Monday, May 28

Segunda-feira da Semana VIII do Tempo Comum


Começa hoje a ler-se esta Carta apostólica, dirigida primariamente às Igrejas da Ásia Menor, mas também a toda a Igreja de todos os tempos. Depois da direcção e saudações iniciais, onde há já referência a dados fundamentais do mistério cristão, como a misericórdia de Deus onde tem origem todo o plano da salvação dos homens, e a Ressurreição de Jesus Cristo, seu ponto culminante, o Apóstolo apresenta o objectivo último, que anima a esperança dos cristãos até alcançarem o fim da sua fé; está aí a sua herança eterna.
A fé introduz-nos no domínio de Deus omnipotente, que protege e apoia na batalha os que estão encaminhados para a salvação, para a manifestação do Senhor da glória. Amar e acreditar sem ver é um caminho que leva à purificação da fé e do amor, a nível pessoal e comunitário.

A fé que nos leva a seguir Jesus pode ser mais ou menos profunda, e daí, para nós, mais ou menos exigente. Cada um há-de escutar a palavra de Jesus com a exigência que o Senhor lhe inspirar; mas, em qualquer caso, os interesses desregrados desta vida, especialmente o amor às riquezas, podem ser grande entrave para entrar na vida eterna.
Jesus verifica que se trata de um homem sincero, sente afeição por ele e fala-lhe; e este fica de semblante anuviado e retirou-se pesaroso porque tinha muitos bens. Jesus aproveita a ocasião para sublinhar que as riquezas são um grave obstáculo para entrar no reino de Deus, porque impedem de centrar o coração e os afectos em Deus, de tender para Ele.
A fé tem muito mais valor que o oiro. Foi esta luz da fé que faltou ao homem rico, quando o Senhor lhe pediu para deixar tudo e segui-lo. O homem rico, embora estivesse a viver bem os mandamentos da lei de Deus, desde a sua juventude, não foi capaz de viver a conversão em relação aos bens materiais e partiu triste. Todos precisamos ter presente esta avaliação das coisas, pessoas e acontecimentos, feita pelo próprio Senhor. O tempo dedicado a Deus, por exemplo, não é nunca uma perda de tempo.

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