Wednesday, May 23

Quarta-feira da Semana VII da Páscoa


Dirigindo-se aos presbíteros, Paulo pede-lhes zelo, humildade renúncia ao próprio egoísmo. Paulo insiste no dever da vigilância pois perspectivam-se tempos difíceis, com perigos internos e externos à comunidade, sobretudo o despontar de falsas doutrinas. Mesmo com sofrimento, o pastor deve vigiar sobre si e sobre os que lhe estão confiados para os defender dos inimigos. Confia os pastores da Igreja a Deus e à palavra da sua graça que tem o poder de construir o edifício, lembra-lhes as suas responsabilidades e fala-lhes dos perigos que os espreitam. S. Paulo pede aos anciãos de Éfeso: Tomai cuidado convosco e com todo o rebanho. Pressentia que o seu rebanho iria ser atacado por lobos violentos, para arrastarem os discípulos. Todos precisamos viver bem a comunhão dos santos, pedindo pela firmeza na fé dos nossos irmãos.

Jesus pede ao Pai que proteja os que acreditaram ou hão-de vir a acreditar n´Ele: guarda-os em ti, para serem um só, como Nós somos. Os discípulos devem permanecer no mundo, sem se deixar contaminar por ele. Jesus pede a graça da unidade para os seus discípulos. Ele é Um com o Pai e veio ao mundo para revelar aos homens o Pai, para que os homens comunguem na própria vida do Pai, junto de quem Ele é Medianeiro. A unidade é a comunhão de vida que existe entre o Pai e o Filho e que pelo Filho vem até aos homens. Os que chegarem ao conhecimento do Pai pela palavra do Filho entrarão na unidade com Deus, se se deixarem consagrar por essa palavra de verdade que o Filho lhes revela.

As palavras de Paulo, como as de Jesus, são discursos de adeus. Paulo vê aproximar-se a hora do martírio, Jesus vê aproximar-se a hora de voltar para junto do Pai. Enquanto o discurso de Paulo é dramático, o de Jesus é sereno e cheio de paz. Paulo está preocupado com aqueles a quem confia as comunidades que fundou; Jesus com os seus Apóstolos. Tanto Jesus como Paulo querem preservar os discípulos dos perigos e lançá-los como continuadores da missão do Evangelho.

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