Tuesday, August 2

Terça-feira da Semana XVIII do Tempo Comum


Moisés era o chefe do povo, a quem Deus falava directamente, para que ele transmitisse depois ao povo as suas palavras. Mas foi difícil, até aos seus irmãos, sujeitarem-se sempre a ele e acatar as suas ordens. O Senhor fez-lhes sentir então que estavam procedendo com orgulho e sem fé, e assim os chamou à penitência. O texto refere-nos a contestação de Maria e de Aarão contra Moisés, por causa do seu casamento com uma etíope. Deus está no meio deles como amigo e protector de Moisés. Aarão e Maria mostram-se incapazes de julgar Moisés na sua grandeza de eleito de Deus, pelo simples facto de se ter casado com uma etíope mas Deus defende-o. Com um juízo tão severo quanto sincero, Deus fala de Moisés, seu amigo e confidente, na tenda da reunião. O castigo de Maria é um sinal mas Moisés com uma oração cheia de confiança, pede a cura da irmã. Moisés é um amigo de Deus, que Lhe fala com a audácia.
Nesta leitura sobressai a grande amizade que o Senhor tinha a Moisés. Aqueles que cumprem a vontade do Pai e seguem o Senhor ocupam um lugar de predilecção no seu coração.
Foi difícil para muitos dos ouvintes de Jesus, em particular os do grupo dos fariseus e dos escribas, pessoas muito embrenhadas na Lei de Moisés e nos costumes que dela derivavam, entenderem a novidade que a palavra de Jesus lhes anunciava, e, por isso, facilmente se escandalizavam. Para quem já está cheio de si e das suas ideias é sempre difícil ouvir e entender coisas novas. O orgulho cega e obscurece a capacidade de compreensão. Mas para quem reconhece nas palavras de Jesus a própria palavra de Deus, antes se devia reconhecer iluminado com uma luz que é capaz de vencer até a cegueira. E o Senhor Jesus é a Luz e a sua palavra ilumina.
 

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