Friday, November 16

Sexta-feira da Semana XXXII do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos

Nesta pequena Carta, S. João dirigindo-se a uma Igreja em perigo no que respeitava à fé, insiste em dois pontos fundamentais: na caridade mútua, mandamento novo, mas que já vem desde o princípio e na fé na Encarnação do Filho de Deus. Oferece-nos como que uma síntese do seu evangelho, uma vez que recorda à sua comunidade o essencial para a salvação: caminhar na verdade e acreditar que Jesus é o Filho de Deus. Para o cristão não há outro caminho para chegar ao Pai senão permanecer firme na fé que recebeu desde o princípio, desde o seu baptismo. E, se o que já recebeu o baptismo, nunca chegou a tomar plena consciência dessa fé, deve procurar, uma vez adulto, tornar adulta essa fé inicial do baptismo. E se preocupa com a fidelidade dos seus destinatários, porque há muitos sedutores, que não reconhecem Jesus e pretendem levar os outros a não o reconhecerem também. É sempre possível perder o fruto do nosso trabalho, a fé que pode transformar a nossa vida.
 
No Evangelho, continua o discurso apocalíptico sobre a vinda do Filho do homem, que é preciso esperar na austeridade, na vigilância e na fé. Jesus quer ensinar aos discípulos a verdadeira esperança e para que não se torne utópica e não crie ilusões fáceis, une-a à fé. A fé une-nos, desde já, ao Senhor e à sua morte e ressurreição. Com exemplos da história antiga do povo de Deus (Noé e Lot), Jesus previne os seus discípulos para que se mantenham sempre na expectativa da vinda do reino de Deus, prontos a reconhecê-lo, prontos para ser introduzidos na alegria eterna e na comunhão com Ele. As ocupações e cuidados da vida presente podem não deixar tempo para viver na expectativa dessa vinda do Senhor, mas ela é certa e será para todos os homens.
A nossa preparação para a vida eterna exige igualmente de nós uma vida de entrega: E agora vou fazer-te um pedido: tenhamos amor uns aos outros. A caridade inspira-nos uma vida de entrega: Quem procurar preservar a sua vida... Imitemos também Jesus, procurando viver melhor a nossa participação na Missa: de forma consciente, activa e piedosa e encontraremos diariamente muitas oportunidades de viver este amor ao nosso próximo.

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