Sunday, July 31

Domingo XVIII do Tempo Comum


A liturgia do 18º Domingo do Tempo Comum apresenta-nos o convite que Deus nos faz para nos sentarmos à mesa que Ele próprio preparou, e onde nos oferece gratuitamente o alimento que sacia a nossa fome de vida, de felicidade, de eternidade.
Na primeira leitura, Deus convida o seu Povo a deixar a terra da escravidão e a dirigir-se ao encontro da terra da liberdade – a Jerusalém nova da justiça, do amor e da paz. Aí, Deus saciará definitivamente a fome do seu Povo e oferecer-lhe-á gratuitamente a vida em abundância, a felicidade sem fim.
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o novo Moisés, cuja missão é realizar a libertação do seu Povo. No contexto de uma refeição, Jesus mostra aos seus discípulos que é preciso acolher o pão que Deus oferece e reparti-lo com todos os homens. É dessa forma que os membros da comunidade do Reino fugirão da escravidão do egoísmo e alcançarão a liberdade do amor.
A segunda leitura é um hino ao amor de Deus pelos homens. É esse amor – do qual nenhum poder hostil nos pode afastar – que explica porque é que Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, a fim de nos convidar para o banquete da vida eterna.

Friday, July 29

Cassete 80: A-Ha – Take on me


A-ha é uma banda pop Norueguesa formada em 1977. Um dos seus maiores sucessos de sempre é a música "Take On Me" do álbum Hunting High and Low lançado em 1985. Foi a primeira canção que Morten Harket ouviu Magne Furuholmen e Paul Waaktaar-Savoy tocarem e nessa época ainda chamava-se "Lesson One". Após várias regravações e dois lançamentos fracassados, Take on Me tornou-se um hit mundial em 1985. O primeiro lançamento da canção em 1984 vendeu somente 400 cópias, mas após ter sido retrabalhada com o produtor Alan Tarney um ano depois, a canção vendeu 1,5 milhões de cópias no mundo todo em apenas um mês. Eventualmente estima-se que o single "Take on Me" vendeu entre 6 e 7 milhões de cópias no mundo; chegou a ser número um na Billboard Hot 100 dos Estados Unidos e segunda colocada na parada musical da Grã-Bretanha. As vendas da canção nos Estados Unidos foram ajudadas pelo videoclipe exibido na MTV que imitou as cenas climáticas do filme, Altered States, de Ken Russell. Foi utilizada no vídeo uma combinação de esboço de animação conhecida como rotoscopia (na qual o vídeo é primeiramente filmado e depois, cada quadro é desenhado a mão para dar o efeito de desenho animado). Em 1986, o videoclipe venceu em seis categorias no MTV Video Music Awards. Também em 1986, foi indicado para o American Music Awards como Melhor Vídeo do Ano.



 

Pensamento do dia: 29-07-2011

Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento e não deixem nada por dizer, nada por fazer.
António Feio, testemunho de vida deixado pelo actor falecido a 29/07/2010

Festa de Santa Marta

Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele. Nisto consiste o amor: foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados. Se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e em nós o seu amor é perfeito.
 
Santa Marta era irmã de Maria e de Lázaro, residia em Betânia nas proximidades de Jerusalém. Jesus era seu amigo e de seus irmãos e frequentava a sua casa. Quando recebia o Senhor em sua casa de Betânia, servia-O com grande diligência e com suas orações obteve a ressurreição de seu irmão. Primogénita e dona de casa, Marta representa a vida activa e a irmã Maria simboliza a contemplativa. Em várias lendas, Marta, juntamente com Maria e Lázaro, aparecem como missionários no sul da França.
Os irmãos de Betânia mantinham uma grande amizade com o Senhor, que ali procurava descansar e se sentia bem acompanhado. Marta oferecia-lhe a hospitalidade e pediu-lhe pela ressurreição do irmão Lázaro e conseguiu-o. Foi o episódio mais marcante dessa amizade: sabedor da morte do amigo, Jesus comove-se e chora, demonstrando a afeição e a dor que sentia. Inteiramente homem, sofre pela perda; inteiramente Deus, ressuscita o amigo para manifestar, assim, a glória do Pai.

Imitemos a hospitalidade de Marta, acolhendo bem o Senhor e as pessoas amigas; imitemos a sua oração, pedindo a resolução dos problemas de amigos e conhecidos. O Senhor há-de escutar-nos, porque foi Ele que nos amou e enviou o seu Filho pelos nossos pecados.

Leituras da Festa de Santa Marta

Leitura da Primeira Epístola de São João (1 Jo 4, 7-16) 
Caríssimos: Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus; e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele que nos amou, e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados. Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e em nós o seu amor é perfeito. Nisto conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós: porque nos deu o seu Espírito. E nós vimos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Se alguém confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. Nós conhecemos o amor que Deus nos tem e acreditámos no seu amor. Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele. 

Salmo 33 (34)
Refrão: Em todo o tempo e lugar bendirei o Senhor.
 
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.

 
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 10, 38-42)
Naquele tempo, Jesus entrou em certa povoação e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me». O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas, quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».

Thursday, July 28

Furado

É um vocábulo utilizado na Madeira e que significa "túnel".

Pensamento do dia: 28-07-2011

A fé remove montanhas...e não quer remover um montinho de orgulho que te separa de mim

Quinta-feira da Semana XVII do Tempo Comum


Moisés, em obediência a Deus, constrói a tenda, a Morada do Senhor e Deus vem estabelecer-se no meio do seu povo escolhido. Depois do Sinai, é a tenda que constitui a comunidade da revelação de Deus com os homens. Ela é o lugar ideal onde cada homem pode entrar em contacto com o Senhor e dialogar com Ele. Deus opta por estabelecer morada no meio do seu povo e comunicar com Moisés, mediador carismático. Uma vez construído o Tabernáculo, o antecedente do futuro Templo em Jerusalém, a nuvem poisou sobre ele, indicando assim a especial presença de Deus naquele lugar. Deus procurou sempre tornar visível a sua presença no meio do povo através de sinais. Quando Deus assumiu figura humana em Jesus Cristo, aquele sinal caducou. A humanidade de Jesus Cristo é o verdadeiro Tabernáculo de Deus no meio dos homens.
A nuvem e a luz são símbolos inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. O povo de Deus não se movia sem que a nuvem se movesse. Ajudaremos a Igreja se formos muito fiéis às inspirações do Espírito Santo.
Uma nova parábola pretende fazer compreender o que é o reino dos Céus. Se o entenderam, os discípulos estão agora capazes de o anunciar aos outros. Esta nova parábola refere-se à presença simultânea de bons e maus no seio da comunidade cristã até ao fim dos tempos. Mas nesta parábola insiste-se particularmente no perigo que ameaça aquilo que não presta. Isso não poderá ser recebido no reino dos Céus, quando chegar a hora de se fazer a recolha da rede. Como na rede se encontram peixes bons e peixes ruins, assim também na Igreja há quem viva e acolha a palavra de Jesus e há quem a recuse ou permaneça indiferente. A separação, de uns e de outros, acontecerá no fim dos tempos, e pertence a Deus fazê-la.
Esta rede lançada ao mar é a imagem da Igreja, em cujo seio há justos e pecadores: é santa no seu Fundador, nos seus meios, mas formada por homens pecadores; temos contribuir para melhorá-la e ajudá-la a uma fidelidade sempre renovada (J. Paulo II).

Wednesday, July 27

Figueira-do-inferno

Nome comum: Figueira-do-inferno; alindres
Nome científico: Euphorbia mellifera
Família: Euphorbiaceae
Distribuição e Habitat: Endémica da Macaronésia, característica da Laurissilva da Madeira, crescendo em lugares húmidos e ravinas abrigadas, principalmente entre os 400 e os 1100 m. Esta espécie pode ser observada em alguns locais da Tabúa, do Paúl do Mar e de Santana. Espécie endémica da Madeira e das Canárias.
Descrição: Arbusto ou pequena árvore que pode atingir os 8 m de altura, de caule cinzento e macio, com inflorescências mais ricas em flores (vermelhas) que em frutos. Apresenta folhas lanceoladas, estreitas, as quais se encontram agrupadas na extremidade dos ramos. As suas flores são pequenas, agrupadas em inflorescências terminais com glândulas involucrais vermelho-purpúreas.
Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Época de floração de De Fevereiro a Julho.
Etnofarmacologia: Usada para envenenar peixes.

Fontes:
http://www.dnoticias.pt
http://www.madeiranature.com
http://www3.uma.pt/biopolis/index.php

Pensamento do dia: 27-07-2011

A consciência reina e não governa.
Valéry

Quarta-feira da Semana XVII do Tempo Comum


A aproximação de Deus transfigura sempre o homem. Assim aconteceu com Moisés, assim acontece com os discípulos de Cristo, que reflectem, como num espelho, a glória do Senhor, e são transformados nesta mesma imagem, como diz S. Paulo. O texto do Êxodo fala-nos da distância e da proximidade de Deus. Foca particularmente o tema da tenda da reunião, o lugar onde Deus vem para se comunicar com Moisés e com o povo. Moisés é o privilegiado da revelação de Deus aos homens. Moisés chama Aarão e os representantes do povo para lhes transmitir as ordens de Deus. Enquanto se encontra entre o seu povo, cobre o rosto com um véu e quando entra na tenda para dialogar com Deus retira o véu. Moisés é o revelador de Deus, através do resplendor do seu rosto e das tábuas da lei que contêm a palavra de Deus. Aproximar-se de Moisés e escutar os seus ensinamentos é fazer experiência do divino e entrar no mistério de Deus.
Jesus compara o reino de Deus a um tesouro escondido no campo e a uma pérola preciosa. O reino é o único necessário; só ele responde ao desejo mais profundo de realização do homem: imagem de Deus, o homem só n’Ele encontra o sentido da sua vida e a sua felicidade. A novidade da descoberta do reino torna tudo o mais de interesse relativo. O reino merece todas as renúncias. As parábolas do tesouro casualmente encontrado no campo, e da pérola desejada e finalmente comprada, acentuam a alegria daquele que compreendeu o valor do reino de Deus. Ambos os protagonistas vendem tudo o que têm para adquirirem o tesouro e a pérola, respectivamente. Mas o ensinamento fundamental não é o da entrega incondicional que o Reino exige, com as respectivas renúncias.
Para entrar no Reino, Jesus exige uma opção radical: para adquirir o Reino é preciso dar tudo. As palavras não bastam, exigem-se actos. Precisamos dedicar toda a vida à edificação do Reino: primeiro, dentro de nós, com a vida sacramental e a oração; e depois à nossa volta, com a entrega aos outros. Para isso, precisamos ir procurar forças junto de Deus. Moisés ia à presença do Senhor, falar com Ele na Tenda do Encontro. Nós podemos fazer o mesmo, recorrendo aos Sacrários das igrejas. 

Tuesday, July 26

Pensamento do dia: 26-07-2011

A fé é a força da vida. Se o homem vive é porque acredita em alguma coisa.

Adivinha 24

Como se chama um traficante armado até os dentes?

Memória Litúrgica de São Joaquim e Santa Ana

Uma tradição do segundo século afirma que os pais de Nossa Senhora, avós de Jesus, chamavam-se Joaquim e Ana. Conforme uma lenda da Idade Média, Joaquim e Ana viviam humilhados porque não tinham filhos. Joaquim dirigiu-se então para o deserto onde passou 40 dias em jejum e oração. Ao terminar os 40 dias, apareceu-lhe um anjo anunciando que teriam um filho: nasceu-lhes uma filha e deram o nome de Maria. A devoção de Santa Ana remonta ao século VI, no Oriente e no Ocidente data de século X. A devoção a São Joaquim é mais recente.

Porque estava determinado que de Ana havia de nascer a Virgem Mãe de Deus, a natureza não ousou preceder o germe da graça; mas para dar o seu fruto, esperou que a graça produzisse o seu. Convinha que nascesse aquela Primogénita de quem havia de nascer o Primogénito de toda a criatura, no qual subsistem todas as coisas. Foi por vosso intermédio que a criatura ofereceu ao Criador o melhor de todos os dons, isto é, a Virgem Mãe, a única que era digna do Criador. Alegrai-vos, Ana estéril, que não tínheis filhos; soltai brados de júbilo e alegria, Vós que não dáveis à luz. Exultai, Joaquim, porque da vossa filha nos nasceu um Menino e nos foi dado um Filho e o seu nome será Anjo do grande conselho, de salvação para todo o mundo, Deus forte. Sois conhecidos pelo fruto do vosso ventre, como disse uma vez o Senhor: Pelos seus frutos os conhecereis. Bem-aventurado o pai e a mãe que Vos geraram! Bem-aventurados os braços que Vos estreitaram em seu regaço e os lábios que Vos beijaram castamente, isto é, unicamente os de vossos pais, para que sempre e em tudo conservásseis a perfeita virgindade! Aclamai o Senhor, terra inteira, exultai de alegria e cantai. Levantai a vossa voz; clamai e não temais.
(dos Sermões de São João Damasceno)

Eles chegaram aos mistérios do reino de Deus, através do que viram e ouviram da sua filha Maria: Felizes os olhos porque vêem, e os ouvidos porque ouvem. Peçamos-lhes que nos ensinem a ver Nossa Senhora como eles a viram, e a ouvi-la como eles a ouviram, para a podermos imitar melhor, porque Ela ouviu a palavra e Deus e a pôs em prática.

Leituras da Memória de São Joaquim e Santa Ana

Leitura do Livro de Ben-Sirá (Sir 44, 1.10-15)Celebremos os louvores dos homens ilustres, dos nossos antepassados através das gerações. Foram homens virtuosos e as suas obras não foram esquecidas. Na sua descendência permanece a excelente herança que deles nasceu. Os seus filhos são fiéis à aliança e, graças a eles, também os filhos dos seus filhos. A sua descendência permanece para sempre e jamais se apagará a sua memória. Os seus corpos repousam em paz e o seu nome vive através das gerações. Os povos proclamam a sua sabedoria e a assembleia canta os seus louvores.


Salmo 131 (132)
Refrão: O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai David.
O Senhor fez um juramento a David
e não voltará atrás:
«Colocarei no teu trono
um descendente da tua família».

O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«É este para sempre o lugar do meu repouso,
aqui habitarei, porque o escolhi».

«Darei a David um poderoso descendente
e farei brilhar uma luz para o meu Ungido.
Cobrirei de confusão os seus inimigos,
mas sobre ele farei resplandecer o diadema».



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 13, 16-17)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Felizes os vossos olhos porque vêem e os vossos ouvidos porque ouvem! Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».

Monday, July 25

Provérbio 32

Não há maior amigo que o Julho com seu trigo.

Pensamento do dia: 25-07-2011

A fatalidade que pesa sobre o outro somos sempre nós: a fatalidade é o rosto que vira para cada um a liberdade de todos os outros.
S. de Beauvoir

Festa de São Tiago

Nasceu em Betsaida; era filho de Zebedeu e irmão do apóstolo João. Esteve presente nos principais milagres do Senhor. Foi morto por Herodes cerca do ano 42. É venerado com culto especial em Compostela, onde se ergue a célebre basílica a ele dedicada, que atrai desde o século IX inumeráveis peregrinos de toda a cristandade. Anos mais tarde, S. Tiago foi o primeiro dos Apóstolos a dar a vida pela Evangelho. O Senhor sabia que poderiam imitar a sua paixão e, no entanto, pergunta-lhes, porque as coisas de muito valor não se conseguem a não ser por um preço muito elevado.Por intermédio de sua mãe, os filhos de Zebedeu fazem a seu Mestre este pedido, na presença dos companheiros: «Ordena que nos sentemos um à Tua direita e o outro à Tua esquerda.» Cristo apressa-Se a tirá-los das suas ilusões, dizendo-lhes que devem estar prontos a sofrer injúrias, perseguições e mesmo a morte: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Que ninguém se espante por ver os apóstolos imersos em tão imperfeitas inclinações. Se queres ver a sua força de alma, observa-os mais tarde, e vê-los-ás superiores a todas as fragilidades humanas. Cristo não lhes esconde as fraquezas, para que tu vejas tudo aquilo em que depois se hão-de tornar, pela força da graça que os há-de transformar.
«Não sabeis o que pedis». Não sabeis quão grande é essa honra, quão prodigiosa é. Ficar sentados à Minha direita? Isso ultrapassa os próprios poderes angélicos. «Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Falais-me de tronos; Eu falo-vos de combates e de sofrimentos. Não é agora que receberei a Minha realeza; não é ainda chegada a hora da glória. Para Mim e para os Meus, o tempo é de violência, de combates e de perigos.
Repara que Ele não lhes pergunta directamente: «Tereis coragem para derramar o vosso sangue?» Para os encorajar, propõe-lhes que partilhem o Seu cálice, que vivam em comunhão conSigo. Mais tarde verás São João, o mesmo que neste momento deseja obter para si o primeiro lugar, ceder sempre a presidência a São Pedro. Quanto a Tiago, o seu apostolado não veio a durar muito tempo. Ardente de fervor, desprezando por completo os interesses meramente humanos, com seu zelo mereceu ser o primeiro mártir de entre os apóstolos.
(São João Crisóstomo)

Leituras da Festa de São Tiago

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios (2 Cor 4, 7-15)
Irmãos:
Nós trazemos em vasos de barro o tesouro do nosso ministério,
para que se reconheça que um poder tão sublime
vem de Deus e não de nós.
Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados;
andamos perplexos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados;
abatidos, mas não aniquilados.
Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo
os sofrimentos da morte de Jesus,
a fim de que se manifeste também no nosso corpo
a vida de Jesus.
Porque, estando ainda vivos,
somos constantemente entregues à morte por causa de Jesus,
para que se manifeste também na nossa carne mortal
a vida de Jesus.
E assim, a morte actua em nós e a vida em vós.
Diz a Escritura: «Acreditei; por isso falei».
Com este mesmo espírito de fé,
também nós acreditamos, e por isso falamos,
sabendo que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus
também nos há-de ressuscitar com Jesus
e nos levará convosco para junto d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa,
para que uma graça mais abundante
multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos
para glória de Deus.



Salmo 125 (126)
Refrão: Os que semeiam com lágrimas recolhem com alegria.

Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.

À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 20, 20-28)
Naquele tempo,
a mãe dos filhos de Zebedeu
aproximou-se de Jesus com os filhos
e prostrou-se para Lhe fazer um pedido.
Jesus perguntou-lhe: «Que queres?».
Ela disse-Lhe:
«Ordena que estes meus dois filhos
se sentem no teu reino
um à tua direita e outro à tua esquerda».
Jesus respondeu:
«Não sabeis o que estais a pedir.
Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?».
Eles disseram: «Podemos».
Então Jesus declarou-lhes:
«Bebereis do meu cálice.
Mas sentar-se à minha direita e à minha esquerda
não pertence a Mim concedê-lo;
é para aqueles a quem meu Pai o designou».
Os outros dez, que tinham escutado,
indignaram-se com os dois irmãos.
Mas Jesus chamou-os e disse-lhes:
«Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas
e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder.
Não deve ser assim entre vós.
Quem entre vós quiser tornar-se grande
seja vosso servo
e quem entre vós quiser ser o primeiro
seja vosso escravo.
Será como o filho do homem,
que não veio para ser servido, mas para servir
e dar a vida pela redenção dos homens».

Saturday, July 23

Domingo XVII do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A liturgia deste domingo convida-nos a reflectir nas nossas prioridades, nos valores sobre os quais fundamentamos a nossa existência. Sugere, especialmente, que o cristão deve construir a sua vida sobre os valores propostos por Jesus.
A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de Salomão, rei de Israel. Ele é o protótipo do homem “sábio”, que consegue perceber e escolher o que é importante e que não se deixa seduzir e alienar por valores efémeros.
No Evangelho, recorrendo à linguagem das parábolas, Jesus recomenda aos seus seguidores que façam do Reino de Deus a sua prioridade fundamental. Todos os outros valores e interesses devem passar para segundo plano, face a esse “tesouro” supremo que é o Reino.
A segunda leitura convida-nos a seguir o caminho e a proposta de Jesus. Esse é o valor mais alto, que deve sobrepor-se a todos os outros valores e propostas.

Pensamento do dia: 23-07-2011

A criança é o pai do homem.
Wordsworth

Friday, July 22

Adeva – Respect



Pensamento do dia: 22-07-2011

A diferença básica entre um homem comum e um guerreiro é que um guerreiro toma tudo como desfio, enquanto um homem comum toma tudo como bênção ou como castigo.

Carlos Catañeda

Santa Maria Madalena

Maria Madalena é uma personagem feminina do Novo Testamento, natural de Magdala e foi uma das mulheres que acompanhou Jesus e que a libertou de sete demônios. Assistiu à crucifixão e à deposição de Cristo e mereceu ser a primeira a ver o Redentor ressuscitado de entre os mortos na madrugada do dia de Páscoa. O seu culto difundiu-se na Igreja a partir do século XII.
Procurava a quem não encontrava, chorava enquanto buscava e, abrasada no fogo do amor, sentia a ardente saudade d’Aquele que pensava ter-lhe sido roubado. Por isso, só ela O viu então, porque só ela ficou a procurá-l’O. Na verdade, a eficácia das boas obras está na perseverança, como afirma também a voz da Verdade: Quem perseverar até ao fim será salvo. Começou a buscar e não encontrou; continuou a procurar e finalmente encontrou. Os desejos foram aumentando com a espera e fizeram que chegasse a encontrar. Porque os desejos santos crescem com a demora; mas os que esfriam com a dilação não são desejos autênticos. Todas as pessoas que chegaram à verdade, conseguiram-no porque lhe dedicaram um amor ardente. Por isso afirmou David: A minha alma tem sede do Deus vivo; quando irei contemplar a face de Deus? Por isso também diz a Igreja no Cântico dos Cânticos: Estou ferida pelo amor. E ainda: A minha alma desfalece. Mulher, porque choras? Quem procuras? É interrogada sobre a causa da sua dor, para que aumente o seu desejo e, ao mencionar ela o nome de quem procurava, mais se inflame no amor que Lhe tem. Disse-lhe Jesus: Maria! Depois de a ter tratado pelo nome comum de «mulher», sem que ela O tenha reconhecido, chamou-a pelo nome próprio. Foi como se lhe dissesse abertamente: «Reconhece Aquele que te conhece a ti. Não é de modo genérico que te conheço, mas pessoalmente». Por isso Maria, ao ser chamada pelo seu nome, reconhece quem lhe falou; e imediatamente lhe chama «Rabbúni», isto é, «Mestre». Era Ele a quem procurava externamente e era Ele quem a ensinava interiormente a procurá-l’O. (Homilias de São Gregório Magno)
Procuremos igualmente ir ao encontro do Senhor durante o nosso dia. Haverá momentos em que será mais difícil, mas Ele está sempre à nossa espera. Imitemos Maria Madalena no amor com que o procurou: A contemplação procura aquele que o meu coração ama, que é Jesus, e n’Ele, o Pai. Ele é procurado, porque desejá-lo é sempre o princípio do amor.

Leituras da Memória Litúrgica de Santa Maria Madalena

Leitura do Cântico dos Cânticos (Cant 3, 1-4a)
Eis o que diz a esposa: «No meu descanso, durante a noite, procurei aquele que o meu coração ama; procurei-o, mas não pude encontrá-lo. Levantar-me-ei e percorrerei a cidade, pelas ruas e pelas praças, procurando aquele que o meu coração ama. Procurei-o, mas não pude encontrá-lo. Encontraram-me as sentinelas que rondavam a cidade e eu perguntei-lhes: ‘Vistes porventura aquele que o meu coração ama?’. E logo que passei por eles, encontrei aquele que o meu coração ama».

Salmo 62 (63)
Refrão: A minha alma tem sede de Vós, Senhor, meu Deus.

Senhor, sois o meu Deus: desde a aurora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro,
como terra árida, sequiosa, sem água.

Quero contemplar-Vos no santuário,
para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais que a vida;
por isso os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores.

Assim Vos bendirei toda a minha vida
e em vosso louvor levantarei as mãos.
Serei saciado com saborosos manjares
e com vozes de júbilo Vos louvarei.

Porque Vos tornastes o meu refúgio,
exulto à sombra das vossas asas.
Unido a Vós estou, Senhor,
a vossa mão me serve de amparo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 20, 1.11-18)
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. E ficou a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde estivera deitado o corpo de Jesus. Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?». Ela respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, sem saber que era Ele. Disse-lhe Jesus: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar». Disse-lhe Jesus: «Maria!». Ela voltou-se e respondeu em hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!». Jesus disse-lhe: «Não Me detenhas, porque ainda não subi para o Pai. Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus». Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o que Ele lhe tinha dito.

Thursday, July 21

Quinta-feira da Semana XVI do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Outro sinal da presença de Deus no meio do seu povo foi a revelação no monte Sinai: a nuvem, a tempestade, a aparição a Moisés e as palavras comunicadas ao povo por meio de Moisés, sinais precursores de uma realidade mais profunda, a aliança que Deus quer estabelecer com os homens em Jesus Cristo. O acontecimento é preparado com abundância de pormenores, que servem para realçar a majestade de Deus, a sua absoluta soberania, o respeito que inspira, a atitude de temor e de reverência que suscita no povo. O Deus do Sinai é ainda um Deus que infunde temor, é um Ser que permanece sempre para além e acima de nós e das nossas concepções. É um Deus que revela a bondade, a graça, o perdão, a paternidade divina manifestada em Jesus.
Uma parábola é como uma paisagem ou uma história que pode ver-se só como paisagem ou escutar-se só como história, ou compreender-lhe o seu sentido profundo. Para a entender é necessário pedir ao Mestre a explicação, penetrar dentro do sentido profundo que ela pretende comunicar, porque ela é sempre uma revelação do mistério da salvação. Que pretendia Jesus, ao servir-se de parábolas que os seus ouvintes não podiam entender? Há quem esteja disponível e há quem resista à palavra de Jesus. Há quem se converta e atinja a bem-aventurança e há quem não se converta, ouvindo sem compreender e vendo sem perceber.
Jesus convida a entrar no seu Reino, por meio de parábolas, um elemento muito característico do seu ensino: Jesus e a presença do Reino neste mundo estão secretamente no coração das parábolas. É preciso entrar no reino, quer dizer, tornar-se discípulo de Cristo, para conhecer os mistérios do seu Reino.

Wednesday, July 20

Taxus baccata (Teixo)



Nome comum: Teixo
Nome científico: Taxus baccata
Espécie indígena da Madeira, Europa, Ásia Ocidental e Norte de África. Trata-se de uma árvore que pode atingir 15 metros de altura, muito rara que, na Madeira, vive em escarpas rochosas do Maciço Montanhoso Central. As suas folhas são lineares, planas, de 1 a 3 centímetros de comprimento. Floresce de Março a Abril.


Fotos retiradas do Blog http://bisbis.blogspot.com
e do DN Madeira http://www.dnoticias.pt/

Pensamento do dia: 20-07-2011

A despolitização favorece a ordem estabelecida.
M. Duverger

Quarta-feira da Semana XVI do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Depois da passagem do Mar Vermelho, começa a travessia do deserto. Ela vai ser um tempo de grande provação, em que estão sempre em contraste a falta de fé e os pecados do povo, e a misericórdia e o poder de Deus. O povo murmura por se julgar condenado a morrer de fome; mas logo Moisés intercede junto de Deus e Ele envia-lhes o pão do céu, o maná, como a nós hoje a Eucaristia, o verdadeiro Pão do Céu. Esquecendo a escravidão do Egipto, apenas se lembram do pão e da carne que lá comiam. A murmuração será um dos pecados diversas vezes repetidos ao longo da peregrinação no deserto. Esse pecado manifesta falta de fé e de confiança, mas também a mesquinhez e a dureza de coração daquele povo esquecido das anteriores intervenções de Deus em seu favor. O povo também não soube agradecer a generosidade de Deus. É o mistério da cegueira humana, da miséria espiritual, que não permite dar-se conta da generosidade de Deus.
A semente, que é a palavra de Deus, tem que continuar a ser lançada à terra e para a acolhermos a palavra no nosso coração façamos uma leitura pessoal da Escritura, meditando-a e levando-a à prática.
Começamos hoje a ler a passagem do Evangelho de S. Mateus consagrada às parábolas, a uma catequese feita a partir da contemplação da natureza e dos trabalhos em que os homens se ocupam. Ouvimos hoje a parábola do semeador, como que a preparar o terreno para a boa colheita da sementeira que o próprio Senhor vai fazer. A vitalidade está na semente, mas é preciso que o terreno onde ela vai ser semeada esteja preparado. Tal como o semeador espalha a semente, sem a preocupação de a poupar, assim Jesus proclama a palavra do Pai a todos, sem distinções nem reservas. Tal como a sorte da semente depende do terreno onde cai, assim a Palavra produz fruto conforme o coração que a recebe. A semente é a palavra de Deus, que é acolhida de muitos modos diferentes. O terreno fértil dá uma colheita extraordinariamente abundante tal como a palavra proclamada por Jesus terá uma fecundidade maravilhosa.

Tuesday, July 19

Pensamento do dia: 19-07-2011

A distância traz a saudade, mas nunca o esquecimento.

Adivinha 23

No que dá a mistura de um papagaio e uma girafa?

Terça-feira da Semana XVI do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A passagem do Mar Vermelho é hoje bastante conhecida porque ela é leitura obrigatória na Vigília Pascal. Nela se concentra todo a epopeia da libertação pascal do povo de Deus no Antigo Testamento e assim se prepara a compreensão do mistério da Páscoa de Jesus, passagem deste mundo para o Pai. A travessia do Mar Vermelho assinala um dos momentos culminantes da história e da teologia de Israel, uma experiência jamais esquecida pelo povo hebreu e tem como função principal realçar a acção de Deus. O acontecimento histórico terá sido bem mais simples, com a ajuda de elementos naturais como o vento mas os Hebreus souberam ver nessas circunstâncias a mão providencial de Deus, que os salvou de morte segura. O cântico de Moisés depois da passagem do Mar Vermelho, que serve de responsorial depois desta leitura, é o cântico da libertação pascal. Os egípcios, ao perseguirem os filhos de Israel, foram dizimados. Pelo contrário, os filhos de Israel receberam muitos benefícios da parte do Senhor, quando Moisés executou aquilo que Deus lhe mandara fazer. Para cumprirmos a vontade de Deus, escutemos a sua palavra e procuremos levá-la à prática.
Jesus constitui com os seus discípulos uma verdadeira família espiritual, que tem por origem o Pai celeste. Mais importantes do que os laços do sangue são os laços do espírito, aqueles que a palavra de Deus faz nascer. Jesus não nega, nem despreza, o amor da sua família; mas ensina que a maior união com Ele está na atenção que soubermos dar à sua palavra. Jesus, ao levantar a questão sobre quem são os seus parentes, declara que essa condição não é fruto da carne e do sangue, mas da escuta e actuação da sua palavra. Os discípulos, que escutam a sua palavra, abrem-se à comunhão com Jesus que é a Palavra. Quem a acolhe, torna-se, n´Ele, filho do Pai. O verdadeiro filho faz a vontade do Pai, tal como a fez Jesus, ao deixar-se enviar ao mundo. A sua Mãe, antes de O conceber no corpo, já O tinha acolhido no seu espírito, pelo acolhimento que dava à palavra de Deus. Todos temos a imensa alegria de podermos pertencer à família de Jesus, na medida em que cumprirmos a vontade divina.

Monday, July 18

Provérbio 31

Deus ajudando, vai em Julho mercando.

Pensamento do dia: 18-07-2011

A beleza de uma mulher começa quando o olhar de um homem deixa de ser um simples olhar e começa a tornar-se num desejo.
Autor desconhecido

Leituras de Segunda-feira da Semana XVI do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Continuamos a ouvir ler os acontecimentos do Êxodo, ou seja, da saída do povo de Deus do Egipto. Encontramos hoje o povo a caminho do Mar Vermelho, prestes a atravessá-lo e a alcançar o deserto, a caminho da Terra Prometida, a sua pátria. Entretanto, o Faraó, o rei do Egipto, persegue-os na última hora, para os impedir que saiam do país da escravidão. Mas Deus, por meio de Moisés, anuncia-lhes a grande libertação. A fidelidade de Deus ao seu povo é maior e mais poderosa do que as tentativas dos homens por se Lhe oporem.
Os ouvintes imediatos de Jesus escutavam-n’O com curiosidade, não com desejo profundo, que nasce num coração sincero; mas é aí que começa a escuta verdadeira da palavra de Deus, que revela os caminhos da sabedoria. Foi assim com os de longe, “os homens de Nínive”, e com a rainha de Sabá, que veio dos confins da terra, enquanto os de perto se ficaram na curiosidade superficial de esperarem um sinal do céu. Mas, os sinais mais claros de que Jesus é o enviado de Deus são sempre os da sua morte e ressurreição, mistério de que Jonas foi sinal, ao permanecer três dias no seio do monstro marinho, conforme o próprio Jesus explica. Os sinais de Deus não são espectáculos, que dão nas vistas; falam à fé e na fé hão-de ser entendidos.

Exposição anagógica da Oração Dominical

Pai.Por natureza e graça, nos comunicastes o ser, os sentidos e os movimentos naturais, bem como a essência da graça, isto é, o seu movimento, que nos faz viver.
Nosso.Porque, com a concessão liberal da vossa bondade, gerais em cada dia muitos filhos segundo o ser espiritual da graça e do amor.
Que estais nos céus. Quer dizer, que habitais admiravelmente naqueles que são chamados a viver no Céu, isto é, que estão firmes no vosso amor, sempre movidos pela assiduidade dos desejos sublimes, como se estivessem ornados de estrelas, o mesmo é dizer, de virtudes.
Santificado seja o vosso nome. Realize-se em mim, sem nada de terreno, o vosso nome, com a purificação de todos os afectos mundanos.
Venha a nós o vosso reino. Reina inteiramente e sempre em mim, não só para que não haja nenhum movimento ou acto contra os vossos preceitos, mas para que todas as minhas acções sejam feitas com a aprovação da vossa providência. São Bernardo, no comentário septuagésimo terceiro ao Cântico dos Cânticos, expõe esta matéria do segundo advento, dizendo: “Oh se acabasse já este mundo e se manifestasse o vosso reino! Isto é o que ardentemente deseja a esposa, ou seja, a Igreja”.
Seja feita a vossa vontade. Nos homens da terra como nos habitantes do Céu, isto é, nos firmes, nos que sempre estão em crescimento, ornados de estrelas, como acima dissemos.
O pão nosso de cada dia. Ó Pai, se não mandardes, lá do alto, o pão do fervor e da consolação espiritual, todos os dias e a todas as horas, depressa desfaleceremos e iremos procurar pão vilíssimo de consolações exteriores. Enviai-nos, Pai benigníssimo, as migalhas daquela mesa opulentíssima, pois se com elas (quer dizer, com os actos de amor unitivo) não for alimentado todos os dias, perderei por certo, o vigor da fortaleza.
Perdoai-nos as nossas dívidas. Perdoai o castigo devido até pelos mais leves pecados. Detesto-os, odeio-os, porque fazem obscurecer o raio da vossa luz e tornam tíbio o fervor do meu amor.
Não nos deixeis cair em tentação. Quanto mais Vos amo, benigníssimo Senhor, mais temo separar-me de Vós, considerando a fragilidade da minha carne e a astúcia das investidas do inimigo. Não permitais, que alguma vez eu ceda às suas carícias ou ciladas, mas livrai-me das muitas inclinações para o mal, bem como das penas do Purgatório, na medida em que podem adiar a vossa dulcíssima visão.


Beato Bartolomeu dos Mártires

Beato Bartolomeu dos Mártires

Bartolomeu nasceu em Lisboa, na paróquia dos Mártires, em Maio de 1514. Recebeu o hábito dominicano a 11 de Novembro de 1528 e professou um ano depois. Tendo concluído os estudos em 1538, leccionou Filosofia e Teologia em diversos conventos da Ordem. Foi nomeado por Pio IV, a 27 de Janeiro de 1559, Arcebispo de Braga, vindo a exercer com incansável diligência e eficácia uma intensa actividade apostólica.
Efectuou, de modo sistemático e muito eficiente, visitas pastorais às paróquias da Arquidiocese, mesmo às mais distantes e inóspitas. Fomentou a Evangelização do povo, para o qual preparou um catecismo ou doutrina cristã e práticas espirituais. Preocupou-se com a santidade e cultura do clero e redigiu muitas e valiosas obras doutrinárias, entre as quais se salientam o notável tratado «Estímulo dos Pastores» e o «Compêndio de Doutrina Espiritual».
Participou no período final do Concílio de Trento (1561-1563), merecendo o elogio do Papa e o aplauso dos seus pares, que o chamaram Luminar do Concílio. Em vista da execução das reformas tridentinas, efectuou um Sínodo Diocesano (1564) e um Concílio Provincial dois anos mais tarde (1566), e promoveu a fundação do Seminário, dito “conciliar” (1572), para conveniente formação dos sacerdotes.
Aceite pelo Papa a sua renúncia do Arcebispado, recolheu em 1582 ao convento de Santa Cruz de Viana , construído por sua iniciativa, onde prosseguiu a vida austera de simples religioso, todo voltado para a oração, caridade e estudo. Aí faleceu em 16 de Julho de 1590.

Saturday, July 16

Domingo XVI do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A liturgia da Palavra deste 16º Domingo do Tempo Comum ajuda-nos a compreender que Deus respeita a liberdade do homem e que, perante a nossa impaciência, Ele manifesta a Sua grandeza e o Seu poder através de uma paciência sem limites. Uma vez que em cada um de nós também existe o bem e o mal, procuremos reflectir sobre a maneira de melhor gerirmos a nossa tolerância perante as nossas fraquezas e as nossas debilidades.

Friday, July 15

Cassete 80: ABC - Poison Arrow

Pensamento do dia: 15-07-2011

A diferença entre as lembranças falsas e as verdadeiras é a mesma das jóias: as falsas sempre parecem ser mais brilhantes, mais reais.
Salvador Dalí

Sexta-feira da Semana XV do Tempo Comum e Memória de São Boaventura

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A leitura do Livro do Êxodo passa agora à celebração da ceia pascal, à libertação do povo de Israel do Egipto. A ceia pascal judaica prefigura a Páscoa de Jesus. Na véspera da sua passagem deste mundo para o Pai, Ele instituiu, a partir daquela ceia pascal judaica, a Ceia da nova Aliança, não com o sangue do cordeiro pascal que Moisés já imolara, mas com o seu próprio Sangue, pois é Ele o verdadeiro Cordeiro pascal. É a festa da libertação, mesmo no seio da opressão. O que Moisés prescreveu para essa noite é o que se cumpre, ainda hoje, no ritual tradicional da ceia pascal hebraica, com que se comemora a libertação dos Hebreus na noite da Páscoa. É também o rito subjacente à última ceia de Jesus com os Apóstolos, antes da sua morte e da nossa missa. No texto do Êxodo, dá-se grande importância ao cordeiro pascal: descrevem-se as suas qualidades, as condições, o rito do sacrifício, a refeição ritual e a eficácia do seu sangue colocado nas padieiras das portas. O sangue do cordeiro é profecia do sangue de Jesus Cristo, Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo que a todos nos salvará.
A lei de Moisés era um guia para Cristo. Jesus, depois, não a destruiu, antes a levou até ao seu pleno cumprimento, porque Ele ultrapassa as figuras que O anunciavam e chega até onde a Lei queria conduzir, que é Ele próprio.
O repouso sabático, inicialmente, era uma lei humanitária, que visava proporcionar descanso a quem trabalhava, aos homens livres e aos escravos, e mesmo aos animais. O sábado era um dia de festa para todos, lembrando a libertação da escravidão do Egipto mas tinha sido transformada na mais sagrada das instituições divinas. Por isso, a afirmação de Jesus o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado soou a verdadeira blasfémia. A expressão de Jesus o Filho do Homem até do sábado é Senhor significa que a autoridade de Jesus é superior à de Moisés, em força da sua relação especial com aquele Deus a quem se pretende honrar com a observância do sábado. Jesus irá repor o homem no centro do verdadeiro culto: prestar culto a Deus não pode ser algo de separado da atenção ao homem, que Deus criou e ama.

Thursday, July 14

Pensamento do dia: 14-07-2011

A esperança não é um sonho, mas uma maneira de traduzir os sonhos em realidade.

Arcas

Costas

Quinta-feira da Semana XV do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Moisés recebe a revelação do Nome divino “Eu sou”, que corresponde ao nome de Iavé ou Javé. Deus define-Se como Aquele que É, o “Existente”, mas que faz aliança com o seu povo. Ele é um Deus pessoal, um Deus com Quem o homem pode dialogar. Deus revela-Se assim como Aquele que, sendo transcendente, estará sempre presente na vida do seu povo. Habituámo-nos a escutar este nome de Deus como se fosse uma definição metafísica, uma definição do ser eterno de Deus, “Aquele que existe” desde sempre por ser Deus. Mas os estudiosos da Bíblia dizem-nos actualmente que o verdadeiro significado do nome é: «Eu sou o Deus que está contigo para te salvar». É um nome que nos revela a presença, a ajuda, o amor de Deus comprometido com a salvação do seu povo. O Deus de Israel é um Deus próximo e salvador.
O Senhor Jesus apresenta-Se a todos os que sofrem, esmagados sob o peso de todos os fardos, como Aquele que pode dar o alívio, a paz e o repouso. Assim, Jesus realiza em Si a figura com que, já no Antigo Testamento, a Sabedoria convidava todos os que a escutavam a virem procurar em si a força e a alegria.
Depois de ter dado graças ao Pai pela revelação recebida, e de ter anunciado o conteúdo dessa revelação, Jesus dirige um convite-chamamento a todos cansados e oprimidos. A lei de Moisés, tal como a aplicavam os escribas era um jugo particularmente duro. Os discípulos de Jesus são convidados a pôr-se ao lado dEle, a carregar o mesmo jugo, a levar o mesmo estilo de vida: o dos mansos e humildes, dos pobres e pequenos, que compreenderam o mandamento novo da obediência a Deus e do serviço aos irmãos. O jugo em si mesmo é pesado. Mas, levá-lo com Jesus, é causa de doçura. O amor exige pesada renúncia aos próprios instintos egoístas. Mas abre os horizontes da verdadeira vida.

Wednesday, July 13

Calendula maderensis


Espécie endémica da Madeira. Trata-se de uma herbácea, perene, rara e que floresce de Dezembro a Junho. Espécie que vive em locais expostos da Ponta de São Lourenço e do litoral Norte da ilha da Madeira e também ocorre nas Desertas. Os seus caules são ramificados e lenhosos na base e as folhas são um pouco carnudas. Designada também por vacoa ou vaqueira.

Foto retirada do site: http://bisbis.blogspot.com

Quarta-feira da Semana XV do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A visão do Horeb está na origem de uma das mais importantes páginas do Êxodo. Tudo começa com um acontecimento inaudito: uma sarça ardia sem ser devorada pelo fogo. Moisés aproxima-se e é surpreendido pela palavra do Senhor, que se declara sensível ao sofrimento do seu povo oprimido no Egipto. O seu grito de aflição chegou aos ouvidos de Deus, que toma a iniciativa de salvar o seu povo. Mas quer salvá-lo com a mediação de homens escolhidos, dispostos a colaborar no seu plano de redenção: agora, vai; Eu te envio ao faraó e faz sair do Egipto o meu povo, os filhos de Israel. Diante da grandeza de um tal plano, Moisés sente-se pequeno e expõe a Deus os seus limites, mas o Senhor garante-lhe: Eu estarei contigo. A transcendência de Deus não é obstáculo à sua solicitude de amor para com os homens, como Moisés o sentiu. Ao mesmo tempo, o encontro com Deus é sempre encontro que transforma a vida e leva à missão, como o foi para Moisés. A acção do homem insere-se na iniciativa divina, de que se torna simples colaborador. Deus quer realizar as suas obras com a colaboração do homem.
Os pequeninos são os discípulos de Jesus, as coisas que só a eles são reveladas são os mistérios do reino de Deus. De facto, o conhecimento destas verdades é fruto da revelação que Deus faz a quem escuta a sua palavra com o coração puro o sincero. O encontro com Deus só é possível se nos colocarmos diante d’Ele em atitude de verdade: verdade que é consciência da nossa profunda pobreza; verdade que é despojarmo-nos de nós mesmos, do nosso orgulho; verdade que é lançarmo-nos nos caminhos da fraternidade e da humanidade, como quem é capaz de se agarrar ao essencial, de viver como se visse o invisível. Jesus louva e dá graças ao Pai por actuar de modo tão diferente da lógica humana que exalta o poder e a força em qualquer âmbito da existência. Jesus verifica que são os pequeninos que beneficiam da revelação do Pai. A revelação da paternidade divina, de que Deus é Pai, sobretudo de Jesus e, por meio d´Ele, dos crentes, é o núcleo fundamental da pregação de Jesus. Na paternidade divina está resumido tudo quanto poderia dizer-se da relação de Deus com os homens. Na filiação divina está resumido o que poderia dizer-se da relação dos homens com Deus.

Tuesday, July 12

Adivinha 22

Por que o elefante colocou sua mulher na geladeira?

Terça-feira da Semana XV do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A Bíblia apresenta com frequência a intervenção divina na infância das personagens que hão-de vir a desempenhar papéis da maior importância na história do povo de Deus, como por exemplo em Moisés. Como mandara o faraó, todos os recém-nascidos eram afogados no rio Nilo. Mas Deus, que é Aquele que verdadeiramente dirige a história, está atento à sorte de um desses meninos, Moisés, que, de modo inesperado e surpreendente é salvo das águas. Este menino, salvo da morte, será o salvador do seu povo. Moisés é abandonado num cesto de papiro, no lugar onde a filha do faraó costuma ir banhar-se. Ao ver o menino, enternece-se e decide adoptá-lo como filho. Entretanto, a irmã de Moisés, Maria, convence a filha do faraó a procurar uma mãe de leite entre as mulheres israelitas. Acaba por ser a verdadeira mãe a alimentar o pequeno Moisés. Depois do desmame, a princesa do Egipto a criança para a corte, fazendo dela um filho e dando-lhe o nome de Moisés. Mais tarde, Moisés dá-se conta da sorte dos seus irmãos Hebreus e toma a sua defesa.
Quanto maior foi o conhecimento que se teve da palavra de Deus, maior será a responsabilidade diante do mesmo Deus e maior a responsabilidade das terras onde chegou a mensagem do Evangelho do que a daquelas onde ela nunca chegou. O aviso do Senhor tinha especial razão de ser para os seus contemporâneos que não prestavam a devida atenção à palavra que ouviam directamente da sua boca. Os milagres de Jesus revelam a sua identidade: eram prova da acção do Espírito, da vitória sobre Satanás, da misericórdia de Deus, que sempre convida o extraviado a regressar à casa paterna, procuravam levar ao acolhimento de Jesus e da sua mensagem, na fé. Mas as cidades da Galileia não corresponderam ao dom recebido. Tal correspondência pressupõe uma disponibilidade que vem da consciência da necessidade de ser salvo, de ser libertado do mal. Por isso, as cidades pecadoras, tal como Tiro, Sídon e Sodoma, são potencialmente mais dispostas ao evangelho e à conversão.

Monday, July 11

Provérbio 30

Julho fresco, Inverno chuvoso, estio perigoso.

Leituras da Festa de São Bento, Abade e Padroeiro da Europa

Leitura do Livro dos Provérbios (Prov 2, 1-9)
Meu filho, se aceitares as minhas palavras
e guardares os meus preceitos,
dando ouvidos à sabedoria
e inclinando o coração para a verdade;
se invocares a inteligência e chamares a prudência;
se a procurares como a prata e a buscares como um tesouro,
então compreenderás o temor do Senhor
e alcançarás o conhecimento de Deus.
Porque é o Senhor que dá a sabedoria,
da sua boca procedem o saber e a prudência.
Ele reserva aos homens rectos a sua protecção,
é um escudo para os que vivem honestamente.
Ele protege os caminhos da justiça,
guarda os passos dos seus fiéis.
Então compreenderás a justiça e o direito,
a rectidão e todos os caminhos da felicidade.


Salmo 33 (34)
Refrão: Em todo o tempo e lugar bendirei o Senhor.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 19, 27-29)
Naquele tempo,
disse Pedro a Jesus:
«Nós deixámos tudo para Te seguir.
Que recompensa teremos?».
Jesus respondeu:
«Em verdade vos digo:
No mundo renovado,
quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória,
também vós que Me seguistes
vos sentareis em doze tronos
para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas,
irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras,
por causa do meu nome,
receberá cem vezes mais
e terá como herança a vida eterna».

Festa de São Bento, Abade e Padroeiro da Europa

São Bento nasceu em Núrsia (Úmbria) cerca do ano 480; estudou em Roma; começou a praticar vida eremítica em Subiaco, onde reuniu um grupo de discípulos, e passou mais tarde para Montecassino. Aí fundou um célebre mosteiro e escreveu a regra, cuja difusão lhe valeu o título de patriarca do monaquismo ocidental.
"Orar e trabalhar, contemplar e agir" é a síntese da Regra Beneditina. A vida religiosa não é privilégio exclusivo de seres excepcionais e bem dotados espiritualmente. É possível a todos os que queiram buscar a Deus. Moderação é a tónica geral. Nela já não se fala de mortificação e de penitências: um bom monge era aquele que não era soberbo nem violento, "não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não murmurador ..." Não é de estranhar que o emblema monástico tenha passado a ser a cruz e o arado ...
Morreu no dia 21 de Março de 547; mas já desde os fins do séc. VIII, em muitas regiões começou a celebrar-se a sua memória neste dia.
S. Bento contribuiu enormemente para a implantação das raízes cristãs na Europa. Por isso, foi nomeado Padroeiro da Europa pelo Papa Paulo VI.
Continua hoje a ser muito importante que Deus esteja presente na cultura europeia: nas constituições dos países, nas leis nacionais. E também muito presente na vida de cada um de nós. Deus precisa da nossa fidelidade à fé: Ele protege os caminhos da justiça, guarda os passos dos que lhe são fiéis. Para isso, temos que nos empenhar mais: Olha que nós deixámos tudo e te seguimos.

Sunday, July 10

Domingo XV do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A liturgia do 15º Domingo do Tempo Comum convida-nos a tomarmos consciência da importância da Palavra de Deus e da centralidade que ela deve assumir na nossa própria vida transformando-a. Ao reflectirmos sobre a Palavra, devíamos encontrar também uma maneira de tornar mais viva e mais rica em frutos a liturgia da Palavra que celebramos todos os domingos.


A Parábola propõe-nos três perguntas muito incisivas:
1. Que terreno somos nós? Qual a nossa atitude de ouvintes e receptores da Palavra de Deus?
2. Que semeadores somos nós? Cuidamos do nosso terreno, retiramos as pedras e espinhos que atrapalham?
3. Será que vale a pena continuar a semear? O Evangelho de hoje diz-nos que, apesar do aparente fracasso, o sucesso está garantido e o resultado final será algo de surpreendente e de maravilhoso pois a Palavra de Deus não voltará sem produzir o seu fruto.
Devemos então acolher a Palavra de Deus, sem deixar que as dificuldades da vida e outros valores a afoguem e a tornem uma semente estéril, sem vida.

Friday, July 8

Sexta-feira da Semana XIV do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

O reencontro de José com os seus irmãos e a reunificação da família de Jacob é o tema central da longa história do Génesis. O itinerário de Jacob torna-se uma última etapa decisiva na história da salvação de Israel. É uma caminhada que aguarda a sua realização no regresso à terra de Canaã. Essa nova etapa será aberta pelo livro do Êxodo. O Senhor renova as suas promessas a Jacob; estará com o povo no Egipto, e estará com ele também no êxodo futuro. Imenso horizonte se desenha diante dos olhos do velho patriarca, que, depois de voltar a ver o filho que julgara perdido, pode finalmente terminar em paz a sua carreira. A história de José representa a história de todos aqueles crentes que, fiados na Palavra de Deus, se abandonam aos seus desígnios e mostra como aqueles que se fiam de Deus acabam por sair vitoriosos e tornam-se benfeitores para os outros.
Jesus dá algumas instruções aos Apóstolos em ordem à sua actividade missionária, põe-os de sobreaviso em relação às perseguições futuras que virão a sofrer, como Ele as havia de sofrer também. Mas promete-lhes a sua presença junto deles até ao fim, depois de lhes fazer compreender que o testemunho que eles derem é já antecipação do último juízo de Deus. Não foi fácil a missão dos Apóstolos, como ainda hoje o não é a da Igreja. A palavra de Deus desencadeia sempre, ao lado do bom acolhimento de alguns, a indiferença, a irritação e até a perseguição de muitos. A mansidão e a não-violência do missionário não são fraqueza nem masoquismo, mas vivência de duas virtudes aparentemente opostas: a prudência da serpente, como exercício de inteligência vigilante, realista e crítica, que evita o engano; a simplicidade da pomba, como exercício de um procedimento límpido e confiante, próprio de quem sabe estar nas mãos de Deus-Pai, poderoso e bom. Nos tribunais, há que confiar na presença e na acção do Espírito. Quem suportar ser odiado, por causa de Cristo, será salvo.

Thursday, July 7

Amanhar

Endireitar qualquer coisa. Também no sentido de se livrar de apuros - "Ele que se amanhe"

Quinta-feira da Semana XIV do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Numa cena emocionante, José dá-se a conhecer, e mostra a acção providente de Deus em tudo o que acontecera. Longe de se vingar, José perdoa, e por isso nele vêem os cristãos uma figura de Cristo, na sua Paixão e Ressurreição.
Na primeira parte do texto que escutamos, Judá, desconhecendo estar na presença do irmão José, tenta persuadi-lo a ficar com ele e não com Benjamim, por causa da promessa feita ao pai. Na segunda parte narra o modo como José se deu a conhecer aos irmãos. A atitude e as palavras de Judá, assinalam uma verdadeira mudança, uma conversão. Ele, com os irmãos, não teve escrúpulos de vender José aos ismaelitas, mas, agora, não está disposto a deixar Benjamim longe do velho pai. Diante dessa atitude, José acaba por revelar a sua identidade aos irmãos. Ao mesmo tempo revela uma inteligência da história que apela para a providência divina: Não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós próprios, por me terdes vendido para este país; porque foi para podermos conservar a vida que Deus me mandou para aqui à vossa frente. A reconciliação de José com os irmãos apoia-se na confiança que tem em Deus.
Tudo o que Deus colocou na igreja, nos seus ministros, o em cada um de nós, em ordem à salvação dos homens é dom seu. Por vezes, chamamos-lhe poderes; mas, antes de mais, tudo é graça, tudo são dons, por isso mesmo mais eles exigem serem comunicados aos outros. Aqueles que Deus envia são portadores da Salvação de Deus o por isso acolhê-los ou rejeitá-los é acolher ou rejeitar Aquele de quem são mensageiros. Os discípulos devem anunciar a presença do Reino, tal como fizera João Baptista e Jesus. Quem acreditar que o Reino é o Senhor, e viver como Ele, torna-se “sinal” da sua presença e pode realizar curas, ressuscitar mortos, curar leprosos, expulsar demónios. O mais importante é estar conscientes das forças divinas que nos enchem, graças à paixão, morte e ressurreição de Cristo. O conteúdo da pregação dos discípulos está expresso nas afirmações relativas à paz. Anunciar a paz é anunciar a Cristo e tudo o que Ele significa.

Wednesday, July 6

Quarta-feira da Semana XIV do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

A 1ª leitura introduz na história da salvação uma personagem que nela ocupa lugar de grande importância: José, um dos doze filhos de Jacob. Vendido por seus irmãos, depois glorioso governador do Egipto, distribuidor dos bens de seu senhor aos irmãos que deles careciam, coração grande que soube perdoar sem se vingar. Encarna a imagem do sábio, tal como os egípcios a entendiam: um homem que pela sua sabedoria ascende a altos cargos e os desempenha com destreza e é imagem de todo o homem que, na fé, sabe que Deus não abandona os seus eleitos. Tendo obtido o mais elevado sucesso, não aproveita para exercer qualquer vingança sobre os irmãos. O seu modo de agir tem por objectivo levar os irmãos a um profundo exame de consciência sobre o que tinham feito contra ele e a dar-se conta de que a vida não pode gastar-se na violência. José é figura de Jesus, o Salvador de seus irmãos, a quem perdoa e dá o alimento; tornou-se figura d´Aquele que, anunciando a misericórdia do Pai, mostra que o lucro da própria existência consiste em fazer a vontade de Deus e imagem do crente que, em Cristo, verdade do homem, procura e realiza a fraternidade.
No Evangelho, aparece a lista dos doze Apóstolos. Este número corresponde no Novo Testamento aos doze patriarcas das doze tribos de Israel do Antigo Testamento. Jesus, novo Moisés, funda o novo povo de Deus, a Igreja. O povo de Deus na Igreja é o ponto de chegada do povo eleito que vinha já do Antigo Testamento. Os Doze são enviados e levam em si a própria missão de Jesus e são chamados para estarem com o Senhor e ser enviados por Ele aos irmãos. Jesus confere o seu mesmo poder que se manifesta na vitória sobre as forças demoníacas e na cura de doenças como antecipação e sinal da libertação total do mal. Encabeça a lista Simão, chamado Pedro e seguem os outros nomes, dois a dois. A realização desta bênção, de que Israel, se se converter, será portador, é o Reino de Deus, a presença de Deus-Amor que, em Jesus, liberta e salva. A missão realiza-se pela simples presença e pelo testemunho vivo da vida cristã.

Tuesday, July 5

Terça-feira da Semana XIV do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Na estranha personagem com quem entra em luta, Jacob descobre a presença do próprio Deus, e não descansa enquanto d’Ele não obtém a bênção. Este acontecimento misterioso, pretende, em última análise, explicar o significado do nome de Israel, forte contra Deus, e indicar que a bênção que Jacob recebe de Deus se estenderá a todo o povo que levará o seu nome, o povo de Israel. O nome de Israel, que Jacob assume depois do combate nocturno, porque, como diz o Senhor, combateste contra Deus e contra os homens e conseguiste resistir, evoca um passado de lutas e de vitórias sobre forças inimigas. Deus defendeu Jacob de Esaú e de Labão. Jacob-Israel tem consigo a bênção divina, tal como Abraão. Entra no mistério de Deus por meio de uma luta na qual suplica, reza e se entrega nas mãos do antagonista, pois se vê obrigado a revelar o nome, enquanto o adversário esconde a sua identidade. Israel significa «Deus é forte e esse nome, dado a Jacob indica que Deus está com ele.
Para ser capaz de reconhecer a intervenção de Deus é necessário ter-se um coração simples, como o de uma criança. Foi assim já no tempo de Jesus: os simples tinham fé, os entendidos negavam-se até ao que era evidente. Jesus nem por isso desiste de anunciar o reino de Deus; só lamenta que poucos se entreguem ao trabalho que este reino exige. Mas esses serão sempre um dom de Deus; é necessário, pois, pedir que Ele os envie. Sem a luz da Palavra de Deus, os homens transviam-se e perdem-se. Fora anunciado que o Messias faria ouvir os surdos e falar os mudos. Se Jesus realiza tais maravilhas, libertadoras da escravidão e limitações humanas, quebra o poder de Satanás, e só pode ser o Messias. Os fariseus atribuem tais maravilhas ao poder satânico, que, segundo eles, actua por meio de Jesus. O coração de Cristo enche-se de compaixão pela multidão cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. O nosso sofrimento toca-o até ao ponto de o fazer com-padecer-se, com-sofrer connosco, de carregar sobre si as nossas dores, no seu mistério de morte e ressurreição. Jesus convida os discípulos a rezar ao Pai para que suscite pessoas dispostas a segui-Lo na tarefa da evangelização, semelhante ao trabalho da ceifa, pela sua urgência.