Tuesday, July 31

Santo Inácio de Loyola


Nobre espanhol, converteu-se aos 30 anos de idade, depois de uma breve mas brilhante carreira nas armas, e fundou a Companhia de Jesus. Alma profundamente militar, quis dotar a Igreja de uma milícia nova, aguerrida e disciplinada, para a defesa da glória de Deus e a conquista das almas.
No século em que o protestantismo arrebatou à religião católica um terço da Europa, Inácio foi sem dúvida o lutador suscitado pela Providência para atender de modo pleno às necessidades da Igreja.

Pensamento do dia: 31-07-2012

A juventude não é uma época da vida, é um estado de espírito. (S. Velmon)

Terça-feira da Semana XVII do Tempo Comum


Depois de ter aludido a uma grande catástrofe que se tinha abatido sobre o povo, o profeta apresenta agora, em forma de lamentação, a oração desse mesmo povo, que, arrependido, confessa as suas faltas e faz penitência. Intercede pelo povo diante de Deus e recorda a promessa de salvação e de paz, que não existem, e interpela o Senhor a não faltar à sua Aliança, a não abandonar o seu povo. Israel, embora tenha pecado, reconhece, agora, a sua infidelidade, e sente-se sem argumentos, sem méritos para apresentar e se defender dos castigos com que é ameaçado. Jeremias suplica, confiando na fidelidade de Deus e no seu modo de actuar, que não pode ser contrário à sua essência, que é amor, misericórdia, indulgência. O profeta confia em Deus e confia-Lhe o seu povo, cuja sorte lamenta vivamente.

Este mundo é o campo onde a palavra cai como semente e onde ela cresce e se desenvolve e dá fruto no coração de quem a acolhe com fé. Mas outras sementes há que nesse campo são semeadas e nele crescem, com o perigo de prejudicarem a boa seara. É o mistério da vida da Igreja sobre a terra: trigo e joio a crescerem misturados, e Deus, o dono da seara, na sua paciência infinita, esperando até à hora da colheita! Então, o joio, os filhos do Maligno, revelar-se-ão como palha, que só serve para o fogo, enquanto os filhos do reino brilharão como o Sol no reino do Pai. A Igreja não é uma comunidade de puros, de intocáveis pelo mal, mas uma comunidade de pecadores que experimentaram o amor misericordioso que perdoa e salva. Tomar consciência desta realidade é caminho para aquela humildade que atrai as complacências de Deus e a simpatia dos outros. Sentimos solidariedade com os irmãos pecadores, porque não nos julgamos melhores do que eles. E rezamos por eles, mas também por nós, para sermos confirmados na opção tomada de pertencer ao Senhor.
Esta parábola do trigo e do joio continua a ser de grande actualidade. Junto com os sinais de esperança aparecem igualmente sinais preocupantes: junto com a memória e os valores cristãos há um agnosticismo prático e indiferentismo religioso; junto com símbolos de presença cristã há afirmações de secularismo; junto com a cultura, fruto do cristianismo, há uma nova cultura influenciada pelos meios de comunicação social (cf. João Paulo II).

Monday, July 30

Segunda-feira da Semana XVII do Tempo Comum


Os profetas anunciavam a palavra de Deus, não só por meio de palavras, mas também por acções simbólicas. São verdadeiras parábolas em acção. É assim, por meio de uma acção simbólica, que o profeta hoje mostra a que estado fica reduzido o povo que abandona Deus e se volta para outros deuses: torna-se como alguma coisa que se estragou, e já não serve senão para ser lançada fora.

No Evangelho, duas breves parábolas sobre o reino de Deus que se completam uma à outra: a do grão de mostarda põe em relevo o contraste entre a pequenez dos começos desse reino e o esplendor do fim que ele há-de atingir; a do fermento, que leveda toda a massa, sublinha a força e energia do fermento e ainda o contraste entre a pequena quantidade do mesmo e a grande quantidade de massa, que ele é capaz de levedar. Assim é o reino de Deus no meio deste mundo.

Sunday, July 29

Domingo XVII do Tempo Comum


A liturgia do 17º domingo Comum dá-nos conta da preocupação de Deus em saciar a “fome” de vida dos homens. De forma especial, as leituras deste domingo dizem-nos que Deus conta connosco para repartir o seu “pão” com todos aqueles que têm “fome” de amor, de liberdade, de justiça, de paz, de esperança.
Na primeira leitura, o profeta Eliseu, ao partilhar o pão que lhe foi oferecido com as pessoas que o rodeiam, testemunha a vontade de Deus em saciar a “fome” do mundo; e sugere que Deus vem ao encontro dos necessitados através dos gestos de partilha e de generosidade para com os irmãos que os “profetas” são convidados a realizar.
O Evangelho repete o mesmo tema. Jesus, o Deus que veio ao encontro dos homens, dá conta da “fome” da multidão que O segue e propõe-Se libertá-la da sua situação de miséria e necessidade. Aos discípulos (aqueles que vão continuar até ao fim dos tempos a mesma missão que o Pai lhe confiou), Jesus convida a despirem a lógica do egoísmo e a assumirem uma lógica de partilha, concretizada no serviço simples e humilde em benefício dos irmãos. É esta lógica que permite passar da escravidão à liberdade; é esta lógica que fará nascer um mundo novo.
Na segunda leitura, Paulo lembra aos crentes algumas exigências da vida cristã. Recomenda-lhes, especialmente, a humildade, a mansidão e a paciência: são atitudes que não se coadunam com esquemas de egoísmo, de orgulho, de auto-suficiência, de preconceito em relação aos irmãos.

Friday, July 27

Pensamento do dia: 27-07-2012

A juventude é só um momento, entretanto contém uma chama que se leva no coração para sempre. (Autor desconhecido)

Sexta-feira da Semana XVI do Tempo Comum


Esta profecia é o anúncio do fim do exílio e da restauração dos reinos de Judá e de Israel. Nesses dias, nem a Arca da Aliança será necessária, porque Deus reinará no meio do seu povo e a própria cidade será toda ela o Trono do Senhor. Este mistério, aqui anunciado pelo profeta, terá a sua realização plena na Igreja de Cristo e na Jerusalém celeste.
A vocação de Jeremias tinha duas vertentes: edificar e plantar; arrancar e demolir. O profeta exorta os seus contemporâneos à conversão: Voltai é a palavra-chave do convite à mudança de vida, à conversão. O primeiro passo consistirá em reconhecer Javé como único Senhor e guia do povo. Se tal acontecer, Israel terá um futuro ainda mais esplendoroso em que Deus será o único rei de Jerusalém. O reconhecimento da soberania de Deus juntará todos os povos que, sem dureza de coração, seguirão a sua vontade.

Jesus dá a explicação da parábola do semeador. A semente é sempre boa, porque é a palavra de Deus, mas o fruto depende do acolhimento que a terra lhe dá, da atenção que ela encontra no coração de cada homem.
Jesus desvia a atenção do semeador que lança a semente para as causas da sua diferente recepção, passa-se da verificação do êxito e da pregação de Jesus e dos seus discípulos para a consideração dos motivos que levam os ouvintes e fechar-se ou a abrir-se ao anúncio e à conversão. O homem não se abre à Palavra quando não permite lançar raízes na sua vida. Mas, quem é dócil à palavra de Jesus, produz abundantes frutos.
O terreno, onde cai a semente divina é o mundo inteiro, é cada pessoa. A sementeira é generosa, feita com amor, mas o fruto depende em boa parte de cada um de nós. Devemos pedir ao Senhor para sermos muito constantes nos nossos propósitos, para não desistirmos facilmente ante as dificuldades. A semente, a palavra de Deus, é a que recebemos do Evangelho. Devemos estar sempre muito atentos aos avisos do bom pastor: dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, e eles vos hão-de apascentar com inteligência.

Thursday, July 26

Pensamento do dia: 26-07-2012

A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem. (Epicuro)

São Joaquim e Santa Ana


Uma tradição do segundo século afirma que os pais de Nossa Senhora, avós de Jesus, chamavam-se Joaquim e Ana. Conforme uma lenda da Idade Média, Joaquim e Ana viviam humilhados porque não tinham filhos. Joaquim dirigiu-se então para o deserto onde passou 40 dias em jejum e oração. Ao terminar os 40 dias, apareceu-lhe um anjo anunciando que teriam um filho: nasceu-lhes uma filha e deram o nome de Maria. A devoção de Santa Ana remonta ao século VI, no Oriente e no Ocidente data de século X. A devoção a São Joaquim é mais recente.
Hoje é dia para louvarmos as ilustres pessoas dos pais de Nossa Senhora: Joaquim e Ana. Foram eles que trouxeram ao mundo a Mãe de Deus. Chegaram aos mistérios do reino de Deus, através do que viram e ouviram da sua filha Maria: Felizes os olhos porque vêem e os ouvidos porque ouvem. Peçamos-lhes que nos ensinem a ver Maria como eles a viram, e a ouvi-la como eles a ouviram, para a podermos imitar melhor, porque Ela ouviu a palavra de Deus e a pôs em prática.

Memória de São Joaquim e Santa Ana, pais de Nossa Senhora


Na 1ª leitura, Ben Sirá evoca figuras ilustres que marcaram o passado da história de Israel, com o seu exemplo, uma nova vida no presente e a projetar a esperança do povo na direção do futuro. O bem paticado é um capital precioso e fecundo, que permanece. Quando é praticado por homens virtuosos, tece a verdadeira trama da história da salvação. Deus intervém nessa história, para redimir o homem, mas servindo-se do próprio homem. A fidelidade do Senhor tem o seu fundamento no céu, mas radica na terra, graças aos que lhe são fiéis.

No Evangelho, os discípulos de Jesus têm a sorte de ver a realização das promessas. Gerações de profetas e justos construíram uma história de confiança, de espera e de esperança. Esses profetas e justos são ditosos porque, ainda que não tenham visto nem ouvido o que os discípulos veem e ouvem, acreditaram e apostaram a sua vida baseando-se na Palavra da aliança. Os discípulos são ditosos porque veem e ouvem a Palavra feita carne, Jesus Cristo e são o elo da geração herdeira das promessas e o primeiro da que deve testemunhar a sua realização.

Wednesday, July 25

Pensamento do dia: 25-07-2012

A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todos os lugares. (Autor desconhecido)

Apóstolo São Tiago

S. Tiago, chamado o Maior, para se distinguir de outro apóstolo do mesmo nome, era filho de Zebedeu e de Salomé, e irmão de S. João Evangelista (cf. Mc 15, 40; Mt 27, 56). Com ele, e com Pedro, fez parte do grupo dos primeiros três discípulos de Jesus, o grupo mais íntimo, que acompanhou o Senhor na Transfiguração e na Agonia. Figura proeminente da igreja, Tiago foi preso em Jerusalém, por ordem de Herodes Agripa, sendo o primeiro apóstolo a derramar o seu sangue, em testemunho da sua fé, nos dias da Páscoa (cf. At 12, 1-3), por volta do ano 44. O seu culto desenvolveu-se notavelmente em Compostela que, desde a Idade Média, se tornou um dos centros de peregrinação mais concorridos, em todo o mundo.

Festa do Apóstolo São Tiago


A liturgia aplica ao apóstolo Tiago o que Paulo diz a partir da sua própria experiência: Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus. Há uma mensagem que começa em Jesus, passa de Jesus a Paulo, de Paulo a Tiago e assim sucessivamente, ao longo da história, formando uma corrente de testemunhas e de mártires. Quem recebe a graça de derramar o sangue por amor de Cristo e dos irmãos pode dizer que leva em si a morte de Cristo, mas também quem vive serenamente a radicalidade evangélica no seu dia-a-dia.
Recebemos do Senhor uma vida nova, através dos sacramentos: Ora, esta vida trazemo-la em vasos de barro.

Mateus parece usar de uma fina ironia ao narrar o episódio do Evangelho de hoje. Facilmente desculpamos a mãe, que quer o melhor para os filhos. Mas já não somos tão compreensivos para com os dois irmãos que se declaram prontos a beber o cálice com Jesus. Mas Jesus, transformando a hipótese em profecia, prediz a morte que Tiago irá padecer por causa da sua radical fidelidade ao Mestre e ao Evangelho. Ao mesmo tempo, aproveita para dar uma lição de humildade útil a todos, também outros apóstolos irritados e desdenhosos.
O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão. Jesus tem consciência de ser o Filho imolado por amor, para redenção dos irmãos. Vive conscientemente a espiritualidade do Cordeiro imolado, até à imolação que se concretiza no serviço vivido no total despojamento de si mesmo e em plena confiança no Pai.
Por isso, o Senhor pergunta-nos se podemos beber o seu cálice. Tiago respondeu afirmativamente e foi o primeiro dos Apóstolos a dar a vida pelo Evangelho. Para cumprirmos a nossa missão de servir e dar a vida pelos outros, precisamos apoiar-nos muito na fortaleza de Deus.

Tuesday, July 24

Pensamento do dia: 24-07-2012

A ingratidão é um direito do qual não se deve fazer uso. (Autor desconhecido)

Terça-feira da Semana XVI do Tempo Comum


A 1ª leitura é uma oração em favor do povo de Deus, quando ele se encontrava reduzido a um resto no meio dos pagãos. Oração também para os dias de hoje, em que o povo dos que crêem em Cristo se encontra perdido no meio de um mundo que não crê n’Ele. Mas a esperança que a inspira, inspira também a oração do salmo, todo ele cheio de confiança. A oração termina louvando a misericórdia de Deus que perdoa as culpas, que busca a conversão: Mostrarás a tua fidelidade a Jacob, e a tua bondade a Abraão, como juraste a nossos pais. O profeta fica espantado com um deus que é misericordioso, que perdoa os pecados. Não nos cansemos de agradecer a Deus, que nunca se cansa com os nossos pecados, está sempre disposto a perdoar-nos.

Jesus constitui com os seus discípulos uma verdadeira família espiritual, que tem por origem o Pai celeste. Mais importantes do que os laços do sangue são os laços do espírito, aqueles que a palavra de Deus faz nascer. Jesus não nega, nem despreza, o amor da sua família; mas ensina que a maior união com Ele está na atenção que soubermos dar à sua palavra. A sua Mãe, antes de O conceber no corpo, já O tinha acolhido no seu espírito, pelo acolhimento que dava à palavra de Deus. Os discípulos, que escutam a sua palavra, abrem-se à comunhão com Ele, superior à que decorre dos laços de consanguinidade. Tornar-se discípulo de Jesus é aceitar o convite para pertencer à família de Deus, para viver em conformidade com a sua maneira de viver…
Jesus é a Palavra. Quem a acolhe, torna-se, n´Ele, filho do Pai. O verdadeiro filho faz a vontade do Pai, tal como a fez Jesus, ao deixar-se enviar ao mundo. Pois é essa a grande maravilha realizada por Deus: fazer-nos seus familiares, participantes da sua vida divina. Não basta escutar a Palavra, é preciso guardá-la e pô-la em prática, como fez Maria porque escutar, em sentido bíblico, é compreender, acolher na vida, ir a Jesus; é acreditar, guardar no coração; é obedecer e fazer. A verdadeira escuta da Palavra realiza-se quando se ama com obras e em verdade.

Monday, July 23

Santa Brígida


Nasceu em Finstad, perto de Upsala, na Suécia, em 1303, e morreu em Roma, em 1373. Foi contemporânea de Santa Catarina de Sena.
Aos 13 anos, em 1316, casou-se com o príncipe de Nreícia, Wulfom. Foram pais de oito filhos, entre eles uma santa: Catarina. Fundaram um hospital e eles próprios (Santa Brígida e seu marido), cuidavam dos doentes.
Em 1344, ficou viúva e recolheu-se num mosteiro. Em 1346, fundou um mosteiro em Vadstena. Levava vida austera, chegando a mendigar às portas das igrejas. Uns dez anos antes de morrer, fundou a Ordem de São Salvador (brigidinas), da qual, mais tarde, sua filha, Santa Catarina da Suécia, viria a ser a prioresa. Em 1372, partiu em companhia da filha, Catarina, e de dois filhos, para a Terra Santa.
Foi uma grande mística, cujas experiências de Deus, suas Revelações, publicadas em livro, são a maior prova de seu profundo amor a Jesus e da solidez de sua espiritualidade. Brígida é uma das místicas mais conhecidas nos séculos XIV e XV.
Com Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), foi proclamada por João Paulo II como patrona da Europa.

Festa de Santa Brígida, religiosa, Padroeira da Europa


Na 1ª leitura, Paulo diz, pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Ele era um daqueles judeus que afirmavam que a aceitação da Lei produzia por si mesma a vinculação a Deus. Ao converter-se, irá dizer que a vida religiosa está acima do eu: Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Não é nenhuma substituição mas apenas está a expor a sua experiência religiosa. Se a presença de Deus no homem fosse o resultado de um esforço puramente humano, a graça de Deus seria como que inútil. A fé é sempre um dom gratuito. A graça é mesmo gratuidade de Deus e compete-nos apenas acolhê-la e corresponder-lhe.

No Evangelho diz-nos que a alegoria da videira e dos ramos garante-nos que a promessa da presença de Jesus no meio de nós está cumprida. Há que permanecer n´Ele para produzir os frutos que Deus espera de nós, permitir ao Espírito, a seiva divina, que produza em nós os seus frutos. Por nós mesmos, não podemos produzi-los. A obra de Jesus, que culminou na sua morte, limpou-nos. A Palavra é um meio de purificação, é a comunicação de Jesus aos seus discípulos através da sua vida, da sua morte, da sua pessoa.

Sunday, July 22

Domingo XVI do Tempo Comum


A liturgia do 16º Domingo do Tempo Comum dá-nos conta do amor e da solicitude de Deus pelas “ovelhas sem pastor”. Esse amor e essa solicitude traduzem-se, naturalmente, na oferta de vida nova e plena que Deus faz a todos os homens.
Na primeira leitura, pela voz do profeta Jeremias, Jahwéh condena os pastores indignos que usam o “rebanho” para satisfazer os seus próprios projectos pessoais; e, paralelamente, Deus anuncia que vai, Ele próprio, tomar conta do seu “rebanho”, assegurando-lhe a fecundidade e a vida em abundância, a paz, a tranquilidade e a salvação.
O Evangelho recorda-nos que a proposta salvadora e libertadora de Deus para os homens, apresentada em Jesus, é agora continuada pelos discípulos. Os discípulos de Jesus são – como Jesus o foi – as testemunhas do amor, da bondade e da solicitude de Deus por esses homens e mulheres que caminham pelo mundo perdidos e sem rumo, “como ovelhas sem pastor”. A missão dos discípulos tem, no entanto, de ter sempre Jesus como referência… Com frequência, os discípulos enviados ao mundo em missão devem vir ao encontro de Jesus, dialogar com Ele, escutar as suas propostas, elaborar com Ele os projectos de missão, confrontar o anúncio que apresentam com a Palavra de Jesus.
Na segunda leitura, Paulo fala aos cristãos da cidade de Éfeso da solicitude de Deus pelo seu Povo. Essa solicitude manifestou-se na entrega de Cristo, que deu a todos os homens, sem excepção, a possibilidade de integrarem a família de Deus. Reunidos na família de Deus, os discípulos de Jesus são agora irmãos, unidos pelo amor. Tudo o que é barreira, divisão, inimizade, ficou definitivamente superado.

Friday, July 20

Sexta-feira da Semana XV do Tempo Comum


Esta leitura apresenta um exemplo que confirma aquilo que temos escutado: Deus salva sempre aquele que n’Ele põe a sua confiança e mostra-nos que a oração do homem é escutada por Deus sempre, mas com o fruto que só Ele sabe conceder. Ele também é Senhor da vida e da morte. Ezequias tinha os dias de vida contados e adoece gravemente e o profeta garante que a situação é sem esperança. O rei, que interpreta a doença como castigo divino, não perde a confiança em Deus e no seu profeta. Reage com uma oração de súplica, invocando a misericórdia divina e arrependeu-se. Apresenta a Deus a rectidão da sua vida, cheia de boas obras. Segundo o princípio da retribuição, Deus usou de misericórdia para com ele, escuta-o e acrescenta quinze anos à sua vida de rei. E Jerusalém será libertada do rei da Assíria.

A lei de Moisés era um guia para Cristo. Jesus, depois, não a destruiu, antes a levou até ao seu pleno cumprimento, porque Ele ultrapassa as figuras que O anunciavam e chega até onde a Lei queria conduzir, que é Ele próprio.
O repouso sabático era uma lei humanitária que visava proporcionar descanso a quem trabalhava, aos homens livres e aos escravos. O sábado era um dia de festa para todos, lembrando a libertação da escravidão do Egipto e antecipando o repouso escatológico. Mas essa lei ao serviço do homem, tinha sido transformada na mais sagrada das instituições divinas. Por isso, a afirmação de Jesus o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado, soou a verdadeira blasfémia.
O Filho do Homem até do sábado é Senhor ignifica que a autoridade de Jesus é superior à de Moisés, em força da sua relação especial com aquele Deus a quem se pretende honrar com a observância do sábado. Depois de revelar o amor do Pai, Jesus repõe o homem no centro do verdadeiro culto: prestar culto a Deus não pode ser algo de separado da atenção ao homem, que Deus criou e ama. Não pode haver conflito entre a lei religiosa e as exigências do amor ao próximo.

Thursday, July 19

Quinta-feira da Semana XV do Tempo Comum


Esta leitura é uma oração. Humilhado pelas suas culpas passadas, o povo de Deus confessa, pela boca do profeta, os seus pecados, proclama a justiça e a bondade de Deus e anuncia já a ressurreição futura.
Deus realiza as suas obras no meio dos povos, para que todos possam conhecê-lo e viver de acordo com a sua vontade. Sem Deus, pouco podemos fazer; só na comunhão com Deus podemos alcançar todos os bens e ter sucesso nas nossas iniciativas: és Tu que realizas todos os nossos empreendimentos.
Isaías convida os seus ouvintes à confiança no Senhor, sempre fiel às suas promessas, atento aos pobres e oprimidos. Do mesmo modo que Deus devasta as cidades pagãs, tornando impraticáveis os seus caminhos, assim também aplana a estrada daqueles que conformam a vida aos seus preceitos. Os que esperam no Senhor, e desejam ardentemente estar em comunhão com Ele, serão saciados de todos os bens, simbolizados na paz.

Jesus apresenta-Se a todos os que sofrem, esmagados sob o peso de todos os fardos, como Aquele que pode dar o alívio, a paz e o repouso. Assim, Jesus realiza em Si a figura com que, já no Antigo Testamento, a Sabedoria convidava todos os que a escutavam a virem procurar em si a força e a alegria. Jesus encarnou para ser o nosso modelo de santidade: Aprendei de mim. Chama a atenção para a mansidão e a humildade, que estão incluídas nas bem-aventuranças, promessas que mantêm a esperança no meio das dificuldades.
Jesus dirige um convite-chamamento a todos os cansados e oprimidos. A lei de Moisés, tal como a aplicavam os escribas, era um jugo particularmente duro, um jugo insuportável. Cada mestre tinha que impor um jugo aos seus discípulos. Os discípulos de Jesus são convidados a pôr-se ao lado d’Ele, a carregar o mesmo jugo, a levar o mesmo estilo de vida: o dos mansos e humildes, dos pobres e pequenos, que compreenderam o mandamento novo da obediência a Deus e do serviço aos irmãos. O jugo é pesado, mas, levá-lo com Jesus, é causa de doçura. O amor exige pesada renúncia aos próprios instintos egoístas, mas abre os horizontes da verdadeira vida.

Wednesday, July 18

Beato Bartolomeu dos Mártires


Nasceu em Lisboa (na freguesia dos Mártires), em Maio de 1514 e entrou para a ordem dominicana com 14 anos apenas. Foi feito arcebispo de Braga em 1559. Entre 1561 e 1563, participou no Concílio de Trento. Resignou em 1582, tendo-se recolhido ao Convento de Santa Cruz, em Viana do Castelo, onde morreria em 1590.
Eis um excerto do discurso de João Paulo II no dia da sua beatificação:
O Beato Bartolomeu dos Mártires, dominicano por vocação e ideal de vida, ardia de zelo pela causa de Deus, que é a salvação dos homens, iluminando-lhes o caminho com o Evangelho. Fiel à norma apostólica, entrega-se assiduamente à oração e ao serviço da palavra (cf. Act 6, 4), arrastando consigo o clero: promove a sua formação permanente, ao seu alcance poe meios para pregar ao povo e funda o Seminário para preparar dignamente os futuros sacerdotes.
O Seminário era apenas uma das medidas da reforma preconizada pelo Concílio de Trento, a cuja realização o Beato Arcebispo se consagrou de alma e coração, não sem obstáculos, alguns com ressonância em Roma. O Papa Pio IV assim respondeu, falando de Dom Frei Bartolomeu: Tal satisfação nos deu, no tempo que participou no Concílio, com a sua bondade, religião e devoção, que o ficámos tendo em grande conta, com tamanho conceito da sua honra e virtude que não poderão alterá-lo queixumes de ninguém (Carta ao rei de Portugal, Cardeal Dom Henrique). Ontem pude assinalar, com o acto da sua beatificação, estes sentimentos do meu Predecessor.
Saúdo a Igreja de Lisboa, que lhe deu o berço, e a de Viana do Castelo, que o acolheu nos seus últimos anos e conserva a relíquia venerável do seu corpo; saúdo a Arquiodiocese bracarense na sua extensão de então e Portugal inteiro, que ele serviu e amou, sobretudo na pessoa dos pobres.

Quarta-feira da Semana XV do Tempo Comum


Deus está presente em cada momento da história dos homens, e sempre para os salvar, mesmo quando estes não têm disso consciência e até julgam que Ele está a destruir e a condenar. A Assíria é a imagem de todos os que perseguem e oprimem, sem compreender que Deus se serve disso mesmo para salvar e libertar! O profeta vê a Assíria como instrumento de punição usado por Deus para advertir o seu povo e chamá-lo à conversão.
A grandeza de um povo não está na política ou sabedoria humanas, mas na fidelidade aos desígnios de Deus. É-nos apresentado um entendido que erra completamente: Foi pela força da minha mão que fiz isto, com a minha sabedoria, porque sou inteligente. Mudei as fronteiras dos povos, saqueei os seus tesouros… derrubei toda aquela gente. Julga-se inteligente, e não se dá conta de que é um simples instrumento nas mãos de Deus: Ai da Assíria, vara da minha cólera, o bastão das suas mãos é o bastão do meu furor!... Um bastão não pode comandar um homem, é o homem que faz mover o bastão.

Ao contrário do sábio e entendido da 1ª leitura, os pequeninos do evangelho, sobre os quais se inclina o olhar comprazido de Deus, entendem os mistérios do Reino: Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos. É preciso ser pequeninos para acolher o dom de reconhecer o mistério de Jesus, para entrar no conhecimento do Pai e do Filho, no segredo da sua vida, conforme é da vontade de Deus, para crescer na fé e na relação com Deus. Jesus bendiz o Pai por esta sua vontade, Ele que se fez pequenino, humilde, manso, completamente disponível a realizar a sua vontade.
Os pequeninos são os discípulos de Jesus, as coisas que só a eles são reveladas são os mistérios do reino de Deus. De facto, o conhecimento destas verdades é fruto da revelação que Deus faz a quem escuta a sua palavra com o coração puro o sincero. O encontro com Deus só é possível se nos colocarmos diante d’Ele em atitude de escuta, disponibilidade e generosidade.

Tuesday, July 17

Terça-feira da Semana XV do Tempo Comum


Diante de uma situação em que humanamente não poderia haver grande esperança de salvação, Deus envia o seu profeta para incutir ao rei confiança em lugar do medo de que ele estava possuído. No final, pede-se aos que presenciaram os acontecimentos um acto de fé em Deus, presente no meio do seu povo, sempre pronto para o salvar. Acaz pensava que a estabilidade do seu reino podia vir da sua política de alianças. Mas Isaías insiste que a única garantia de estabilidade é a fé, que põe à nossa disposição a força de Deus. Na iminência da invasão, o rei treme e agita-se. Mas Deus, pelo profeta, diz-lhe: Tranquiliza-te, tem calma, é um convite à fé e à confiança n´Aquele que pode salvar. Precisamos de regressar a esta atitude de fé e confiança em Deus. Os nossos bons propósitos valem se confiamos em Deus. A vida cristã não existe sem a fé, e não subsiste se a fé não for alimentada e não crescer cada dia.

Quanto maior foi o conhecimento que se tem da Palavra de Deus, maior é a responsabilidade diante de Deus. Por isso, maior é a responsabilidade das terras onde chegou a mensagem do Evangelho do que a daquelas onde ela nunca chegou. O aviso do Senhor tinha especial razão de ser para os seus contemporâneos que não prestavam a devida atenção à palavra que ouviam directamente da sua boca e também para todos a quem essa mesma palavra pôde chegar. Corazim, Betsaida e Cafarnaúm beneficiaram da primeira actividade taumatúrgica e missionária de Jesus, mas não se converteram. Os milagres de Jesus revelavam a sua identidade e eram prova da acção do Espírito e da misericórdia de Deus; eram acções pedagógicas para levar ao acolhimento de Jesus e da sua mensagem, na fé. As cidades pecadoras, tal como Tiro, Sídon e Sodoma, são potencialmente mais dispostas ao Evangelho e à conversão.
Precisamos pedir ao Senhor um coração novo: convertei-nos, Senhor, e seremos convertidos. Deus é quem nos dá a graça de começarmos de novo e assim os nossos corações voltar-se-ão para Ele.

Monday, July 16

Nossa Senhora do Carmo


A ordem dos Carmelitas tem como modelo o profeta Elias e caracteriza-se por uma profunda devoção a Maria. A Sagrada Escritura fala da beleza do Monte Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a fé do povo de Israel no Deus vivo e verdadeiro. Carmelo em hebraico significa "vinha do Senhor".
Ali Elias enfrentou os profetas de Baal. Segundo o Livro das Instituições, Elias teve uma visão em que a Virgem lhe apareceu sob a figura de uma pequena nuvem que saía da terra e se dirigia ao Carmelo.
Em 93, os monges construíram sobre o Monte Carmelo uma capela em honra à Virgem Maria. As gerações de monges sucederam-se através dos tempos. Em 1205, o patriarca de Jerusalém deu-lhes uma Regra baseada no trabalho, na meditação das Escrituras, na devoção a Nossa Senhora, na vida contemplativa e mística.
Entretanto, ainda no século XIII, os muçulmanos invadiram a Terra Santa. Os eremitas do Monte Carmelo fugiram para a Europa. Nesta época, tinham como superior geral São Simão Stock. Enquanto rezava, pedindo a Nossa Senhora que fosse a protectora da Ordem dos Carmelitas, recebeu das mãos de Nossa Senhora do Carmo o escapulário: «Eis o privilégio que te dou à ti e a todos os filhos do Carmelo: "todo o que for revestido desse hábito será salvo".»

Segunda-feira da Semana XV do Tempo Comum


O Senhor diz-nos que o verdadeiro culto começa pela conversão do homem interior. O profeta clama contra o formalismo religioso. Os ricos, fechados no seu egoísmo, mostram-se insensíveis aos carenciados, cada vez mais numerosos. O seu culto, desligado da vida, não agrada ao Senhor, não se pode pretender glorificar a Deus e pisar os fracos e pobres nem se podem oferecer holocaustos com as mãos machadas pelo sangue de homicídios. Para beneficiar da Aliança, é preciso converter-se ao Senhor, e abandonar todas as formas de injustiça: Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo… lavai-vos, purificai-vos, tirai da frente dos meus olhos a malícia das vossas acções... Há que praticar a justiça pois só agrada a Deus o sacrifício que está em harmonia com a vida.

Cristo é, no mundo, sinal de contradição, os critérios do reino não se compadecem com os nossos limites humanos. Ele vem trazer a paz, mas muitos, que não compreenderão essa sua missão, até por causa d’Ele se hão-de envolver em guerra e perseguir quem O quisera seguir. A luta é dos outros homens contra os discípulos, nomeadamente contra os missionários do Reino.
Nada pode impedir o seguimento de Jesus, ainda que possa causar sofrimentos e provocar rupturas, mesmo dentro da própria família. A sorte do discípulo é semelhante à do seu Mestre. Jesus foi ignorado e não-acolhido pelos seus próprios familiares. O amor à família é um valor, mas o seguimento e o amor a Cristo devem sobrepor-se a tudo e a todos. Para o cristão, isso é possível porque Ele nos amou primeiro, até ao ponto de dar a vida por nós.
Amar a Deus comporta amar o irmão, a irmã, amá-los no seu ser concreto, na situação em que se encontram. Fazer-lhes o bem pode traduzir-se em grandes gestos, em gestos quotidianos, pequenos, e a que nem sempre damos a devida atenção. São esses gestos os que mais nos custam a fazer com amor, principalmente quando temos pela frente pessoas difíceis ou simplesmente desagradáveis. Mas passa por aí o nosso seguimento dos passos de Cristo, que não nos deixa faltar a sua graça para os realizarmos com amor e fidelidade.

Sunday, July 15

Domingo XV do Tempo Comum


A liturgia do 15º Domingo do Tempo Comum recorda-nos que Deus actua no mundo através dos homens e mulheres que Ele chama e envia como testemunhas do seu projecto de salvação. Esses “enviados” devem ter como grande prioridade a fidelidade ao projecto de Deus e não a defesa dos seus próprios interesses ou privilégios.
A primeira leitura apresenta-nos o exemplo do profeta Amós. Escolhido, chamado e enviado por Deus, o profeta vive para propor aos homens – com verdade e coerência – os projectos e os sonhos de Deus para o mundo. Actuando com total liberdade, o profeta não se deixa manipular pelos poderosos nem amordaçar pelos seus próprios interesses pessoais.
A segunda leitura garante-nos que Deus tem um projecto de vida plena, verdadeira e total para cada homem e para cada mulher – um projecto que desde sempre esteve na mente do próprio Deus. Esse projecto, apresentado aos homens através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta decidida, total e sem subterfúgios.
No Evangelho, Jesus envia os discípulos em missão. Essa missão – que está no prolongamento da própria missão de Jesus – consiste em anunciar o Reino e em lutar objectivamente contra tudo aquilo que escraviza o homem e que o impede de ser feliz. Antes da partida dos discípulos, Jesus dá-lhes algumas instruções acerca da forma de realizar a missão… Convida-os especialmente à pobreza, à simplicidade, ao despojamento dos bens materiais.

Friday, July 13

Sexta-feira da Semana XIV do Tempo Comum


Diante do arrependimento do povo, Deus vai garantir o futuro esperançoso do povo: Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei de todo o coração, porque a minha cólera se afastou deles. A decisão de Deus provoca uma reviravolta que o profeta expressa com imagens de extraordinária beleza: Serei para Israel como o orvalho: florescerá como um lírio e deitará raízes como um cedro do Líbano. Os seus ramos estender-se-ão ao longe, a sua opulência será como a da oliveira, o seu perfume como o odor do Líbano. Regressarão os que habitavam à sua sombra; renascerão como o trigo, darão rebentos como a videira e a sua fama será como a do vinho do Líbano.
A primeira leitura ensina-nos que não há poderes humanos capazes de nos salvar nem projectos baseados na auto-suficiência. Só Deus pode salvar, é Ele que constrói o Reino em nós e a nossa volta. Fazer memória, re-cordar permanentemente a Deus, é um modo eficaz para ser habitado por Deus, e produzir frutos, deixar que o seu Espírito produza os seus frutos em nós.
O Senhor convida agora o povo à conversão e ao caminho da sabedoria e promete-lhe a sua protecção constante que os ídolos não poderão, evidentemente, oferecer-lhe, eles que não são nada. Só a sabedoria verdadeira pode fazer compreender convite tão insistente que se pode concretizar percorrendo com rectidão os caminhos do Senhor.

Jesus dá algumas instruções aos Apóstolos para a sua actividade missionária, põe-os de sobreaviso em relação às perseguições futuras que virão a sofrer, como Ele as havia de sofrer também. Mas promete-lhes a sua presença junto deles até ao fim, depois de lhes fazer compreender que o testemunho que eles derem é já antecipação do último juízo de Deus. Não foi fácil a missão dos Apóstolos, como ainda hoje o não é a da Igreja. A palavra de Deus desencadeia sempre, ao lado do bom acolhimento de alguns, a indiferença, a irritação e até a perseguição de muitos. As atitudes fundamentais do missionário são: a prudência da serpente, como exercício de inteligência vigilante, realista e crítica aliada à sagacidade e ao discernimento; a simplicidade da pomba, como exercício de um procedimento límpido e confiante, próprio de quem sabe estar nas mãos de Deus-Pai, poderoso e bom com uma pitada de transparência, lealdade e sinceridade; e firmeza nas perseguições.
Também nós, nas pequenas e grandes dificuldades da vida e do nosso ministério, havemos de confiar no Espírito Santo, o Espírito de Jesus, presença viva em nós, comportando-nos como instrumentos dóceis, aos quais Ele dá pensamentos, palavras e acções. A nossa vida de cristãos, e de missionários do Reino, não é fácil, mas o Senhor é orvalho de Espírito Santo, sugerindo-nos o modo como enfrentar e relacionar-nos com o mundo em que vivemos. Ajudar-nos-á a ser simples na busca de Deus e de tudo o que é verdade de amor: ajudar-nos-á a ser prudentes no discernimento dos caminhos que não nos afastem dessa verdade.

Thursday, July 12

Quinta-feira da Semana XIV do Tempo Comum


Estamos diante de um dos mais importantes textos em ordem à revelação de Deus-Amor: é a contemplação silenciosa e reconhecida dos intensos e manifestos sentimentos paternais de Deus. O profeta fala-nos de Deus como Pai extremamente terno, que recorda ao filho, Israel, os tempos remotos em que, arrancando-o da escravidão do Egipto, o conduziu suavemente pela mão. O povo repetidas vezes tombava na idolatria. Mas Deus estava sempre ao seu lado, para o retomar nos braços e lhe manifestar amor, com expressões que tocavam as mais íntimas cordas da humana sede de ser amado, procurando persuadi-lo sobre a força, a fidelidade e a misericórdia desse amor pelo homem.
O profeta apresenta Deus a falar consigo mesmo como que em meditação sobre o que tem sido a história do seu amor pelos homens. Passa então em revista alguns momentos mais significativos dessa história. E ainda então ela não tinha chegado ao fim! O coração de Deus havia de vir a encarnar num coração humano. O Coração de Jesus Cristo será o testemunho maior do amor de Deus por nós.

Tudo o que Deus colocou na igreja, nos seus ministros, ou em cada um de nós, em ordem à salvação dos homens é dom seu. Tudo é graça, tudo são dons, por isso mesmo mais eles exigem serem comunicados aos outros. Aqueles que Deus envia são portadores da Salvação de Deus o por isso acolhê-los ou rejeitá-los é acolher ou rejeitar Aquele de quem são mensageiros.
Os discípulos devem anunciar a presença do Reino e, sobretudo, Jesus. Quem acreditar que o Reino é o Senhor, e viver como Ele, torna-se sinal da sua presença e pode realizar curas, ressuscitar mortos, curar leprosos, expulsar demónios. O missionário deve avançar desarmado: Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado. Sabe que tem direito ao sustento mas contenta-se com o necessário. Permanecerá junto de quem for digno de acolhê-lo. Levará consigo o sinal distintivo, que é a paz. Quem a acolhe, acolhe o reino de Deus e todas as suas promessas de bênção.

Wednesday, July 11

São Bento


Nasceu em Núrsia (Úmbria) cerca do ano 480; estudou em Roma; começou a praticar vida eremítica em Subiaco, onde reuniu um grupo de discípulos, e passou mais tarde para Montecassino. Aí fundou um célebre mosteiro e escreveu a regra, cuja difusão lhe valeu o título de patriarca do monaquismo ocidental. Morreu no dia 21 de Março de 547; mas já desde os fins do séc. VIII, em muitas regiões começou a celebrar-se a sua memória neste dia.

Festa de São Bento, Abade e Padroeiro da Europa


São Bento nasceu em Núrsia (Úmbria) cerca do ano 480; estudou em Roma; começou a praticar vida eremítica em Subiaco, onde reuniu um grupo de discípulos e mais tarde para Montecassino. Aí fundou um célebre mosteiro e escreveu a regra que lhe deu o título de patriarca do monaquismo ocidental.
Ouvindo o chamamento de Deus, deixou tudo por causa d’Ele e recebeu do Senhor a sabedoria, o saber e a razão como nos diz na 1ª leitura.
Orar e trabalhar, contemplar e agir é a síntese da Regra Beneditina. A vida religiosa não é um privilégio exclusivo de seres excepcionais espiritualmente. Mas, pelo contrário, é possível a todos os que queiram buscar a Deus: o mais importante é a moderação e nesta Regra já não se fala de mortificação e de penitências. Pela sua ponderação, a sua humanidade e o seu discernimento entre o essencial e o secundário na vida espiritual, a Regra de São Bento tem mantido a sua capacidade iluminadora até hoje, é como uma luz para o nosso caminho cristão.
São Bento morreu no dia 21 de Março de 547; mas já desde os fins do séc. VIII, em muitas regiões começou a celebrar-se a sua memória neste dia.
São Bento contribuiu enormemente para a implantação das raízes cristãs na Europa e foi nomeado Padroeiro da Europa pelo Papa Paulo VI em 1964.

Continua hoje a ser muito importante que Deus esteja presente na cultura europeia: nas constituições dos países, nas leis nacionais bem como na vida de cada um de nós. Deus precisa da nossa fidelidade à fé: Ele protege os caminhos da justiça, guarda os passos dos que lhe são fiéis. Para isso, temos que nos empenhar mais: Olha que nós deixámos tudo e te seguimos.
Para dar um novo impulso à sua história, a Europa deve reconhecer aqueles valores fundamentais, adquiridos com o contributo do cristianismo. São necessários evangelizadores credíveis, cuja vida, em sintonia com a cruz e ressurreição de Cristo, irradie a beleza do Evangelho; que recorram à protecção de Deus e sejam fiéis à sua vocação cristã: Ele guarda os caminhos dos que lhe são fiéis.

Tuesday, July 10

Terça-feira da Semana XIV do Tempo Comum


Grande parte da pregação dos profetas é dirigida a um povo infiel. Oseias proclama o amor de Deus, sempre fiel e rico em misericórdia e manifesta que Deus desaprova o comportamento corrupto de Israel, que não pode ficar sem castigo. Na leitura de hoje fala-se da idolatria, da substituição de Deus por deuses falsos, de deuses mais concretos, mais visíveis, mais palpáveis. Tal maneira de proceder é uma sementeira de ventos, que só pode dar como colheita a tempestade. O Senhor recordará o seu pecado e castigará as suas faltas e eles terão de voltar para o Egipto… Achas que Deus quer que dês cabo de algum ídolo que ainda tenhas? Qual é esse ídolo? Que podes fazer para que apenas Deus reine na tua vida?

Foi anunciado que o Messias faria ouvir os surdos e falar os mudos, situações atribuídas ao demónio, inimigo do homem e se Jesus realiza tais maravilhas, quebra o poder de Satanás, só pode ser o Messias: Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. O povo reconhece as maravilhas de Deus, reage com admiração e os fariseus atribuem tais maravilhas ao poder satânico, que, segundo eles, actua por meio de Jesus.
Para ser capaz de reconhecer a intervenção de Deus é necessário ter-se um coração simples, como o de uma criança: os simples tinham fé e os entendidos negavam. Jesus não desiste de anunciar o reino de Deus; só lamenta que poucos se entreguem ao trabalho que este reino exige.
Jesus disse aos seus discípulos: A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Jesus convida os discípulos a rezar ao Pai para que suscite pessoas dispostas a segui-Lo na tarefa da evangelização, semelhante ao trabalho da ceifa. Pede também que nós saibamos rezar para que Ele suscite no coração dos homens ministros do Seu Reino que sejam capazes de levar aos simples e aos que O querem seguir a Sua mensagem, a Sua Boa Nova.

Monday, July 9

Segunda-feira da Semana XIV do Tempo Comum


A comparação do amor de Deus pelos homens com o amor que une o homem e a mulher é célebre na Sagrada Escritura, particularmente no profeta Oseias. Foi com tal comparação que Deus quis chamar à razão o povo que, em momento de prosperidade material, se havia esquecido d’Ele. Oseias, cuja vida familiar lhe fizera conhecer os altos e baixos da alegria doméstica, pode justamente pôr na boca de Deus uma queixa dolorosa contra o seu povo, rebelde e infiel. Mas Deus propôs-se reconduzir ao seu amor, sempre fiel, esse povo, a quem ofereceu as primeiras grandes manifestações de amor nos tempos da travessia do deserto. Esses dias ficarão, para sempre, o tempo do grande amor; por isso, o Senhor como que os quer recuperar, reconduzindo ao deserto e atraindo, de novo, a Si o seu povo infiel.

Jesus faz dois milagres, um para salvar na doença, outro para livrar da morte, dois sinais de que Ele é quem salva e dá a vida, de que Ele tem a Vida em Si mesmo (cf. Jo, 5, 26), de que Ele mesmo é a Vida. No reino de Deus, “a morte deixará de existir, e não mais haverá luto” (Ap. 21,4). Os milagres de Jesus são sinais desse reino, que já começou, mas que ainda se não revelou em toda a sua plenitude.

Sunday, July 8

Domingo XIV do Tempo Comum


A liturgia deste domingo revela que Deus chama, continuamente, pessoas para serem testemunhas no mundo do seu projecto de salvação. Não interessa se essas pessoas são frágeis e limitadas; a força de Deus revela-se através da fraqueza e da fragilidade desses instrumentos humanos que Deus escolhe e envia.
A primeira leitura apresenta-nos um extracto do relato da vocação de Ezequiel. A vocação profética é aí apresentada como uma iniciativa de Jahwéh, que chama um “filho de homem” (isto é, um homem “normal”, com os seus limites e fragilidades) para ser, no meio do seu Povo, a voz de Deus.
Na segunda leitura, Paulo assegura aos cristãos de Corinto (recorrendo ao seu exemplo pessoal) que Deus actua e manifesta o seu poder no mundo através de instrumentos débeis, finitos e limitados. Na acção do apóstolo – ser humano, vivendo na condição de finitude, de vulnerabilidade, de debilidade – manifesta-se ao mundo e aos homens a força e a vida de Deus.
O Evangelho, ao mostrar como Jesus foi recebido pelos seus conterrâneos em Nazaré, reafirma uma ideia que aparece também nas outras duas leituras deste domingo: Deus manifesta-Se aos homens na fraqueza e na fragilidade. Quando os homens se recusam a entender esta realidade, facilmente perdem a oportunidade de descobrir o Deus que vem ao seu encontro e de acolher os desafios que Deus lhes apresenta.

Wednesday, July 4

Rainha Santa Isabel


Filha do rei D. Pedro II de Aragão e da rainha D. Constança. Pensa-se que tenha nascido em princípios de 1270. Em Barcelona? Não sabemos ao certo.
Casou-se em 1282 com D. Dinis, rei de Portugal. Neta de Jaime I o Conquistador, bisneta de Frederico II da Alemanha, deles herdou a energia tenaz e a força de alma. Mas caracterizava-se principalmente pela bondade imensa e pelo espírito equilibrado e justo de Santa Isabel da Hungria, sua parente próxima. Era mulher cheia de doçura e de bondade. Gostava da vida
interior e do trabalho silencioso, jejuava dias sem conta ao longo do ano, comovia-se com os que erravam, rezava pelo Livro de Horas, cosia e fazia bordados na companhia das damas e distribuía esmolas aos necessitados.
Aos 20 anos foi mãe de D. Afonso IV, o Bravo, que foi a sua cruz. Caso único na 1ª dinastia portuguesa, a vida deste homem foi pura e nisto se vê influência de sua mãe.
Era discreta esta jovem rainha que obrigava o filho a obedecer ao pai (ele era o rei), que fingia ignorar as andanças do rei e que criava os seus filhos ilegítimos. Na política peninsular de então, o seu poder moderador fez-se sentir profundamente. Serviu de juiz nas rixas entre D. Dinis, seu irmão e seu turbulento filho.
Após a morte de D. Dinis, vestiu o hábito de Santa Clara. Construiu mosteiros e hospitais. Morreu em Estremoz a 4 de Julho de 1336. Foi canonizada a 25 de Maio de 1625 pelo papa Urbano VIII. Portugal venera-a com a antonomásia de Rainha Santa.

Quarta-feira da Semana XIII do Tempo Comum


O profeta continua a censurar o mau proceder do povo, aos pecados contra a justiça para com os outros que não pode ser substituída por expressões exteriores de vida religiosa, pois que a verdadeira religião começa no coração. Se buscarem a Deus, hão-de viver, porque Deus é o princípio de toda a existência. Detestar o mal, amar o bem, permite viver na presença do Senhor. Sem justiça, não há culto que agrade a Deus, que o torne presente ao seu povo. O culto sem justiça é um culto sem verdade, é mentira e hipocrisia. Os sacrifícios agradam a Deus, quando os que os oferecem respeitam a equidade e a justiça. A tendência para separar o culto da vida é bastante grande. Deus exige coerência entre o culto e a vida. Amós denuncia o culto meramente exterior, sem coerência de vida: Detesto e rejeito as vossas festas; e não sinto nenhum gosto nas vossas assembleias… O culto que Deus exige de nós é uma vida em consonância com a sua vontade, com a sua justiça, com a sua generosidade. O importante é buscar o bem e não o mal.

O importante da passagem do Evangelho é o triunfo de Jesus sobre os demónios. Realizando este exorcismo, em terra pagã, e antes hora do juízo final, Jesus antecipa a vitória do seu Mistério Pascal do fim dos tempos, que há-de pôr termo a toda a acção demoníaca sobre os homens remidos com o seu sangue. O episódio descreve um encontro de Jesus com os pagãos, dominados pelas forças do mal: os habitantes de Gádara não crêem e rejeitam-no.
Os gadarenos rejeitaram a presença de Jesus no seu território por Ele ter libertado 2 possessos e terem perdido uma vara de porcos. Deram mais valor a um bem material do que ao próprio Deus e à felicidade de dois homens. Os nossos sacrifícios devem ser feitos por amor a Deus e ao próximo.

Tuesday, July 3

São Tomé


O martirológio jeronimiano do século VI coloca no dia 3 de Julho a transladação do corpo de S. Tomé para Edessa, na actual Turquia. Este apóstolo, também chamado Dídimo, é-nos dado a conhecer sobretudo por S. João evangelista. É Tomé que convida os outros apóstolos a acompanharem Jesus para a Judeia, para morrerem com Ele (Jo 11, 16). É a pergunta de Tomé que leva Jesus a definir-se: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14, 5s.). Finalmente, Tome, com a sua incredulidade, que se desvaneceu na presença de Cristo ressuscitado, ajuda-nos a fortalecer a nossa adesão a Jesus, por meio de uma profissão de fé muito clara, a fé pascal da Igreja: Meu Senhor e meu Deus! (Jo 20, 24-29).Como escreve S. Gregório Magno, A incredulidade de Tomé foi mais útil à nossa fé do que a fé dos discípulos crentes. Após o Pentecostes, partiu em missão. Sobre a sua vida nada se sabe ao certo, além dos pormenores contidos no Evangelho. Diz-se que pregou o Evangelho na Índia.

Festa do Apóstolo São Tomé


Para Paulo, Cristo é a nossa paz: não fazem sentido as divisões, as discriminações, as discórdias. Em Cristo, fomos todos reconciliados e unidos, seja que tenhamos vindo de longe, como os pagãos, seja que tenhamos vindo de mais perto, como os judeus. Já não existem dois povos, mas um só povo. Tudo isto é dom de Deus Pai, por meio de Cristo Senhor, no Espírito Santo. A Igreja é um grande edifício, um templo santo, onde habita Deus. Os Apóstolos e os Profetas são fundamento desse edifício onde todos estamos e vivemos como concidadãos dos santos e membros da casa de Deus, e que tem Cristo como pedra angular.

A incredulidade de Tomé e citando S. Gregório Magno, foi mais útil à nossa fé do que a fé dos discípulos crentes. Aproveitando o episódio, João abre diante de nós uma pista nova para chegarmos à libertadora experiência da fé em Jesus ressuscitado. Na aparição seguinte aos seus discípulos, Jesus convida Tomé a percorrer o caminho de busca, que os seus colegas já tinham feito. Tomé, disponível e dócil à ordem de Jesus, chega a um ato de fé claro e convicto: Meu Senhor e meu Deus!. A bem-aventurança, que Jesus proclama em seguida, dirige-se a nós que, percorrendo um itinerário de fé, em atitude de completo abandono, chegamos a Jesus morto e ressuscitado.
Que a contemplação do Coração de jesus, sinal mais expressivo do amor do nosso Salvador nos leve a uma fé clara, decidida, forte, apostólica.

Monday, July 2

Segunda-feira da Semana XIII do Tempo Comum


Os Profetas são homens bem instruídos na Lei; e fazem agora, a partir dessa Lei, a instrução ao povo, nas circunstâncias concretas da sua vida. Assim hoje, trazendo à memória as obras realizadas por Deus para salvação dos homens, o profeta Amós denuncia-lhes a ingratidão, ao praticarem a injustiça e a exploração para com os seus irmãos.
A denúncia dos pecados de Israel é seguida pela recordação dos benefícios divinos. Seguem-se as ameaças contra o pecado apresentado na alteração das relações de justiça e de respeito entre os homens, a substituição das pessoas por coisas, a opressão dos pobres, a perda da dignidade nas relações. A violência das ameaças devia levar o povo a voltar-se para Deus e em vez disso, revolta-se contra o profeta. O Senhor lamenta-se daqueles que se esqueceram das maravilhas feitas em favor deles: Fui eu que vos retirei do Egipto.

Os caminhos de Deus não se podem descobrir pela nossa imaginação ou pelos nossos caprichos, mais ou menos bem intencionados. Eles revelam-se nos caminhos da própria vida, trilhados com rectidão. É por aí que o Senhor nos conduz e nos estimula a avançarmos. E um só é o ideal do discípulo de Cristo: segui-l’O pois que Ele disse de Si mesmo: Eu sou o Caminho.
Quem quiser seguir a Cristo deve saber ao que se compromete, qual o modo de vida que o espera, quem é Aquele a quem escolheu. Sabendo isso, há-de estar disposto a aceitar os sofrimentos, as adversidades e a paixão como passagens obrigatórias e esse foi também o caminho do Senhor e Mestre.
Jesus tem pena daqueles que o querem seguir, mas impõem condições: deixa-me ir primeiro sepultar meu pai. Seguindo Cristo, em união com Ele, os cristãos podem esforçar-se por ser imitadores de Deus, e por proceder com amor, conformando os pensamentos, palavras e acções, com os sentimentos de Cristo Jesus e seguindo os seus exemplos.
Se Amós clama por justiça e rectidão, Jesus, pela palavra e exemplo, convida à radicalidade do desapego de tudo, à alegria, à pressa, que havemos de ter, em possuir o tesouro, a pérola, que é o Reino, que é Ele mesmo, Cristo.

Sunday, July 1

Domingo XIII do Tempo Comum


Deus ama a vida! Ele quer apenas a vida! Deus criou o homem para ser incorruptível (primeira leitura). Pelo seu Filho, salva-nos da morte: eis porque Lhe damos graças em cada Eucaristia. Na sua vida terrena, Jesus sempre defendeu a vida. O Evangelho de hoje relata-nos dois episódios que assinalam a defesa da vida: Ele cura, Ele levanta. Ele torna livres todas as pessoas, dá-lhes toda a dignidade e capacidade para viver plenamente. Sabemos dizer-Lhe que Ele é a nossa alegria de viver?
Estamos em tempo de verão, início de férias… É uma ocasião propícia para celebrar a festa da vida! O 13º domingo celebra a vida mais forte que a morte, celebra Deus apaixonado pela vida. Convém, pois, que na celebração deste dia a vida expluda em todas as suas formas: na beleza das flores, nos gestos e atitudes, na proclamação da Palavra, nos cânticos e aclamações, na luz. No cântico do salmo e na profissão de fé, será bom recordar que é o Deus da vida que nós confessamos, as suas maravilhas que nós proclamamos. Durante toda a missa, rezando, mantenhamos a convicção expressa pelo Livro da Sabedoria: Deus não Se alegra com a perdição dos vivos.