Thursday, November 29

Quinta-feira da Semana XXXIV do Tempo Comum


João fala-nos de outra visão que tem por objectivo iluminar a história do povo de Deus peregrino. A alusão ao céu e ao esplendor que dele vem indicam a origem divina da palavra que vai ser proclamada. Quem a ouvir, e acolher a mensagem, pode caminhar seguro rumo à meta.
Babilónia, o império que no Antigo Testamento perseguiu o povo de Deus a ponto de o levar para o exílio, é aqui a imagem dos novos perseguidores da Igreja de Cristo. Mas o seu domínio vai chegar ao fim; a nova Babilónia, que é agora, para o autor deste livro, Roma e o seu império, perseguidor dos cristãos, vai cair, como caiu a antiga. Vão desaparecer as suas glórias, que são, no fundo, a sua humilhação. Chegou a hora das núpcias do Cordeiro, a hora da Igreja da terra se sentar à mesa do banquete do Céu.

O Evangelho está cheio de alusões a outras passagens bíblicas. Anunciam-se aqui as provações por que há-de passar o povo de Deus, umas vindas da parte dos pagãos, outras das próprias circunstâncias naturais. São todas elas formas de purificação; mas nunca são nem um fim em si mesmas, nem acontecimentos sem sentido. Deus é Senhor dos acontecimentos, e faz que tudo concorra para o bem dos seus eleitos. Por isso, no meio de toda esta desolação, levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. É o anúncio do mundo novo que há-de vir.
O crente nada tem a temer, ainda que a descrição desse momento o induza ao temor de Deus. De facto, o regresso do Senhor caracteriza-se por grande poder e glória. Mas será nesse regresso que irá trazer aos fiéis o dom da libertação definitiva, o dom da redenção.

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