Wednesday, November 21

Quarta-feira da Semana XXXIII do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos
 
O Livro do Apocalipse é um livro de consolação, escrito já no tempo das primeiras perseguições romanas aos cristãos, para servir de apoio e de esperança em tempos tão duros e tão perigosos para a fé. É aqui, depois das sete cartas às Igrejas, que começa a série de visões, que vão ocupar todo o restante livro. Para começar, aparece-nos hoje a visão de Deus, aclamado no trono da sua glória. É uma visão que nos prepara para contemplarmos depois a intervenção de Deus na história dos homens, em favor dos seus fiéis.
Por meio de alguns símbolos, familiares a quem conhece o Antigo Testamento, João constrói um cenário que tem no centro um trono de glória onde se senta o Eterno, o Criador de todas as coisas. Todos os elementos descritivos servem para centrar a atenção de todos porque Ele é Deus que devemos adorar. Santo, santo, santo dirigido Àquele que era, que é e que há-de vir é uma expressão que sintetiza toda a história da humanidade que, visitada por Deus, se torna história da salvação.
 
No Evangelho, o tempo que medeia entre o regresso de Cristo para junto do Pai e a sua vinda no fim dos tempos é o tempo em que os seus discípulos hão-de fazer frutificar os dons que o Senhor confia à sua Igreja e a cada um dos seus membros. É o tempo de acreditar, de trabalhar, de merecer, com perseverança e caridade. A perspectiva das contas que todos havemos de dar a Deus do uso que fizemos dos dons que Ele nos confiou não pode desaparecer da frente dos nossos olhos, para nos orientar no caminho, sempre iluminado pela esperança e pelo desejo da vida eterna em Deus.
O evangelho diz-nos que o discípulo é chamado a ser servo bom e fiel. É uma bondade que se manifesta na disponibilidade e a fidelidade, na obediência. São duas atitudes fundamentais do ideal evangélico que Jesus nos apresenta e a espiritualidade própria do discípulo. Fidelidade e bondade são as duas faces da mesma medalha, são dois aspectos da mesma personalidade, qualificada pelo dom de graça recebido e pelo desejo de viver segundo a vontade do Mestre.

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