.

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