Thursday, November 15

Quinta-feira da Semana XXXII do Tempo Comum

Leituras e Reflexão no Portal dos Dehonianos
 
Na mais breve das suas epístolas, S. Paulo intercede, junto do seu discípulo Filémon, pelo escravo Onésimo, que lhe tinha fugido e estava numa situação delicada. Aqui se entremeiam os costumes ainda em uso, relacionados com a escravatura e as novas perspectivas cristãs, em que até os escravos passam a ser irmãos. Paulo tenta que Filémon não aplique a justiça, mas actue de acordo com a sua fé cristã, usando a caridade evangélica.
O apóstolo realça dois valores: a caridade, que é a fonte do agir moral e a base das suas relações sociais, a meta suprema a atingir. O outro valor é a liberdade oferecida por Cristo que ninguém deve negar ou limitar aos outros, dá a Paulo audácia para fazer o seu pedido e deve inspirar a Filémon um comportamento consequente em relação a Onésimo. Caridade e liberdade, juntas em vista da verdade, podem transformar as relações sociais, para além de qualquer conveniência pessoal ou interesse colectivo. No reino de Deus, na comunidade cristã todos somos igualmente filhos de Deus.
 
A grande questão para os Judeus do tempo de Jesus era saberem quando chegaria o reino de Deus. Mas o reino está em Jesus; reconhecê-l’O na fé e aceitar n’Ele esse reino é entrar desde já nesse reino. A fé, e não qualquer acontecimento espectacular, é que introduzirá os homens no reino de Deus, que já está presente no meio deles desde que o Verbo de Deus encarnou e habitou entre nós. Como verdadeiro mestre, alerta-nos para possíveis desvios e indica o caminho que devemos seguir, dá-nos uma pista autêntica e segura: desde agora, o Reino de Deus está no meio de vós ou dentro de nós.
Jesus fala do desejo do crente em ver um dos dias do Filho do Homem, que todos havemos de sentir e que Ele quer satisfazer; afirma a necessidade de ter de sofrer muito e ser rejeitado. Quem aceitar ir com Ele até Jerusalém e partilhar a sua Páscoa, prepara-se para ir ao encontro final com o Salvador.
O reino de Deus está na Eucaristia. A Comunhão é uma antecipação da glória do Céu. A Liturgia é uma participação da Jerusalém celeste, para a qual nos dirigimos como peregrinos e onde Cristo está sentado à direita do Pai.

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