Wednesday, May 9

Quarta-feira da Semana V da Páscoa


Grande dificuldade, na Igreja primitiva, foi a passagem do Antigo ao Novo Testamento, do judaísmo para o cristianismo. A novidade do cristianismo não era facilmente aceite pelos judeus tradicionalistas. Era a consequência de se confundir o espírito com a letra. A lei de Moisés era o guia para Cristo, e não a palavra definitiva. Se o cristianismo queria ser universal, não podia impor práticas específicas de um determinado povo. A comunidade irá perceber que é Cristo a salvação e não a Lei e por isso mesmo a circuncisão não é uma condição para aderir ao Evangelho. Estas e outras questões exigiam a reflexão aprofundada da Igreja. Há um debate e um confronto entre duas comunidades de proveniência religiosa e de orientação teológica diferentes. Por isso, os Apóstolos e os Anciãos reuniram-se para examinarem a questão, reúne-se em Jerusalém um concílio (o 1º da Igreja). É importante conhecermos os ensinamentos do Senhor e dos seus sucessores.

A comparação entre o povo de Deus e a vinha é tradicional na Sagrada Escritura. Mas aqui é o próprio Jesus que Se apresenta como a videira e aos seus discípulos como as varas da mesma e sublinha a identidade de vida que procedendo de Jesus, vivifica os membros da sua Igreja, é uma comunhão de vida que d’Ele nos vem. Jesus é a videira verdadeira, que produz frutos e corresponde aos cuidados do Pai.
A alegoria da videira fala da nossa união a Cristo, que é o princípio e o centro da nossa vida, o nosso caminho de santidade: a vara não pode dar fruto por si mesma, se não permanece na cepa... É isto que deve ser a vida do discípulo na sua relação com Deus: tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. Permanecer em Cristo é perseverar, é unir-se a Ele, é ser-lhe fiel e guardar o Seu mandamento novo do amor, é permanecer na Igreja. É principalmente na Eucaristia que nos pomos em comunhão com Ele. A separação de Jesus é como o ramo seco que é queimado, a sua fé morre, pois a fé é relação, é estar unido a Cristo, é comunhão com Jesus.

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