Friday, August 19

Sexta-feira da Semana XX do Tempo Comum


Rute, estrangeira ao povo de Deus por sua origem, nele entrou pelo casamento com um filho de israelitas enviuvou, mas, depois de enviuvar, não quis voltar para o seu povo de origem, os moabitas, como podia ter feito, mas preferiu voltar com a sogra para a terra desta, Belém. Aí casou de novo com outro israelita, Booz, e assim veio a tornar-se uma das ascendentes do rei David, e, por este, do Messias. A narrativa leva delicadamente o leitor a seguir os passos interiores de Rute, as opções que a levam a partilhar a fé de Noemi e do seu povo. Rute dará uma descendência à família de Elimélec. Esta estrangeira será antepassada de David, porque o seu filho, Obed será pai de Jessé, pai de David. Rute causa-nos admiração pela sua dignidade como pessoa, mas também pelo seu amor para com Noemi. É também sinal do amor universal de Deus, que todos envolve na realização do seu projecto de salvação.
No Evangelho, os fariseus, doutos e observantes, perguntam qual é o maior mandamento da Lei. Perdidos nas leis queriam saber qual o princípio supremo que tudo justifica e unifica. Mas eram movidos por uma intenção que não era recta: interrogaram Jesus para o embaraçar. Tinham resumido as muitas leis da Tora em 613 preceitos, 365 proibições e 248 mandamentos positivos. Mas, fazia sentido procurar saber qual é o maior mandamento da Lei. Na sua resposta, Jesus prefere ir à essência da Lei, orientando para o princípio que a inspira e para a disposição interior com que deve ser observada: o amor, na sua dupla vertente para com Deus e para com o próximo. Jesus refere-se à totalidade, a intensidade e a autenticidade do amor a Deus: com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Ao lado do amor a Deus, e ao mesmo nível, Jesus coloca o amor ao próximo. Não se podem separar as duas dimensões do mandamento que sintetiza toda a Lei e os Profetas.

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