Sunday, February 27

Domingo VIII do Tempo Comum

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

Para os discípulos de Jesus, o Reino de Deus deve ser o mais importante, a grande prioridade e preocupação da vida: Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça. As preocupações mais primárias da vida do homem: a comida, a bebida, a roupa, a própria segurança são valores secundários em relação aos valores de Jesus Cristo, não devem se tornar os mais importantes, nem precisaremos de viver obcecados com isso porque o próprio Deus Se encarregará de nos ajudar nessas necessidades materiais: e tudo o mais vos será dado por acréscimo. Quem aceita ser discípulo de Jesus descobre que Deus é um Pai bondoso que cuida dos Seus filhos e que conhece as Suas próprias necessidades: Olhai para as aves do céu, o vosso Pai celeste as sustenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Olhai como crescem os lírios do campo Se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao forno, não fará muito mais por vós? Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Para Deus valemos muito mais do que as plantas e os animais, por isso Ele cuida de nós com predilecção. Devemos confiar n’Ele, sermos responsáveis, abandonarmo-nos a Deus e ensinar aos demais a mesma atitude de confiança. Vivendo nesta perspectiva, estaremos em maior tranquilidade e serenidade na esperança dessa presença amorosa e próxima de Deus na nossa vida.

Friday, February 25

Sexta-feira da Semana VII do Tempo Comum

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

A sabedoria orienta o homem em todos os momentos e em todas as circunstâncias da sua vida e a sua orientação contribui poderosamente para garantir a unidade da sua vida e dos valores da mesma. Um dos maiores valores é a amizade. Mas como ela é rara e difícil de encontrar! Ela não pode existir onde houver egoísmo e é sempre perigoso contraí-la de maneira imprudente e precipitada. O primeiro conselho do sábio é que falemos bem aos outros, se quisermos ter amigos. Também é preciso saber escolher os amigos. Os verdadeiros amigos, os amigos íntimos devem ser bem seleccionados: há amigos que o são enquanto recebem favores, almoços e jantares grátis. O verdadeiro amigo há-de ser provado na sua fidelidade, na sua capacidade de continuar próximo de nós quando surge a tribulação. É esse amigo fiel que constitui para nós um tesouro, a cujo valor nada se iguala.
Os fariseus, para Lhe armarem uma cilada, citam a Jesus a permissão de o homem poder repudiar a esposa. Mas Jesus, partindo daquela permissão, apela para a palavra que fundamenta o próprio matrimónio; e retoma-a para reconduzir a visão do matrimónio à sua ordem original. As desordens dos homens não podem invalidar a ordem que vem de Deus.
O divórcio hebraico tinha o propósito inicial de tutelar a mulher e garantir-lhe uma certa liberdade. Mas as escolas rabínicas discutiam os motivos de divórcio e era concedido pela legislação em vigor com muita facilidade. As prescrições mosaicas sobre o divórcio reflectem a mediocridade humana e não o projecto primordial de Deus sobre a união do homem e da mulher. A moral farisaica fundamentava-se na não confessada inferioridade da mulher, que era considerada propriedade do homem. Para Jesus, a união do homem e da mulher é a meta de uma plenitude humana, ao casarem ambos se enriquecem mutuamente. A união matrimonial procede de Deus e o homem e a mulher levam em si a imagem de Deus-Amor e são chamados a ser uma só coisa no matrimónio e a ninguém é permitido quebrar essa união.

Thursday, February 24

Quinta-feira da Semana VII do Tempo Comum

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

A sabedoria é dom de Deus, que ensina ao homem o caminho do bem e o conduz ao Senhor. Por isso mesmo, não seria agir com sabedoria apoiar-se numa falsa confiança e dilatar o dia de se converter ao Senhor. Ao dom e à misericórdia de Deus só pode corresponder a generosidade e o amor do homem. É preciso ter cuidado em não dar excessivo valor às riquezas. O sábio não se cansa de pregar todas estas verdades. Há que tomar em atenção as suas avisadas palavras, porque elas, e a misericórdia de Deus, são preciosos instrumentos de renovação da nossa vida.
Na comunidade cristã, a vida de relação é de importância fundamental. Os outros são sempre o nosso próximo, mesmo quando distantes. Por isso, eles hão-de ser sempre o objecto do nosso amor, que os há-de socorrer nas dificuldades e nunca deixar que sejam por nós, de qualquer modo, ofendidos. O escândalo é sempre pecado contra o amor devido ao próximo.
Jesus começa a tratar do acolhimento, apontando alguns gestos simples, feitos em seu nome, porque é Ele que dá significado às acções humanas, e lhes confere valor de eternidade. Depois, fala do escândalo: quem põe obstáculos àqueles que ainda são frágeis na fé, merece uma pena severa. É melhor sacrificar os órgãos vitais do que aderir ao pecado e cair na condenação eterna. A intenção de Jesus é positiva: quer libertar-nos, quer dar-nos a vida! Cada um deve discernir o que precisa de cortar para entrar na vida.
O sal e o fogo servem para nos preservar e purificar do pecado. A sabedoria de Cristo deve dar sabor a todas as nossas acções; o fogo do amor deve arder sempre para pôr a nossa vida ao serviço da comunhão.

Tuesday, February 22

Festa da Cadeira de São Pedro

A festa da Cadeira de São Pedro era já celebrada neste dia em Roma no século IV, para significar a unidade da Igreja, fundada sobre o Príncipe dos Apóstolos.
Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela. (Mt 16,18)
Hoje é o Dia da Cátedra de São Pedro. Não sabemos bem como se originou essa festa. Mas é certo que existe uma inscrição, datada de 370 - portanto, há mais de 1.600 anos - atribuída ao Papa São Dâmaso, falando de uma cadeira portátil, dentro do Vaticano, e que é considerada a "cátedra" do Apóstolo Pedro.
Hoje, dessa cadeira restam apenas algumas relíquias de madeira, conservadas e honradas, num lugar onde o grande artista Bernini levantou um monumento grandioso, em honra do primeiro Papa, a Basílica de São Pedro.
Escavações, feitas por cientistas de diversas nações, também provam que os restos mortais de São Pedro se encontram debaixo do mesmo Vaticano, que se torna, assim, símbolo de unidade da Igreja. A celebração de festa da Cátedra de São Pedro tem o significado e o apelo à unidade dos cristãos, sob a guia do Papa, representante visível de Cristo.
O Evangelho nos une a Pedro, mas também a todos os apóstolos e membros da Igreja.

1ª leitura: 1 Pedro 5, 1-4
Caríssimos: Recomendo aos anciãos que estão entre vós, eu que sou ancião como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo e também participante da glória que há-de ser revelada: Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, velando por ele, não constrangidos mas de boa vontade, segundo Deus, não por ganância mas por dedicação, nem como dominadores sobre aqueles que vos foram confiados, mas tornando-vos modelos do rebanho. E quando aparecer o supremo Pastor, recebereis a coroa eterna de glória.

Evangelho: Mt 16, 13-19
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».


Monday, February 21

Segunda-feira da Semana VII do Tempo Comum

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

O Livro de Ben-Sirá é um dos livros que tem por assunto principal a sabedoria, ou seja, a descoberta do sentido da vida humana à luz da verdade de Deus. Esta manifesta-se logo na própria criação, mas sobretudo na palavra de Deus. Neste sentido, sábio não é necessariamente o que sabe muito, mas aquele que aprendeu a olhar para as coisas e sobretudo para a vida, e a saboreá-las com aquele sabor que só Deus pode comunicar aos homens.
Desenvolve três ideias principais: Deus é fonte e sede da sabedoria desde toda a eternidade; a sabedoria, tal como o mundo criado, é um mistério inacessível; criada por Deus, a sabedoria foi por derramada abundantemente nas suas obras. A própria sabedoria humana, que parece ter origem na experiência do homem e no estudo, tem a sua origem em Deus. O coração do homem que ama a Deus é lugar que o Senhor privilegia para lançar a sabedoria. Os verdadeiros sábios são os que amam a Deus. Habita neles a sabedoria, que é um atributo de Deus; habita neles o próprio Deus.
No Evangelho que envolve a cura de uma criança epiléptica, pode notar-se o contraste entre a fé do pai da criança e a pouca fé dos discípulos, que o Senhor lastima e procura fortalecer. Em contrapartida, é admirável a oração simples e confiante do pai, que se apresenta como homem de pouca fé, mas que pede para ser nela fortalecido. Só a humildade e a confiança, como aquelas que inspiraram a oração daquele pai aflito, são caminho que leva à fé.
Jesus verifica que a sua pregação e os milagres realizados não tinham conseguido consolidar a fé dos discípulos, nem da multidão. Daí a sua indignação. O pai do jovem também tinha uma fé inconsistente, partindo dessa fé inicial, e escutando a sua oração Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!, Jesus concede-lhe uma fé mais robusta e realiza o milagre pedido.
Quando os discípulos interrogam Jesus sobre a sua incapacidade em curar o jovem, o divino Mestre acena, mais uma vez, à necessidade da oração.

Sunday, February 20

Domingo VII do Tempo Comum

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

Jesus dá-nos uma boa notícia e exige uma grande mudança de mentalidade: não basta amar aquele que está próximo, aquele a quem estou ligado por questões étnicas, sociais, familiares ou religiosas (Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos? E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?); mas o amor deve atingir todos, sem excepção, inclusive os inimigos (Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus). Jesus apresenta o modo perfeito de ser Seu discípulo: o amor aos inimigos e a oração por eles e assim fica eliminada toda a discriminação e destruídas as barreiras que pudessem separar os homens. A razão disso é a atitude de Deus e do Seu amor que não distingue os Seus filhos e que faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos. Ser filho de Deus e discípulo de Jesus Cristo é ser também testemunha desse amor.
Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito é viver segundo os ensinamentos de Jesus Cristo que exige viver não de uma forma legalista e rigorista a lei de Deus mas viver em comunhão com Deus, deixando que a vida de Deus se manifeste na vida quotidiana e nas relações com os outros.
Nós, os cristãos, nem sempre sabemos captar algo que Gandhi descobriu com alegria ao ler o Evangelho: a profunda convicção de Jesus de que só a não-violência, o perdão e o amor podem salvar a humanidade. Gandhi escreveu o seguinte: Lendo toda a história desta vida parece-me que o cristianismo está ainda por realizar; enquanto não tivermos arrancado pela raiz a violência da civilização, Cristo ainda não nasceu.

Friday, February 18

Sexta-feira da Semana VI do Tempo Comum

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

A torre de Babel é o símbolo da desunião dos homens e dos povos, fruto do orgulho dos mesmos. O pecado dividiu os homens; a graça do Espírito Santo, fruto da Páscoa do Senhor ressuscitado, vai reconduzi-los à unidade.
O episódio da cidade e da torre de Babel representa a tentação humana, sempre recorrente, de fugir ao desígnio original de Deus, ao criar o mundo e o homem. Os homens temem a dispersão, querem ter uma cidade e uma torre, um nome e uma fama, uma unidade linguística e política, que evitem ou dificultem a dispersão e façam deles um império. A descida de Deus para lhes confundir a linguagem não é um gesto punitivo, mas um acto de pura condescendência. Deus quer repor o seu projecto original, porque isso é importante para os homens, mesmo que o não compreendam já. A variedade dos povos sobre a terra não é fruto de uma condenação imposta por Deus mas é fruto da sua condescendência e benevolência em relação ao homem.
O Evangelho de hoje apresenta algumas das condições fundamentais para seguir Jesus: arriscar a própria vida, como Jesus fez, Ele que foi até à Cruz; não colocar os interesses maiores em coisas que valem menos do que a própria vida. Felizes os que desde este mundo sabem nortear a vida por esses valores que a Boa Nova nos revela.
Quem quiser seguir Jesus não pode pretender para si o lugar central, mas há-de cedê-lo a Jesus, dando-Lhe o primado em tudo, também sobre a própria vida. Há que tomar a cruz e, seguindo os passos de Jesus, sair com Ele da cidade, rumo ao suplício. Só ganha a Vida quem estiver disposto a renunciar a si mesmo. Se não nos envergonharmos dele, nem das suas palavras, também Ele não se envergonhará de nós e nos reconhecerá como seus. A vocação original do homem está em fazer comunhão na diferença, no abandono ao projecto inicial de Deus. Quando o homem quer salvar a sua vida, perde-a. Quando é capaz de a dar, de renegar a si mesmo, salva-a.

Thursday, February 17

Quinta-feira da Semana VI do Tempo Comum

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

Como quando da criação, também depois do dilúvio, é um mundo que surge das mãos de Deus. Deus conclui uma aliança com Noé e seus descendentes. As alianças são geralmente acompanhadas de um sinal que recordará e como que manterá viva essa aliança. Assim, os nossos antepassados viram no arco-íris, que surgiu depois do dilúvio, o sinal bem visível e tão belo dessa aliança, então ainda a Velha Aliança.
Deus promete que não haverá outro dilúvio que destrua a terra ou a vida em qualquer das suas formas. Deus compromete-se; mas também Noé assume compromissos, como é próprio numa aliança. O arco-íris que vemos nas nuvens, depois das chuvas, há-de lembrar-nos que o nosso Deus não é um deus de guerra, mas um Deus de paz.
A pessoa de Jesus é o grande mistério que só a luz de Deus pode desvendar. Foi esta luz que abriu os olhos a Pedro e o levou direito ao essencial: Tu és o Messias, o Cristo, o Ungido de Deus. E foi esta revelação que lhe mereceu ser depois enviado por Jesus ao meio dos homens para os reconduzir a Deus, e finalmente lhe mereceu a graça suprema do testemunho até ao sangue, no seguimento do seu Senhor, que, primeiro do que ele, foi imolado na Cruz. Faltava a Pedro ainda um longo caminho de fé. Não tinha ainda em vista os caminhos de Deus, mas apenas os dos homens. Faltava-lhe subir do homem até Deus; isso, só a ressurreição o viria a realizar.
Os discípulos informam que o povo O vê, não só como um profeta, mas como maior dos profetas, o precursor dos tempos messiânicos. Mas Jesus quer ir mais longe, e interpela directamente os discípulos e Pedro responde em nome da comunidade: Tu és o Messias. Mas Jesus diz que Ele é o Servo sofredor que veio carregar sobre si os nossos pecados para nos fazer passar da morte à vida. E quem quiser ser seu discípulo tem de seguir o mesmo caminho da cruz. Pedro parece perceber tudo muito bem, e é o primeiro a reagir ao escândalo da cruz. Mas Jesus chama-o à ordem: «Vai-te da minha frente» (v. 33), isto é, põe-te atrás de Mim e segue-Me.

Wednesday, February 16

Erva branca


Nome Científico: Sideritis candicans var. crassifolia Lowe
Família: lamiaceae (labiatae)
Espécie endémica da Madeira, que ocorre em locais rochosos e secos da Ponta de São Lourenço e das Desertas. Trata-se de um arbusto perene, densamente coberto por um tomento esbranquiçado acinzentado. As folhas são ovadas ou ovado-arredondadas e as flores são pequenas dispostas em inflorescências densas, curtas e pouco ramificadas. Floresce de Março a Julho.

Quarta-feira da Semana VI do Tempo Comum

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

Noé, o que foi salvo do dilúvio, é a personagem principal desta narração. Narrações como esta não são para se tomarem à letra; trata-se de narrativas poéticas, cujo sentido se há-de procurar através da sua linguagem simbólica. Aqui o importante é que a aliança de Deus será sempre mais forte que a desunião e a maldade dos homens. A catástrofe passa gigantesca, mas imediatamente dela nasce uma nova ordem para o mundo, marcada pelo selo da Aliança. É já uma figura antecipada do Mistério Pascal do Senhor.
Depois do dilúvio, e do sacrifício, Deus decide não voltar a amaldiçoar a terra por causa do homem, pois as tendências do coração humano são más, desde a juventude. A maldade do coração humano esteve na origem do dilúvio, e está no seu termo. Deus apercebe-se de que o remédio tentado não foi eficaz, e desiste de voltar a usá-lo. Assim verificamos que, em Deus, castigo e misericórdia quase se identificam. Nascem da mesma motivação.
A cura dos cegos realiza à letra a palavra dos profetas, que apresentam tais prodígios como sinais dos tempos messiânicos. A cura deste cego aparece como qualquer coisa que se realiza de maneira progressiva e aparentemente difícil. Talvez o Evangelho, que a apresenta imediatamente antes da confissão de fé de Pedro, queira referir-se aos esforços de Jesus por abrir os olhos dos discípulos para que estes compreendam o que Ele lhes faz e lhes diz.
O verdadeiro crente crê nos milagres, e não por causa dos milagres. Os milagres vêm depois da fé, de tal modo que, se não há fé, ou se ela é fraca, nem sequer acontecem milagres. Os milagres são testemunhos da vinda do Messias que hão-de ser contados de modo discreto por aqueles que os receberam, também têm todo o direito a pressupor que certos acontecimentos são verdadeiros prodígios, pois crêem na força sobrenatural de Deus, embora não a possam demonstrar racionalmente.

Tuesday, February 15

Adivinha 21

O que é que as meninas têm e os meninos não têm?

Pensamento do dia: 15-02-2011

A consciência é uma enfermidade.
Unamuno

Memória litúrgica de São Cláudio de la Colombière

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

A narração do dilúvio poderá ter por origem a lembrança de determinadas inundações de especial importância de que o autor sagrado se serviu para dar um ensinamento sobre a justiça e a misericórdia de Deus e sobre o pecado do homem e a salvação oferecida pelo Senhor. De facto, o dilúvio é apresentado como sinal do juízo de Deus, que condena o pecado e salva o justo.
O pecado começa a alastrar no mundo e parece comprometer a bondade da criação realizada por Deus. Deus não se arrepende da criação em si mesma, mas do pecado dos homens que a inquina e corrompe. O arrependimento de Deus corresponde à atitude que os homens deveriam manifestar depois dos seus pecados, mas não manifestam. A intenção divina é de recriar o mundo, de renovar a face da terra. Os que sobrevivem ao dilúvio representam toda a humanidade salva das águas, os pais da nova família humana. Noé torna-se figura de Jesus; o dilúvio esboço do baptismo que nos salva.
O Senhor adverte os seus discípulos de que devem ir além da religião formalista dos fariseus e das preocupações materialistas e políticas para poderem compreender, à luz da fé, os seus milagres. Há coisas mais importantes do que o pão para a boca, e valores que estão antes das cautelas diplomáticas de Herodes. A pessoa de Jesus é suficiente para inspirar toda a confiança aos seus discípulos. O Reino era novidade com que Deus surpreendia a todos. Só os corações simples, abertos e disponíveis o podiam acolher. Por isso, era necessário não se deixar contaminar com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes, com o orgulho e com a soberba. A salvação que nos oferece será realizada na partilha que multiplica o pão e na carne que se torna fonte de vida eterna, na sua passagem pela morte. Será também esse o caminho dos discípulos e da Igreja, se quiserem ser fiéis aos ensinamentos e ao exemplo de Jesus.

Monday, February 14

Provérbio 28

Fevereiro enganou a velha ao soalheiro

Pensamento do dia: 14-02-2011

A estupidez é infinitamente mais fascinante do que a inteligência. A inteligência tem seus limites, a estupidez não.
Claude Chabrol

Fazei crescer a vossa Igreja e reuni a todos na unidade

Constantino Cirilo, fatigado pelos muitos trabalhos, caiu doente; e quando havia já muitos dias que suportava a doença, teve em certa ocasião uma visão de Deus e começou a cantar assim: «O meu espírito alegrou-se e o meu coração exultou, quando me disseram: Vamos para a casa do nosso Deus».
Depois envergou trajes de cerimónia e permaneceu assim todo aquele dia, cheio de alegria e dizendo: «A partir de agora não sou servo nem do imperador, nem de homem algum na terra, mas unicamente de Deus Omnipotente. Eu não existia, mas agora existo e existirei para sempre. Amen». No dia seguinte, vestiu o santo hábito monástico e, juntando luz à luz, impôs-se o nome de Cirilo. E permaneceu assim cinquenta dias.
Ao chegar a hora de receber o repouso e de emigrar para as habitações eternas, ergueu as mãos para Deus e rezou, chorando e dizendo:
«Senhor meu Deus, que criastes todas as ordens de anjos e os espíritos incorpóreos, estendestes o céu e firmastes a terra e formastes do nada todas as coisas que existem, Vós que sempre atendeis aqueles que fazem a vossa vontade, Vos temem e observam os vossos preceitos, atendei a minha oração e conservai na fidelidade o vosso povo de quem me fizestes servo incompetente e indigno.
Livrai-o da malícia ímpia e pagã dos que blasfemam contra Vós; fazei crescer a vossa Igreja e reuni a todos na unidade. Ao povo escolhido tornai-o concorde na fé verdadeira e na recta confissão e inspirai aos seus corações a palavra da vossa doutrina: porque é dom vosso que nos tenhais escolhido para pregar o Evangelho do vosso Ungido, incitando-nos a praticar boas obras e a fazer o que é do vosso agrado. Aqueles que me destes, eu Vo-los devolvo, porque são vossos; governai-os com a vossa mão direita e protegei-os à sombra das vossas asas, para que todos louvem e glorifiquem o vosso nome, Pai e Filho e Espírito Santo. Amen».
Depois de ter beijado a todos com o ósculo santo, disse: Bendito seja Deus, que não nos entregou aos dentes dos nossos adversários, mas rompeu as suas redes e nos libertou do mal que tramavam contra nós». E assim adormeceu no Senhor, com a idade de quarenta e dois anos.
O Papa ordenou que todos os gregos que estavam em Roma, juntamente com os romanos, se reunissem, acendessem velas e cantassem as suas exéquias, e que lhe fossem dadas honras funerárias não inferiores às que seriam tributadas ao próprio Papa; e assim se fez.


Da Vida de Constantino em língua eslava, Cap. 18: Denkschriften der kaiserl, Akademie der Wissenschaften 19 [Wien 1870], 246)

Thursday, February 10

Ajoujar

Sofrer o peso de qualquer carga ou ceder com o peso

Pensamento do dia: 10-02-2011

A honra não consiste em não cair nunca, mas em se levantar a cada vez que se cai.
Confúcio

Quinta-feira da Semana V do Tempo Comum

Leituras e reflexão (Portal dos Dehonianos)

Outra imagem poética representa a mulher a ser criada a partir do homem, para levar a concluir a unidade do par humano, célula e berço da própria sociedade humana. A nudez inicial significa a ausência da concupiscência, que aparecerá mais tarde ligada ao pecado. Por enquanto, tudo respira a frescura matinal do paraíso, depois tristemente perdido.
O homem só, sem companhia nem ajuda, não é homem, nem pode viver como tal. A primeira ajuda vem-lhe dos animais domésticos. O homem é superior aos animais, pois é capaz de lhes dar nomes e de lhes destinar um lugar no âmbito dos seus domínios. O homem só é uma criatura incompleta. A mulher é uma auxiliar semelhante a ele. É uma ajuda porque o limita no seu desejo de omnipotência, porque o força a sair do seu isolamento.
É esta uma das narrações mais comoventes do Evangelho: a situação de angústia da mulher, a sua própria condição social, porque era uma estrangeira, a sua oração tão confiante, tão humilde e tão insistente, a sua fé, que tanto tocou o coração de Jesus, a ponto de Ele lhe elogiar essa sua fé e logo lhe conceder o que pedia. Assim se anunciavam os frutos da palavra de Jesus para além das fronteiras de Israel. O Filho de Deus veio ao mundo para todos os povos do mundo. No diálogo com a mulher cananeia emerge a tensão entre o papel proeminente de Israel na história da salvação e o universalismo da mesma salvação. Não só os filhos, os judeus, mas também os cães, os pagãos, são chamados à salvação. A única condição é escutar a Boa Nova e acolher Jesus como Senhor: Em atenção a essa palavra, vai; o demónio saiu de tua filha. A fé da cananeia dissolveu a tensão e alcançou-lhe o milagre: a sua filha foi libertada do demónio.

Wednesday, February 9

Quarta-feira da Semana V do Tempo Comum

Leituras e Refexão (Portal dos Dehonianos)

Apresenta-se aqui a criação do homem, sem referência à criação do mundo. É uma narrativa de origem diferente da lida no dia anterior. Deus é representado como o oleiro que modela o barro e depois lhe dá a vida. O homem deve agora reconhecer Deus como sua origem, seu Criador. O fruto proibido é outra maneira poética de apresentar a soberania de Deus e a faculdade de decisão de que o homem deve usar para se conduzir, reconhecendo a sua situação em relação a Deus.
A fonte de todo o bem ou de todo o mal que o homem vier a praticar está no seu coração. Com as palavras que hoje ouvimos proclamar quer o Senhor fazer-nos compreender que é a atitude do coração que dá o verdadeiro sentido a todas as acções dos homens. Por isso, é o coração que deve ser purificado. O coração é o que há de mais astucioso e perverso; mas Deus é maior do que o nosso coração.
Jesus dirige-se agora ao povo simples e, num segundo momento, apenas aos discípulos. Enfrenta questões legais delicadas para a mentalidade dos judeus piedosos e observantes. Jesus difere dos profetas e dos judeus de cultura helenista. Não se pode distinguir a esfera religiosa, divina, e a vida, como esfera quotidiana, que não pertence a Deus. As coisas do mundo não são «impuras» em si mesmas. São os homens que as podem tornar impuras. A comunidade de Jesus acredita na bondade da criação.
Podemos distinguir no texto três momentos: o ensinamento de Jesus à multidão; a sentença de Jesus; o ensinamento aos discípulos; a verdadeira impureza, o coração, o catálogo dos vícios. Mas o mais importante é o comportamento dos homens diante das exigências do reino de Deus. A pureza ou a impureza das coisas depende do coração do homem. É a atitude do homem perante elas, é o uso que faz delas que as pode tornar impuras. A sacralidade e a pureza vêm ao homem e ao mundo através do canal do diálogo entre Deus e o homem.


Tuesday, February 8

Terça-feira da Semana V do Tempo Comum

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim

Sunday, February 6

Reflectindo: Domingo V do tempo Comum

Jesus continua o Seu discurso, o Seu Sermão da Montanha e dá-nos alguns ensinamentos para vivermos melhor a nossa vida cristã. Fala-nos sobre duas parábolas: a do sal e a da luz que servem para nos indicar qual o lugar dos discípulos de Jesus no mundo e a missão daqueles que aceitam viver de acordo com as Bem-aventuranças.
Fala-nos em primeiro lugar do sal (Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens). O sal é um elemento que se mistura na comida, que dá sabor aos alimentos e também conservá-los, simbolizando de alguma maneira aquilo que é inalterável. No Antigo Testamento, o sal também era usado no sentido de tornar durável um contrato, dele ser algo permanente.
Portanto, dizer que os discípulos são o sal da terra é dizer que eles são chamados a trazer ao mundo o sal, qualquer coisa mais que o mundo não tem e que dá sabor à vida dos homens e renovar a aliança eterna entre Deus e a humanidade, um projecto permanente de salvação e liberdade. O que o sal é para a comida, o cristão deve ser para o seu semelhante: tempero que dá o gosto pelas coisas de Deus, que dá o sabor à vida com seu entusiasmo e o seu optimismo, que se dissolve completamente no mundo, que não se nota mas que é indispensável. Se os discípulos de Jesus recusarem ser sal e não forem responsáveis, o mundo irá guiar-se por valores contrários aos de Deus e estará cada vez mais distante daquilo que Jesus nos veio propor e assim será um sal demasiado inútil, irá perder o sabor da mensagem de Jesus e das Suas exigências.
A segunda parábola é a da luz (Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens,). Em primeiro lugar, fala-nos da cidade situada sobre um monte em que nos diz que o discípulo deve ser o reflexo da luz libertadora e salvadora de Deus diante de todos os povos da terra, que mostra as coisas bonitas que Deus realiza em nós. Diz-nos também que a lâmpada deve ser colocada sobre o candelabro para alumiar todos os que estão em casa, todos aqueles que aderem a Jesus Cristo devem ser uma luz que ilumina e desafia o mundo inteiro, são chamados a luz das nações, a dar sentido à vida. O cristão deve ser então uma luz acesa que aponta os caminhos da vida, da liberdade, do amor e da fraternidade.

Domingo V do Tempo Comum

Leituras e Reflexão (Portal dos Dehonianos)

Thursday, February 3

Afiusas

Esperar ter sucesso a troco de outro; Assegurar

Pensamento do dia: 03-02-2011

A consciência é sempre, implicitamente, moral.
Alain

Quinta-feira da Semana IV do Tempo Comum